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2 de ago. de 2015

Características de uma pedagogia cristã

Por Doris Kieser e Jim Parsons 


Quais são as características de uma pedagogia cristã?

1. É singular. A pedagogia cristã deve reconhecer que cada criança é dotada de forma única e singular, e deve proporcionar a dignidade merecida de alguém que é criado à imagem e semelhança de Deus. Tal dignidade é inegociável. A pedagogia cristã, no que lhe for possível, evocará esses dons em seu processo de ensino/aprendizagem. Como educadores cristãos, nossa esperança e vocação é reconhecer e encorajar esses dons singulares dos alunos e fazê-los desabrochar dentro da comunidade escolar.

2. É relacional. A pedagogia cristã deve, ativamente, estimular as crianças a se conhecerem e a compartilharem umas com as outras. Quando construímos relacionamentos no ambiente de aprendizagem, reconhecemos a posição de autoridade do professor e a necessidade de se manter um limite saudável entre alunos e professores. Tais relacionamentos são recíprocos, pois cada um de nós é afetado por eles.

3. É comunitária. Construir uma comunidade edifica o indivíduo de uma forma que o trabalho isolado não faz. Nossa fé deve refletir um entendimento de “interconexão” que é um valor fundamental da vida cristã. A ideia do “bem comum” – agir tendo em vista o interesse da comunidade em geral, atual e futura - promove a causa do pobre e do necessitado em seu meio, e funciona com mais coesão e não apenas como uma coleção de interesses individuais. Todos são bem vindos à mesa. 

4. É um agente. A pedagogia cristã deve ensinar as crianças que suas ações podem, futuramente, causar um impacto no mundo. Algumas crianças aprendem a acreditar que não são dignas de ter oportunidades, esperança e que não são capazes. Aqueles que ensinam, enxergam na vida dos seus alunos essas auto-definições e um comportamento que corresponde a esse estado. O nosso propósito é mostrar que a educação pode levar todas as crianças a crerem que podem impactar o mundo de forma poderosa.

5. É mordomia. Entendemos que a mordomia é o relacionamento responsável com o mundo como um todo – inclusive ensinando que os homens devem viver em harmonia com a natureza de Deus e sua criação. Ser um mordomo significa que você cuida e respeita os limites morais do comportamento humano. Ser mordomos educacionais significa que todas as pessoas engajadas no processo de ensino/aprendizagem devem reagir com cuidado e consideração para com as pessoas e as possibilidades que cada um guarda dentro de si. A mordomia educacional nos chama a cuidar e desenvolver os dons e tesouros que os alunos trazem ao ambiente escolar. Essa mordomia coloca as aptidões e habilidades diversas e únicas na esfera educacional. 

6. É serviço. Professores devem praticar Miquéias 6.8 “Ele mostrou a você, ó homem, o que é bom e o que o Senhor exige: pratique justiça, ame a fidelidade e ande humildemente com o seu Deus.” O entendimento cristão de serviço vem do chamado para servir a Deus e fazer a Sua vontade. Quando uma vocação se torna um serviço educacional, significa que além de cumprir a vontade de Deus na sua vida, devemos cumpri-la na vida daqueles que ensinamos. 

7. É edificação. A pedagogia cristã deve incumbir-se de praticar 1Co. 14:26 “Portanto, que diremos irmãos? Quando vocês se reúnem, cada um de vocês tem um salmo, ou uma palavra de instrução, uma revelação, uma palavra em uma língua ou uma interpretação. Tudo seja feito para a edificação da igreja.” Aqui Paulo reconhece que todas as pessoas – tanto professores como alunos – trazem dons únicos e propõe uma ação relacionado à edificação e não à destruição. Esse texto oferece um alvo para o nosso trabalho coletivo. Todas as coisas devem ser feitas para a edificação comum. Se nossos atos não edificam a comunidade, as pessoas como indivíduos, e também a igreja, temos que reconsiderar o nosso trabalho.


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Fonte: http://www.acsi.com.br/

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