Por Jonathan Edwards
“Para que, pela igreja, a
multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e
potestades nos lugares celestiais”
Efésios
3.10
A sabedoria revelada na
salvação por meio de Jesus Cristo está muito além da sabedoria dos anjos. Nesse
texto, ela é citada como um meio de revelar o plano Deus para a nossa salvação,
a fim de que os anjos possam ver e conhecer o quão grande e multiforme é a
sabedoria de Deus; de forma que a sabedoria divina seja exposta diante dos
olhos dos anjos para que eles a admirem. Essa sabedoria é mencionada como um
tipo de sabedoria que eles jamais haviam visto, nem sequer em Deus, muito menos
neles mesmos. Afim de que, agora, quatro mil anos após a criação, a multiforme
sabedoria de Deus pudesse se fazer conhecida. Durante todo esse tempo, os anjos
haviam observado a face de Deus e estudado as obras de Sua criação. Apesar
disso, até esse dia, eles jamais haviam visto algo semelhante. Jamais haviam
compreendido o quanto a sabedoria de Deus é multiforme, da forma como eles a
compreendem agora, por meio da igreja!…
1. Consideremos a escolha da
pessoa DO nosso Redentor. Quando Deus designou a redenção da humanidade, Sua
grande sabedoria revelou-se no fato de que Ele mesmo determinou que o Seu Único
Filho fosse a pessoa que executaria essa tarefa. Ele era o redentor escolhido
pelo próprio Deus e, por essa razão, é chamado nas Escrituras de “O Escolhido
de Deus” (Is 42.1). A sabedoria na escolha dessa Pessoa se manifesta no fato
dEle ser, em todos os aspectos, a pessoa mais apropriada para executar essa
tarefa. Era necessário que a pessoa do redentor fosse uma pessoa divina.
Ninguém, senão um ser divino era competente o suficiente para essa grande obra.
Ela era totalmente inadequada para qualquer outra criatura. Era imprescindível
que o redentor dos pecadores fosse infinitamente santo em si mesmo. Ninguém
poderia remover a infinita maldade do pecado, senão alguém que fosse infinitamente
separado do pecado e contra o pecado. E em relação a esse aspecto, Cristo é a
pessoa mais adequada para ser o redentor.
Para que a pessoa fosse
competente o suficiente para realizar essa tarefa, era imprescindível que ela
fosse uma pessoa infinitamente digna e excelente e pudesse ser merecedora de
infinitas bênçãos. E em relação a esse aspecto, o Filho de Deus é pessoa mais
adequada. Era necessário que essa pessoa fosse alguém com sabedoria e poder
infinitos, pois essa era uma obra tão difícil que exigia alguém com esses
atributos. E em relação a esse aspecto, Cristo é a pessoa mais adequada para
ser o redentor.
Era imprescindível que essa
pessoa fosse muito amada por Deus Pai para que Ele concedesse um valor infinito
ao acordo feito entre os dois, devido a Sua estima por essa pessoa, de modo que
o amor do Pai por essa pessoa pudesse equilibrar a ofensa e a provocação
causada pelos nossos pecados. E em relação a esse aspecto, Cristo é a pessoa
mais adequada para ser o redentor. Somos aceitos pelo Pai, “no Amado” (Ef 1.6).
Era imprescindível que essa
pessoa fosse alguém com autoridade absoluta para agir por si mesmo; alguém que
não fosse um sevo ou um súdito, pois alguém que não pudesse agir por sua
própria autoridade não teria valor algum. Aquele que fosse um servo e não
pudesse fazer nada além do que aquilo que era obrigado a fazer não seria digno
para essa tarefa. E aquele que não possuía coisa alguma que não fosse
absolutamente sua não poderia pagar o preço da redenção de outro. E em relação
a esse aspecto, Cristo é a pessoa mais adequada para ser o redentor. Ninguém,
senão um ser divino poderia ser adequado para ser esse redentor. Essa pessoa
deveria ser alguém que possuísse misericórdia e graça infinitas, pois nenhuma
outra pessoa, senão alguém como Ele, poderia realizar uma obra tão difícil em
prol de uma criatura tão indigna quanto o homem. E em relação a esse aspecto,
Cristo é a pessoa mais adequada para ser o redentor.
