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30 de mai. de 2016

10 coisas que eu aprendi na Igreja aos Domingos

Por Erik Raymond*
Domingos são muito comuns por natureza. Levanto-me no mesmo horário e sigo a mesma rotina. Minha esposa e meus filhos também têm suas rotinas. Fazemos as mesmas coisas todas as semanas. Então, vamos ao mesmo lugar e vemos as mesmas pessoas. Além disso, quando chegamos lá, normalmente fazemos as coisas que fizemos no Domingo passado.

Encaremos o fato: a igreja é muito comum. Porém, não percamos isto: o fato dela ser comum não significa que não tenha importância!
Conforme eu estava meditando no último Dia do Senhor eu fui apanhado por uma série de coisas que me encorajaram. Deus se encontrou conosco na igreja de maneira comum e nos mostrou sua fidelidade extraordinária, sua graça, beleza, e poder. Eu compilei dez breves observações sobre o que, particularmente me afetou nessa semana (Estou encurtando minha lista). Que tais observações possam te encorajar a apreciar aquilo que é comum na sua igreja local.
1. As pessoas se revelam. Este ponto parece especialmente comum, porém, é enganosamente profundo. Meu entendimento da depravação conta-me que não saímos da barriga de nossas mães cantando "Quão Grande És Tu", mas "Quão Grande Eu Sou". O fato de Deus ter pessoas louvando seu nome na adoração pública deveria nos maravilhar em Sua Graça.  Não é diferente do primeiro relato de pessoas reunidas, nos dias de Sete, "naquele tempo pessoas começaram a invocar o nome do Senhor" (Gen 4:26)
2. Orações Respondidas. Durante o culto notei uma mãe balançando sua nova garotinha. Fui lembrado de como nós, enquanto igreja, oramos por aquela família ter filhos quando parecia que eles não poderiam ter. Deus respondeu estas orações não somente com uma, mas com duas crianças.  Enquanto ela alegremente balança seu novo bebê, sua oração foi respondida. Ela me faz lembrar que Deus ouve e se deleita em responder nossas orações.

3. Chamado à adoração.  No inicio do serviço nós lemos Salmos 135:1-3 e voltamos nossas mentes e corações para a prioridade de adorar a Deus juntos, como igreja. Estávamos sendo chamados à adoração. Fui lembrado que o próprio Deus procura verdadeiros adoradores (Jo 4:23-24). Na medida em que estamos unidos no reino num prédio comum, em um tempo comum, estamos dizendo algo profundo: Declaramos que Deus é suficientemente glorioso e digno de nossa adoração.

4. Louvando.  Cantamos hinos que nos lembram que Deus é fiel ("Grande é a Sua Fidelidade"), que a cruz é suficiente ("Agora, por que temer?), e que isso é algo pessoal ("Meu Jesus, Eu te amo"). Cada uma dessas músicas me levam para fora das minhas circunstâncias e levam meus lábios até o horizonte do Céu, onde completo as belas promessas de Deus e seu caráter imutável. Outra nota sobre os cânticos, somos conduzidos pelos músicos de nossa família, a igreja. Estas são pessoas comuns a quem Deus criou e moldou com habilidade musical para nos ajudar a ver e experimentar a Cristo. Isto pode parecer não ter sentido, entretanto, como um pastor sem habilidades musicais eu louvo a Deus por estes homens e mulheres que semanalmente conduzem nossa igreja, Monte Sião (Mt. Zion).

5. Diversidade.  Conforme eu olhava em volta, via pessoas de uma enorme variedade de idades e experiências. Havia ali pessoas que têm sido cristãos por décadas e alguns que são totalmente novos na fé. Eu vi jovens e anciãos interagindo com a pregação da Palavra como se fosse a primeira vez que eles ouvissem um sermão. Eu conversei com as pessoas sobre o sermão e ouvi uma diversidade de maneiras nas quais Deus confrontou a Igreja com a verdade. Louve a Deus por esta prática comum de nos reunirmos.

6. Propósito. Neste sermão, no meio da cena horrível do assassinato de Abel por seu irmão, fui lembrado que a vitalidade das promessas de Deus são sempre melhores vistas em meio às cinzas da destruição. O sofrimento de Adão e Eva, sem dúvidas, foi terrível. Entretanto, Deus usa o sofrimento para seus propósitos. Podemos nos contentar que no meio das cinzas que Deus não para de trabalhar para a sua glória e nosso bem. Portanto, ficamos preocupados ou lembremos, descansemos, e nos regozijemos nas promessas de Deus.

7. Oração. Um dos nossos pastores orou para que o nome de Deus fosse honrado e sua vontade fosse feita. Ele orou, citando os nomes de muitos membros de nossa igreja que estavam sofrendo e se regozijou nas bênçãos evidentes de Deus em responder orações. Ele orou por outras igrejas, e pela pregação do Evangelho em nossa cidade. Eu fui lembrado que a beleza e intimidade da nossa comunhão local e também da nossa amizade com outras igrejas. O reino está se expandido aqui e em outros lugares.

8. Pecados foram confessados. Priorizando a Ceia do Senhor, confessamos nossos pecados como igreja. Isto me lembrou novamente da santidade de Deus e a necessidade que temos de vir até Ele, de maneira consistente com sua santidade.  Também fui lembrado que Deus vê todas as coisas o tempo todo, e, portanto, devemos confessar nossos pecados regularmente.

9. Perdão foi assegurado. Após a oração de confissão fomos conduzidos a Ceia do Senhor onde fomos lembrados, novamente, de uma verdade que normalmente esquecemos: Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus (Rm 8:1). Oh, quão facilmente nos esquecemos disso. E se eu não me esqueço, certamente minimizo ou obscureço. Eu preciso segurar o pão e o vinho. Eu preciso ser lembrado como eu estava lá sentado na última ceia, onde Cristo bebeu o cálice da Ira para que eu pudesse beber o cálice da benção.  Seu corpo foi quebrado para que o meu fosse curado. Além disso, eu olhei em volta e vi meus irmãos e irmãs juntos comigo. Somos uma igreja que tem por objetivo amar, servir, e sermos responsáveis uns pelos outros. Neste momento de renovação da aliança estamos dizendo, ao comer e beber: "Estamos com Cristo e esta igreja: Quão glorioso"!

10. Doxologia.  Cantamos a doxologia conforme concluíamos. Isto me lembrou da extensão do louvor de Deus por sua glória insuperável. Nos unimos aos anjos e a criação para dizer que Deus é a fonte de todo o bem. Devemos tudo que nós temos a Ele. Nosso louvor se une numa bendição de toda a benevolência dele para conosco.

Eu poderia escrever um artigo como este toda semana. Toda semana, servir é como uma pintura fresca sobre minha alma. Deus nos encontra no comum, rotineiro, e familiar. Ele faz isto para surpreender, encorajar, fortalecer, e nos abençoar. Somos abençoados por Deus quando nos reunimos. Ele fala conosco na Palavra e na Ceia.

Então, sim, a igreja é bem comum. Porém, lembremos que: "o fato dela ser comum não significa que não tenha importância!"
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Erik Raymond* é pastor sênior da Igreja Bíblica de Emmaus, em Omaha. Ele e sua esposa Cristie tem seis filhos.

Tradução: César Augusto

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