Existem dois propósitos para a apologética. O primeiro deles é a defesa. O segundo é a comunicação do Cristianismo, de forma tal que qualquer geração possa entender.
A defesa é apropriada e necessária, pois, em toda e qualquer geração, o Cristianismo histórico encontrar-se-á sob ataque. Defender não significa estar na defensiva. Não precisamos ficar envergonhados por usar a palavra defesa. Os proponentes de quaisquer posições que queiram apresentá-las à sua própria geração precisam saber responder de maneira satisfatória, sempre que são levantadas questões a seu respeito. Assim, a palavra defesa não está sendo usada aqui em sentido negativo, porque, em qualquer conversação, em qualquer comunicação em que haja diálogo verdadeiro, respostas devem ser dadas a todas as objeções levantadas.
Tais respostas são necessárias, em primeiro lugar, para a minha própria pessoa, como cristão, se pretendo manter a integridade intelectual, e se eu pretendo manter a vida pessoal, devocional e intelectual unidas. Em segundo lugar, essas respostas são necessárias por amor àqueles que estão sob minha responsabilidade.
Não é razoável esperar que as pessoas da próxima geração em qualquer época deem continuidade ao posicionamento histórico cristão, quando ninguém os ajudar a reconhecer em que ponto os argumentos e insinuações contra o Cristianismo e contra os próprios cristãos estão equivocados. Devemos preparar os jovens cristãos para enfrentar a cultura monolítica do século 20, ensinando-lhes qual é o verdadeiro ataque das gerações anteriores.
Por onde quer que vá - tanto nos Estados Unidos quanto em outros países - é possível constatar que os filhos dos cristãos estão se afastando do Cristianismo histórico. Isso está acontecendo, não apenas nos grupos pequenos de regiões geográficas menores, mas por todos os lados. E estão se afastando porque os pais são incapazes de compreender os seus filhos, e por isso não conseguem realmente ajudá-los quando eles mais precisam. Esta falta de compreensão não existe apenas isoladamente da parte dos pais, mas muitas vezes das igrejas, escolas e missões cristãs. Certas escolas cristãs (e não estou me referindo às escolas "liberais") perdem muitos dos seus melhores estudantes antes mesmo de se formarem. Nós deixamos a geração que se seguiu à nossa totalmente à mercê do pensamento do século 20 pelo qual estão cercados.
Assim, a defesa, para mim mesmo e para aqueles por quem sou responsável, precisa ser uma defesa consciente. Nunca devemos supor que, por sermos cristãos, no sentido inteiramente bíblico, e cheios do Espírito Santo, automaticamente devemos estar livres da influência à nossa volta. O Espírito Santo pode fazer aquilo que Deus deseja, mas a Bíblia não separa a sua atuação do conhecimento; nem a atuação do Espírito Santo nos isenta da nossa responsabilidade como pais, pastores, evangelistas, missionários ou professores.
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Fonte: O Deus que intervém, pág 211 à 213.
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