Era imprescindível que essa
pessoa possuísse verdade e fidelidade perfeitas e imutáveis. Caso contrário,
não seria uma pessoa adequada, de quem poderíamos depender para realizar
tamanha tarefa. E em relação a esse aspecto, Cristo é a pessoa mais adequada
para ser o redentor.
A sabedoria de Deus em
escolher Seu Filho Eterno se manifesta não somente no fato dEle ser a pessoa
mais adequada, mas também no fato dEle ser a única Pessoa adequada dentre
todas, quer criadas ou não. Nenhum ser criado – quer fosse homem, quer fosse
anjo – era adequado para realizar essa tarefa… Isso revela a sabedoria divina
em saber que Cristo era a pessoa adequada. Nenhum outro, senão Aquele que
possui a sabedoria divina poderia conhecer esse fato. Nenhum outro, senão
Aquele que possui a sabedoria divina poderia pensar em Cristo para ser o
redentor dos pecadores. Pois, visto que Cristo também é Deus, Ele é uma das
Pessoas contra Quem o homem pecou e que foi ofendida pelo pecado de rebelião do
homem. Quem, senão o Deus infinitamente sábio poderia pensar em Cristo para ser
o redentor de pecadores que haviam pecado contra Ele, os quais eram Seus
inimigos e mereciam o mal infinito de Suas mãos? Quem poderia pensar nEle como
Aquele que colocaria o Seu coração no homem e teria amor e compaixão infinitos
por ele, exibindo sabedoria, poder e merecimento infinitos pela redenção do
homem? Mas podemos ir além disso.
2. Consideremos a MANEIRA
COMO essa Pessoa IRIA NOS substituir. Após escolher a pessoa para ser o nosso
Redentor, o passo seguinte da sabedoria divina seria escolher a maneira pela
qual essa pessoa realizaria a obra da redenção. Se Deus tivesse revelado quem
realizaria essa obra e não tivesse revelado nada além disso, nenhuma outra
criatura poderia imaginar a maneira pela qual essa pessoa realizaria essa obra.
E se Deus tivesse dito a elas que o Seu Filho Unigênito seria o Redentor, e que
somente Ele era pessoa adequada e suficientemente competente para essa tarefa,
mas tivesse pedido às Suas criaturas que planejassem a maneira como essa
Pessoa, adequada e competente, deveria proceder, poderíamos imaginar que toda a
sabedoria humana criada seria considerada um esforço inútil para fazer tal
suposição.
A primeira coisa que deveria
ser feita seria transformar esse Filho de Deus em nosso Representante e Fiador,
de modo que Ele fosse um substituto no lugar do pecador. Mas qual das
inteligências criadas poderia conceber algo como: o Filho de Deus, eterno e
infinitamente amado, sendo o substituto no lugar dos pecadores? O Filho de Deus
no lugar de um pecador, de um rebelde, de um objeto da ira de Deus? Quem poderia
pensar numa pessoa que possui glória infinita representando vermes pecadores,
os quais se tornaram infinitamente provocadores e abomináveis por causa de seu
pecado? Pois se o Filho de Deus fosse o substituto do pecador,
conseqüentemente, o pecado do pecador deveria ser lançado sobre Ele. Ele
precisaria levar a culpa do pecador sobre Si. Teria de submeter-Se à mesma Lei
à qual o homem estava sujeito, tanto no que se refere aos mandamentos, quanto
no se refere às punições. Quem poderia pensar em semelhante coisa com relação
ao Filho de Deus? Mas podemos ir além disso.
