Por Isla Andrade
Hoje eu vejo que
procrastinei muito para expor minha opinião sobre esse assunto, mas chega uma
hora que realmente não dá para se omitir ou deixar para depois um acontecimento
que tem um impacto tão forte na vida de alunos não marxistas e que precisam ser
expostos e levados em consideração.
Para começar, vou falar um
pouco da minha vivência na universidade. Desde que eu entrei foi me dado “goela
abaixo” textos, livros, filmes, aulas e tudo que se possa imaginar com um
embasamento teórico completamente marxista. Como eu já tinha me livrado desse
mal, pois, na minha adolescência fui uma “militante mirim”, não tinha riscos de
emburrecer, pois como dizia Albert Einstein: “A mente que se abre a uma nova
ideia jamais voltará ao seu tamanho original”. Fui aturando, aturando,
aturando, mas como não concordava com absolutamente nada, às vezes sentia
necessidade de fazer um comentário em sala. Triste iniciativa, cada comentário
que eu fazia (e olhe que se fiz uns dez até aqui foi muito) sofria olhares
tortos, críticas, comentários maldosos por trás dentre outras coisas. Até aí eu
não enxergo nenhum problema, as pessoas podem não concordar comigo e se
expressarem da maneira que bem entenderem, porém, o problema não é esse.
Com o passar do tempo as
disciplinas foram se fechando ainda mais à teoria marxista/marxiana e ousar
discordar é sinônimo de retaliação por parte de docentes e discentes. Se você
discorda, você não é um opositor, você é mal, ruim, conservador, reacionário,
burguês, machista, transfóbico (essa é nova para mim) e blábláblá. Resultado:
passei a não opinar mais em sala, parei de escrever na blogosfera, pois, até
mesmo na página do facebook havia xingamento. Acabei me calando completamente. Senti-me
acuada e cheguei a chorar de raiva por nem se quer poder me expressar. A
verdade é que eu tinha medo das retaliações que eu poderia sofrer, não por
cometer algum tipo de violência, mas apenas por expor minha opinião. Essa
realidade na verdade é a realidade da maioria. Percebi depois de muitos meses
que a maioria tinha sido completamente engolida por uma minoria e vi que isso
não fazia sentido algum.
Bem, não gosto de me
vitimizar, mas a verdade tem que ser dita. Logo, tomei coragem, perdi o medo de
reprovar, decidi me posicionar e encarar as consequências. A liberdade é muito
preciosa para eu desperdiçá-la por medo. Quando isso aconteceu (Obs.: não
apenas eu, mas outras pessoas se posicionaram sobre a questão da ideologia de
gênero) foi o estopim. Fomos recebidos com cartazes hostis, ameaças na rede
social, olhares fuzilantes, críticas durante aulas e seminários, dentre outras
coisas. Fiquei impressionada como as pessoas não tem a capacidade de lidar com
as diferenças e a pluralidade de pensamento. Como é possível dizer que luta por
uma democracia, pela liberdade, pela pluralidade se nem o meu direito de fazer uma postagem na minha própria rede social pode ser feito sem que isso tenha como
consequência as atitudes anteriormente mencionadas? Percebi que a hipocrisia se
exala de maneira tal que me enoja passar mais de dez minutos ouvindo discursos
marxistas. Ir para aula então é uma provação de tolerância diária que eu tenho
que dar.
Não posso generalizar, mas
posso dizer que dentro da universidade - principalmente na área de humanas – foi
totalmente tomada pelo discurso marxista/ progressista e qualquer pensamento
divergente será recebido com ódio, muito ódio. Houve uma apropriação das
virtudes e aquilo que eles não consideram como bom é ruim, sendo assim ideias
divergentes devem ser caladas, custe o que custar. A forma como a sua liberdade
é violentada é absurda e na minha opinião deve ser impedida. Não como eles
gostam de fazer, através de leis, criminalizando ou algo do tipo, mas através
da minha liberdade individual que até agora está garantida.
Assim sendo, para aqueles que são defensores reais da liberdade e leem meu texto, mostro a vocês como é a realidade de uma pessoa que discorda do marxismo e para aqueles que se dizem defensores da liberdade, mas não da liberdade alheia, eu só digo uma coisa: podem pichar as paredes da universidade, colar cartazes no chão, derramar seu ódio pelas redes sociais, ou qualquer coisa do gênero, ainda assim, não vou me calar.
Assim sendo, para aqueles que são defensores reais da liberdade e leem meu texto, mostro a vocês como é a realidade de uma pessoa que discorda do marxismo e para aqueles que se dizem defensores da liberdade, mas não da liberdade alheia, eu só digo uma coisa: podem pichar as paredes da universidade, colar cartazes no chão, derramar seu ódio pelas redes sociais, ou qualquer coisa do gênero, ainda assim, não vou me calar.