Por Thomas Magnum
Orar é parte vital para uma vida cristã saudável. Um cristão que não alimenta uma vida de oração se priva de deliciar-se num manancial que Deus deu a seu povo. É comum quando estamos envolvidos com o estudo teológico negligenciarmos a oração, principalmente quando não compreendemos qual seu papel em nosso labor na teologia. Os afazeres, os compromissos, a agenda da igreja e das obrigações acadêmicas não podem ser uma pedra de tropeço para nossa vida de oração. Se temos tempo para nossas leituras devemos ter tempo para a oração.
Se não priorizarmos as disciplinas espirituais
nunca conseguiremos orar. É bem verdade que podemos orar em qualquer lugar e em
qualquer momento, mas, não podemos desprezar um momento de reclusão, de retiro,
de solitude com Deus. Temos exemplos pulsantes na vida de nosso Senhor, ele se
retirava para orar. Não orava somente ao andar com os discípulos pelas ruas,
vilas, cidades e estradas, não orava apenas para acalmar a tempestade, não
orava apenas para multiplicar os pães e peixes, não orava apenas para agradecer
pela ressurreição de Lazaro. Sua vida e ministério era regado pela oração.
Ao pensarmos sobre isso, não
podemos divorciar nossa vida de oração dos estudos teológicos, sendo
professores, alunos, pastores, presbíteros, líderes na igreja local, devemos
saber que a oração tem um papel fundamental em nossos estudos de teologia.
Teologia sem piedade é terra sem
água. Na oração rogamos a Deus sua misericórdia e graça no lavor teológico. Na oração
rogamos a Deus a iluminação do Espírito Santo para compreendermos as verdades
eternas. Na oração estamos dizendo que precisamos de Deus para teologar. O triste
fim de estudantes autossuficientes é a arrogância, engano, vaidade e uma
postura ímpia diante de Deus e sua Palavra. John Bunyan em seu tratado sobre
oração nos mostra sete pontos importantes, o cristão deve
1. Orar de modo sincero;
2. De modo consciente;
3. De modo afetuoso, derramando a alma diante de Deus, por meio de Cristo;
4. No poder ou ajuda do Espírito;
5. Buscando as coisas que Deus prometeu, ou que estão em conformidade com sua Palavra;
6. Para o bem da igreja;
7. Com submissão fiel a vontade de Deus.
1. Orar de modo sincero;
2. De modo consciente;
3. De modo afetuoso, derramando a alma diante de Deus, por meio de Cristo;
4. No poder ou ajuda do Espírito;
5. Buscando as coisas que Deus prometeu, ou que estão em conformidade com sua Palavra;
6. Para o bem da igreja;
7. Com submissão fiel a vontade de Deus.
Ainda temos alguns conselhos de Bunyan para que zelemos por
uma vida de oração e claro isso é perfeitamente aplicável a estudantes de
teologia:
1. Crê que, tão certo quanto tu estás nos caminhos de Deus, tu encontrarás as tentações.
2. Portanto, espere-as desde o
primeiro dia de tua entrada na congregação de Cristo.
3. Quando chegarem, peça a Deus
que te guie e ajude a superá-las.
4. Vigie cuidadosamente o teu
próprio coração para que não te enganes contra as evidências do Céu, nem em teu andar com Deus neste mundo.
5. Não confies nas lisonjas dos falsos irmãos.
6. Não te apartes da vida e do poder da verdade.
7. Olhe principalmente para as coisas que não se veem.
8. Desconfie dos pequenos pecados.
9. Que
a promessa não seja impedida em teu coração.
10. Renoves a tua atitude de fé no sangue de Cristo.
11. Medite na obra de tua regeneração.
12. Não renuncies a correr com aqueles que vão na frente da corrida.
Conselhos valiosos para os estudantes. Para que lutemos contra a vaidade, contra a autossuficiência, contra o orgulho, contra nós mesmos. A oração rega nosso estudo, deve ser regular, deve ser diária, deve ser estimada por nós. A oração nos é de valor imprescindível. Não rejeitemos uma vida de oração, não negligenciemos um momento a sós com Deus. Você não será um pregador eficaz se não orar, você não ensinará com tanta graça se não orar, você não fará da melhor forma e se privará de ser mais usado por Deus em seu reino se não orar. Oremos. E que nossa oração seja para glória dEle, para Ele e por Ele. Amém.
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