3. Consideremos a encarnação
de Jesus Cristo. O passo seguinte da sabedoria de Deus para planejar a forma
como Cristo realizaria a obra da redenção dos pecadores seria determinar a Sua
encarnação. Imagine se Deus tivesse revelado para as mentes criadas que Seu
Filho Unigênito seria a Pessoa escolhida para realizar a obra da redenção; que
Ele havia sido designado para ser o Substituto do pecador e levar suas as
dívidas e a sua culpa sobre Si mesmo, e não houvesse revelado nada além disso;
mas deixasse que essas mentes criadas adivinhassem o restante do plano. Não
haveria probabilidade alguma de que, mesmo após essa revelação, elas pudessem
imaginar a maneira pela qual essa Pessoa realizaria a obra da redenção. Pois,
para que o Filho de Deus fosse o substituto no lugar do pecador, Ele teria de
tomar para Si a dívida que pertencia ao pecador e viver aqui, em perfeita
obediência à Lei de Deus. Mas seria pouco provável que alguma criatura conseguisse
imaginar uma forma de tornar isso possível. Como uma Pessoa que é o próprio
Jeová eterno poderia se tornar um servo, ficar sujeito à Lei e viver em
perfeita obediência, inclusive no que se refere às leis dos homens?
Além disso, se o Filho de
Deus fosse o substituto no lugar do pecador, Ele teria de se sujeitar a receber
a punição que o pecado do homem merecia, pois essa era a obrigação do pecador.
Quem imaginaria que isso seria possível? Pois, como uma Pessoa divina, que é
infinitamente feliz e imutável em Sua essência, poderia sofrer dor e tormentos?
Como Alguém que é o objeto do amor precioso e infinito de Deus poderia sofrer a
ira de Seu próprio Pai? Não podemos imaginar que a sabedoria criada pudesse
encontrar uma maneira de superar essas dificuldades. Entretanto, a sabedoria
divina descobriu um meio, a saber, pela encarnação do Filho de Deus. O Verbo
deveria tornar-se carne; ser Deus e homem em uma única Pessoa. Mas qual mente
criada poderia conceber isso como possível?…
Mas, e se Deus tivesse revelado
que isso seria possível, e que isso realmente aconteceria, mas deixasse que
elas descobrissem o modo como isso seria feito. Podemos imaginar que elas
ficariam embaraçadas e confusas para pensar em um modo de unir um homem ao
eterno Filho de Deus, de forma que Eles fossem uma só Pessoa; pois essa Pessoa
teria de ser verdadeiramente homem em todos os aspectos e, ao mesmo tempo, ser
o mesmo Filho de Deus, que estava com Deus desde a eternidade. Esse é um grande
mistério para nós. Por meio da encarnação, Aquele que é infinito, onipotente e
imutável tornou-se, até certo ponto, um homem finito, frágil; sujeito às nossas
fraquezas, emoções e calamidades, mas sem pecado! Desse modo, o grande Deus, o
soberano dos céus e da terra, passou a ser um verme da terra. “Mas eu sou verme
e não homem” (Sl 22.6). Por meio dessa união, Aquele que é eterno e
auto-existente nasceu de uma mulher! Aquele que é o Espírito não criado
vestiu-se de carne e sangue como um de nós! Aquele que é independente,
auto-suficiente e todo-suficiente passou a ter necessidade de alimento e de
roupas. Ele fez-se pobre e não tinha onde reclinar a cabeça (Mt 8.20); chegou a
ter necessidade da caridade dos homens e foi mantido por ela! Conceber como
isso poderia acontecer é algo que está muito além de nossa capacidade mental!
Isso é um grande milagre e um mistério para nós, mas não é um mistério para a
sabedoria divina.
4. O próximo Aspecto a ser
considerado é a vida de Cristo neste mundo. A sabedoria de Deus se manifesta na
condição de vida, na obra e nos interesses de Cristo.
