Páginas

23 de out. de 2014

A Obra do Espírito Santo e a Consciência

Por Kevin DeYoung

Podemos dizer que a história da Reforma mudou porque Lutero não fez aquilo que sabia que era errado. Ele levou a sério sua consciência. Como você trata sua consciência?

Lutero, com sua consciência cativa à palavra de Deus, diante da Dieta de Worms, disse: “A menos que me convençam, pela Escritura ou por razões claras, de que estou errado, eu permaneço constrangido pelas Escrituras. Não posso nem quero me retratar, de vez que não é seguro nem correto agir contra a consciência. Deus me ajude. Amém”.

Podemos dizer que a história da Reforma mudou porque Lutero não fez aquilo que sabia que era errado. Ele levou a sério sua consciência. Como você trata sua consciência?
2 Coríntios 1.12, 15-17, 23 – Algumas pessoas de Corinto estavam colocando Paulo em dúvida, acusando-o por inúmeros motivos. Porém Paulo diz que tem uma consciência limpa – para ele isso era crucial (Rm 9.1, 2 Tm 1.3). A consciência pode não ser o juiz final de nossas acusações, mas é um bom indicador. Consciência é a faculdade que Deus colocou em nós para que nos conheçamos e para que possamos discernir o certo do errado. E o Espírito age através e influencia a nossa consciência. Os puritanos diziam que a consciência é o espião de Deus e o superintendente do homem.
Rm 2.14-15 – A consciência pode ser como um promotor, acusando-nos de nossos pecados. Mas a consciência também tem um papel positivo de nos defender que estamos corretos mesmo diante de acusações. A Escritura coloca a falta de uma consciência desenvolvida como um atributo infantil. Entender o papel da consciência é indispensável à maturidade cristã.
Hb 10.22 – Mas podemos ter uma consciência má, a qual nos acusa de fazer o mal, mas não nos leva a fazer nada a respeito disso.
1 Tm 4.2 – Se você ignora sua consciência por muito tempo, sua consciência má se tornará cauterizada.
Tt 1.15 – Há também uma consciência corrompida, que não consegue discernir entre o certo e errado e você começa a celebrar o que é mal e condenar o que é bom.
1Co 8.7-13 – Há também o que Escritura chama de consciência fraca, que é quando nos sentimos culpados de algo que não é inerentemente indigna. Tornamo-nos muito meticulosos com coisas que não são necessariamente errada (p.e.: bebida alcóolica, cinema).
At 17.26; Tt 3.9; 1 Pe 3.16 – Nosso objetivo é ter uma consciência boa e tranquila.
Duas coisas que devemos fazer para ter uma boa consciência:
1) Abandone o pecado quando sua consciência diz que o que você vai fazer é errado. Se você está vendo um filme e está se sentindo mal e ficaria envergonhado se alguém visse você, então simplesmente deixe de ver. Quando ignoramos a consciência nos colocamos em grande perigo. Nós nos tornamos uma pedra de tropeço diante de outros crentes quando o incentivamos a ignorar sua consciência, mesmo que não seja algo absolutamente errado.
2) Volte-se a Cristo, quando sua consciência lhe acusar de algo que você fez (1Jo 1.9; Hb 9.14). A consciência é para ser nossa amiga, pois Deus a deu para nos levar a cruz. A própria pregação deve se dirigir a consciência.
Dependendo de como você foi criado, você pode ter uma consciência muito sensível, se sentindo constantemente uma falha. Saiba que a cada vez que você olhar para si mesmo, olhe dez vezes para Cristo. Não é para isso que Deus lhe deu sua consciência. Outros já tem uma consciência cauterizada que não percebem os perigos do pecado. Você é chamado para ter uma consciência limpa e não inexistente.
Paulo vivia com uma consciência limpa (1Co 4.4). Com isso Paulo não está dizendo que não peca, mas que vive uma vida de constante arrependimento e de fé em Cristo. Ele confessava e olhava para cruz assim que pecado. É assim que a vida cristã deve ser.