Por Thomas Magnum
A defesa da fé ocupa lugar importante na teologia cristã.
Numa leitura ainda que superficial na história do pensamento cristão,
rapidamente notaremos o trabalho da apologética, e da polemica, no trabalho
teológico de pensadores cristãos como Agostinho, Atanásio, Justino, Tomás de
Aquino, Lutero, Calvino e segue-se uma lista infindável de teólogos que empenharam-se
na defesa da fé cristã.
A apologética não deve ser escrava do orgulho humano, nem
tão pouco ferramenta para um labor pecaminoso, a apologética deve ser uma serva
da Palavra de Deus, uma ferramenta para a evangelização e para proteção
doutrinária do rebanho de Cristo. É bem verdade que a apologética causa, de
certa forma, sedução aos incautos, não por culpa dela mesma, mas por uma má
compreensão do que ela é, e de qual é sua finalidade no trabalho teológico.
A defesa da fé é um trabalho de teologia pública, é um
derramar teológico para convencimento por meio da Sagrada Escritura e
seguidamente por evidências que corroboram o que diz a Palavra a respeito de um
pressuposto da fé.
A apologética mal utilizada é uma espada na mão de um
bebê. Um coração orgulhoso, iracundo, impiedoso, que não usa o conhecimento
teológico para glória inaudita de Deus não sabe para que serve a apologética.
Talvez ela até seja instrumentalizada por uma mente brilhante, mas, uma mente
brilhante sem uma alma humilhada é um tumor epistemológico.
Com isso, nesse quase aforismo que escrevo, posso
finalizar dizendo quatro coisas sobre a atividade apologética:
1. Ela deve
ser serva da teologia;
2. A finalidade da teologia é a glória de Deus, não a
nossa;
3. A proclamação teológica para glória de Deus produz
missões;
4. O debate pelo debate é exibicionismo pecaminoso.
Concluo dizendo que apologética é o que disse o apóstolo:
“Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre
preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão
da esperança que há em vós... ”
1 Pedro 3.15
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