(1) Sua condição de vida. Se
Deus tivesse revelado que Seu próprio Filho se encarnaria e viveria neste mundo
com uma natureza humana; e se Ele tivesse deixado que o homem designasse a
condição de vida mais adequada a Ele; a sabedoria humana teria designado que
Ele se manifestasse ao mundo da forma mais magnífica, com uma aparência
exterior extraordinária, cheio de honra, autoridade e com um poder muito
superior aos dos reis da terra; reinando sobre todas as Nações, com esplendor e
pompa visíveis. Isso foi o que a sabedoria humana havia concluído antes de
Cristo vir ao mundo. Os sábios, os grandes dentre os judeus, os escribas e
fariseus, os quais são chamados de “poderosos deste século” (1 Co 2.6-8),
esperavam que o Messias se manifestasse dessa maneira. Mas a sabedoria de Deus
escolheu exatamente o contrário. Ela determinou que, quando o Filho de Deus
fosse se tornar homem, Ele deveria começar Sua vida em uma estrebaria; habitar
neste mundo como um anônimo, durante muitos anos, com uma família de classe
baixa, e ter uma condição de vida simples; que fosse pobre e não tivesse onde
reclinar a cabeça; que vivesse da caridade de alguns de Seus discípulos; que
crescesse como um “renovo perante ele e como raiz de uma terra seca” (Is 53.2);
que não clamasse, nem gritasse, nem fizesse ouvir a sua voz na praça (Is 42.2);
que fosse para Sião de modo humilde, montado em um jumento, num jumentinho,
cria de jumenta (Zc 9.9; Mt 21.5); que fosse desprezado e o mais rejeitado
entre os homens; homem de dores e que sabia o que era padecer (Is 53.3).
E agora que a determinação
divina se fez conhecida, podemos concluir, com segurança, que essa era a
maneira mais adequada, e que não seria apropriado que Deus se manifestasse em
carne com pompa terrena, riquezas e majestade. Não! Essas coisas são
infinitamente inferiores e desprezíveis para que o Filho de Deus as desejasse
ou valorizasse. Se os homens tivessem recebido uma proposta como essa, eles
prontamente a rejeitariam, considerando-a tola e inadequada para o Filho de
Deus. Mas “a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de
Deus é mais forte do que os homens” (1 Co 1.25). Deus resolveu reduzir a nada a
sabedoria deste mundo, bem como a sabedoria dos poderosos desta época (1 Co 2.6).
E assim, Cristo, por manifestar-Se visivelmente ao mundo em uma condição de
vida simples e pobre, desprezou todas as riquezas e glórias humanas e nos
ensinou a desprezá-las. E se convém a homens insignificantes desprezar essas
coisas, quanto mais convinha ao Filho de Deus! Pela encarnação, Cristo nos
ensinou a sermos humildes de coração. Se Ele, que é infinitamente sublime e
magnífico, foi tão humilde, quanto mais nós, que somos tão desprezíveis,
deveríamos ser humildes.
(2) A sabedoria de Deus se
manifesta na obra de Cristo e nos interesses que Ele tinha. Essa sabedoria se
manifesta principalmente no fato de que Ele deveria obedecer a Lei de Deus com
perfeição, mesmo diante de tentações tão grandes; precisaria passar por conflitos
contra os poderes da terra e do inferno e superá-los no caminho da obediência,
por nossa causa; e teria de sujeitar-Se não somente à Lei Moral, mas também às
leis cerimoniais, que eram um jugo pesado de servidão. Cristo cumpriu o Seu
ministério público até o fim, entregando-nos as instruções e as doutrinas
divinas. A sabedoria de Deus se manifesta no fato de Ele ter nos dado uma
Pessoa divina para ser o nosso Profeta e Mestre. Aquele que é a própria
sabedoria e Palavra de Deus; que existia desde a eternidade no seio do Pai. Sua
palavra possui maior autoridade e influência do que do que a palavra
pronunciada pela boca de um profeta comum. E como foi sábio determinar que uma
mesma pessoa fosse o nosso Mestre e Redentor, de modo que Sua relação conosco e
Seus ofícios como Redentor pudessem tornar Suas instruções mais valiosas e
agradáveis para nós. Estamos sempre dispostos a prestar atenção àquilo que as
pessoas que nos são preciosas nos dizem. O nosso amor por elas faz com que nos
deleitemos com sua conversa. Por essa razão, foi sábio da parte de Deus
determinar que Aquele que fez muito para se tornar estimado por nós fosse
apontado como o nosso grande Profeta, para nos entregar as doutrinas divinas.
