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26 de set. de 2015

O que a Bíblia diz sobre a vida eterna?

Por Ericson Martins

Todos os crentes em Jesus Cristo recebem a promessa da vida eterna, a qual é uma dádiva de Deus (Jo 10:28; Rm 6:23; 1 Jo 5:11). Mas o que é a “vida eterna” e como a Bíblia a descreve?

Falar sobre eternidade é difícil, primeiramente porque compreendemos a vida dentro dos limites do tempo, em segundo lugar, porque não a conhecemos enquanto estamos dentro de tais limites. Entretanto, o ensino bíblico sobre a vida eterna nos faz pensar além e nos ajuda entender esse que é um assunto fundamental para a fé cristã.


Todo ser humano tem vida física, mas a vida eterna é descrita por uma qualidade diferente dessa, por estar relacionada diretamente com a vida do próprio Deus (2 Pd 1:3-4). A Bíblia diz que Deus é eterno (Dt 33:27), Rocha eterna (Is 26:4), Rei eterno (Sl 10:16), que a Sua Palavra é eterna (Sl 119:89) e que o Seu reino e domínio são eternos (Dn 4:3), como as demais virtudes exclusivas do Seu nome (Sl 135:13). A vida eterna, portanto, é uma vida de absoluta dependência do ser de Deus (Nm 27:16). Todos os homens existirão eternamente, mas somente aqueles que forem reconciliados com Deus, pela obra de Cristo, viverão eternamente (Dn 12:2). 

Dito isso, passaremos agora a destacar algumas das descrições que a Bíblia faz sobre a vida eterna com Deus. Embora alguns dizem que a Bíblia não a descreve, enquanto outros dizem que ela é friamente discreta quando trata do assunto, o que encontramos de descrições nela sobre a vida eterna surpreende essas posições!

A Bíblia descreve a vida eterna como uma condição de vida e não de morte, ou seja, de acolhimento e não de banimento da presença de Deus (Jo 5:24-29); de infinito conhecimento de Deus (Jo 17:3); de segura e permanente comunhão com Deus (Lc 23:43; Jo 14:1-3), onde os crentes desfrutarão completa satisfação (Fl 1:23); uma condição totalmente livre do domínio e dos efeitos do pecado (Ap 21:3-6), inclusive do luto, do pranto e da dor; descanso das fadigas (Hb 4:9-10; Ap 14:13); estado de imortalidade (Rm 5:12, 17; 1 Co 15:50-57; 2 Tm 1:9-10), visto que é vida sem fim, sem interrupção determinada pela morte; condição de perfeição superior ao estado de Adão, pois não haverá qualquer possibilidade de queda no pecado, uma vez que Cristo, como representante da nova criação, é o perfeito Adão (1 Co 15:22-28 e 45-49; Ap 21:27). E mais, o lugar dessa vivência, é lugar de santidade, onde resplandece a glória do Pai e do Seu Filho, lugar de adoração (Ap 21:22-26).

Está claro, pelo testemunho da Bíblia, que a vida eterna é uma promessa de Deus aos que creem em Jesus e que ela é amplamente descrita, não como um sentimento ou uma expectativa vaga, mas como uma realidade concreta e segura aos que ouvem e confiam no Evangelho, pela graça, que lhes é anunciado (Jo 20:31). 

Como a vida eterna não é uma promessa à todos, indistintamente, apenas aos que creem verdadeiramente em Jesus (Jo 3:15-16, 36), como devemos lidar com esse assunto no mundo em que vivemos? Fortaleça a sua convicção de fé nessa verdade, alimentando-a com a confiança na Bíblia, nesses que são tempos de relativismo moral e religioso. A promessa da vida eterna é dada aos que se arrependem dos seus pecados, por crerem em Jesus, portanto, compartilhe o Evangelho às pessoas em sua volta. Ninguém pode se fazer merecedor da vida eterna, por ser uma dádiva de Deus, não do homem. Por isso, o Evangelho deve ser pregado a fim de que sejam chamados pelo Espírito Santo à crerem em Jesus!
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