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4 de out. de 2014

O “evangelho todo” inclui uma transformação da sociedade

Por Wayne Grudem

A Visão de que os cristãos devem se dedicar ao evangelismo, e não à política, é equivocada por mais um motivo: “o evangelho todo” inclui transformação social. Sem dúvida devemos proclamar o perdão dos pecados pela fé em Cristo somente. Sem dúvida este é o único modo pelo qual o coração das pessoas será verdadeiramente transformado.

Contudo, o perdão dos pecados não é a única mensagem do evangelho. Isso porque Jesus quer vidas transformadas, e por meio delas, um mundo transformado. “Para isto o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do Diabo.” (1Jo 3.8). A boa-nova do evangelho resultará em vidas transformadas, mas Jesus quer que resulte, ainda, em famílias transformadas. E, quando o evangelho transforma vidas, também deve resultar em bairros transformados. E em escolas transformadas. E em negócios transformados. E em sociedades transformadas. Logo, não é natural que “o evangelho” também resulte em governos transformados? Claro que sim!

Será que as igrejas devem ensinar a seus membros o que a Bíblia diz sobre a vontade de Deus para suas famílias? Para seus negócios? Para a educação de filhos? Claro que sim! E alguns cristãos são chamados a aplicar esses ensinamentos de modo a exercer influência positiva sobre governos.

A meu ver, a visão de que os cristãos devem se dedicar ao evangelismo, e não à política, interpreta de modo equivocado aquilo que é importante para Deus, como se apenas coisas espirituais (não materiais, não deste mundo) importassem para Ele, e não, também, as circunstâncias reais da vida física e material das pessoas neste mundo. Trata-se de um ponto de vista filosófico semelhante ao platonismo e a um desvio antigo da fé cristã chamado gnosticismo; não é, contudo, o ponto de vista bíblico.
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Fonte: Política Segundo a Bíblia: Princípios que todo cristão deve conhecer. Edições Vida Nova.