5. O próximo ASPECTO a ser
considerado é a morte de Cristo. Esse meio para salvar pobres pecadores não
poderia ser escolhido de outra maneira, senão pela sabedoria divina. Quando
esse meio de salvação foi revelado, sem dúvida foi uma grande surpresa para
todas as hostes celestiais; e elas nunca se cansarão de se maravilhar com isso.
Quão espantoso é o fato de que Aquele que é eternamente bendito e infinitamente
feliz em Sua essência tenha suportado os maiores sofrimentos que jamais foram
suportados na terra! Que Alguém que é o Supremo Senhor e Juiz tenha sido levado
a um tribunal de vermes mortais e condenado! Que Alguém que é o Deus Vivo e a
fonte da vida tenha sido levado à morte! Que Alguém que criou o mundo e deu
vida a todas as Suas criaturas tenha sido morto por suas próprias criaturas!
Que Alguém com infinita majestade e glória – o objeto do amor, dos louvores e
da adoração dos anjos – tenha sido escarnecido e desprezado pelos homens mais
perversos. Que Alguém que é infinitamente bom e é amor em Si mesmo tenha
sofrido a maior de todas as crueldades. Que Alguém que é infinitamente amado
pelo Pai tenha sido deixado em agonia indizível sob a ira de Seu próprio Pai.
Que Aquele que é o Rei dos céus, que tem os céus por Seu trono e a terra por
estrado de Seus pés, tenha sido encerrado na prisão de um sepulcro. Como tudo
isso é espantoso! Apesar disso, esse foi o meio que a sabedoria de Deus
determinou como o meio de salvação dos pecadores; o qual não é inadequado, nem
desonroso para Cristo.
6. A última OBRA realizada
para obter salvação para os pecadores FOI a exaltação de Cristo. A sabedoria de
Deus considerou necessário, ou melhor, mais propício que a mesma Pessoa que
morreu na cruz se sentasse à destra de Deus, no Seu próprio trono, como o
supremo governador do mundo; e que tivesse poder absoluto sobre todas as coisas
concernentes à salvação do homem; e que fosse o Juiz do mundo. Isso era
necessário porque era imprescindível que a mesma Pessoa que adquiriu a salvação
pudesse concedê-la gratuitamente; pois não era adequado que Deus tratasse com
as criaturas caídas de um outro modo misericordioso que não fosse por meio de
um mediador. Isto é extraordinário para o fortalecimento da fé e conforto dos
santos: que todas as coisas, nos céus e na terra, fossem entregues nas mãos
Daquele que suportou tantas adversidades para adquirir a salvação dos
pecadores; que Aquele que lhes adquiriu a vida eterna pudesse concedê-la a
eles; que a mesma Pessoa que os amou tanto, ao ponto de derramar Seu precioso
sangue por eles, fosse o seu Juiz no dia final.
Este é um outro fato espantoso:
que Aquele que era homem e também Deus, que foi um servo e morreu como um
malfeitor, viesse a ser o Soberano Senhor dos céus e da terra, dos anjos e dos
homens; o absoluto doador da vida e da morte eterna; o supremo Juiz de todos os
seres inteligentes criados, por toda a eternidade; e que Lhe tenha sido
entregue todo o poder de governo de Deus Pai, não somente como Deus, nem
somente como alguém que possui a natureza humana, mas como Deus-homem.
E assim como é espantoso que
Alguém que é verdadeiramente divino tenha se humilhado de tal maneira, ao ponto
de tornar-se um servo e sofrer como um malfeitor. E como também é espantoso que
Aquele que é Deus-homem, não unicamente humano, seja exaltado com o poder e a
honra do grande Deus dos céus e da terra. No entanto, milagres como esses
revelam a infinita sabedoria divina, planejada e executada, a fim de nos
conceder a salvação.
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Extraído de “The Wisdom of
God Displayed in the Way of Salvation” (A Sabedoria de Deus Demonstrada no Meio
de Salvação) in The Works of Jonathan Edwards (A Obra de Jonathan Edwards), V.
2, reeditado por Banner of Thuth Trust.
Traduzido por: Waléria
Coicev
Copyright© Editora FIEL
2009.
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