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7 de dez. de 2015

A perseguição aos não-marxistas na universidade

Por Isla Andrade

Hoje eu vejo que procrastinei muito para expor minha opinião sobre esse assunto, mas chega uma hora que realmente não dá para se omitir ou deixar para depois um acontecimento que tem um impacto tão forte na vida de alunos não marxistas e que precisam ser expostos e levados em consideração.

Para começar, vou falar um pouco da minha vivência na universidade. Desde que eu entrei foi me dado “goela abaixo” textos, livros, filmes, aulas e tudo que se possa imaginar com um embasamento teórico completamente marxista. Como eu já tinha me livrado desse mal, pois, na minha adolescência fui uma “militante mirim”, não tinha riscos de emburrecer, pois como dizia Albert Einstein: “A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original”. Fui aturando, aturando, aturando, mas como não concordava com absolutamente nada, às vezes sentia necessidade de fazer um comentário em sala. Triste iniciativa, cada comentário que eu fazia (e olhe que se fiz uns dez até aqui foi muito) sofria olhares tortos, críticas, comentários maldosos por trás dentre outras coisas. Até aí eu não enxergo nenhum problema, as pessoas podem não concordar comigo e se expressarem da maneira que bem entenderem, porém, o problema não é esse.

Com o passar do tempo as disciplinas foram se fechando ainda mais à teoria marxista/marxiana e ousar discordar é sinônimo de retaliação por parte de docentes e discentes. Se você discorda, você não é um opositor, você é mal, ruim, conservador, reacionário, burguês, machista, transfóbico (essa é nova para mim) e blábláblá. Resultado: passei a não opinar mais em sala, parei de escrever na blogosfera, pois, até mesmo na página do facebook havia xingamento. Acabei me calando completamente. Senti-me acuada e cheguei a chorar de raiva por nem se quer poder me expressar. A verdade é que eu tinha medo das retaliações que eu poderia sofrer, não por cometer algum tipo de violência, mas apenas por expor minha opinião. Essa realidade na verdade é a realidade da maioria. Percebi depois de muitos meses que a maioria tinha sido completamente engolida por uma minoria e vi que isso não fazia sentido algum.

Bem, não gosto de me vitimizar, mas a verdade tem que ser dita. Logo, tomei coragem, perdi o medo de reprovar, decidi me posicionar e encarar as consequências. A liberdade é muito preciosa para eu desperdiçá-la por medo. Quando isso aconteceu (Obs.: não apenas eu, mas outras pessoas se posicionaram sobre a questão da ideologia de gênero) foi o estopim. Fomos recebidos com cartazes hostis, ameaças na rede social, olhares fuzilantes, críticas durante aulas e seminários, dentre outras coisas. Fiquei impressionada como as pessoas não tem a capacidade de lidar com as diferenças e a pluralidade de pensamento. Como é possível dizer que luta por uma democracia, pela liberdade, pela pluralidade se nem o meu direito de fazer uma postagem na minha própria rede social pode ser feito sem que isso tenha como consequência as atitudes anteriormente mencionadas? Percebi que a hipocrisia se exala de maneira tal que me enoja passar mais de dez minutos ouvindo discursos marxistas. Ir para aula então é uma provação de tolerância diária que eu tenho que dar.

Não posso generalizar, mas posso dizer que dentro da universidade - principalmente na área de humanas – foi totalmente tomada pelo discurso marxista/ progressista e qualquer pensamento divergente será recebido com ódio, muito ódio. Houve uma apropriação das virtudes e aquilo que eles não consideram como bom é ruim, sendo assim ideias divergentes devem ser caladas, custe o que custar. A forma como a sua liberdade é violentada é absurda e na minha opinião deve ser impedida. Não como eles gostam de fazer, através de leis, criminalizando ou algo do tipo, mas através da minha liberdade individual que até agora está garantida.

Assim sendo, para aqueles que são defensores reais da liberdade e leem meu texto, mostro a vocês como é a realidade de uma pessoa que discorda do marxismo e para aqueles que se dizem defensores da liberdade, mas não da liberdade alheia, eu só digo uma coisa: podem pichar as paredes da universidade, colar cartazes no chão, derramar seu ódio pelas redes sociais, ou qualquer coisa do gênero, ainda assim, não vou me calar.

4 comentários:

Unknown disse...

Parabéns querida, continue.Na bíblia, Deus sempre esteve do lado da minoria que não negociou princípios. Força aê.

Toninho Barboza disse...

Tô com você amiga!

Anônimo disse...

Isla Andrade. É um prazer ler sua reflexão! eu também tenho sofrido hostilidades na minha profissão, principalmente por parte dos socialistas que se aproveitam dos malucos militantes do Estelita. Sabe o que descobri? são frouxos!, só ficam valentes quando estão em bando!. Minha estratégia é aborda-los individualmente e inquiri-los. Não tenha medo porque o viés do pais esta mudando e vc não esta só!

Marcilio Leão

Unknown disse...

Há muitos como nós, não desanime