A formação cristã é um requisito básico para alguém que pretende estudar ou opinar teologicamente. A enxurrada de informações teológicas na Internet tem substituído para muitos as longas horas, dias, semanas, meses e anos de pesquisa e leituras analíticas de temas complexos no corpus dogmático da fé cristã.
O imediatismo e mutação teológica na era digital é assustador e superficial. Do dia para noite muitos mudam de opinião. Depois mudam de novo. Eram pactuais, depois dispensacionalistas, depois pactuais de novo. Eram neocalvinistas, depois da TMI, depois marxistas culturais. Uma série de mudanças que demonstram o quanto vivemos numa era rasa teologicamente, imediatista, pragmática, sem anos de reflexão e maturação teológica e intelectual.
Temos vários reformadores "On" que mais
criticam a igreja do que lutam por ela e a amam. Temos neófitos que se julgam
aptos para teologarem nas redes e emitir juízo sobre teólogos com cabedal e
histórico de um trabalho de contribuição pertinente a igreja. Vemos nascer nas
redes pretensos teólogos amantes de si mesmos, arrogantes, impiedosos. Que mais
falam do que fazem pela igreja.
A teologia não pode estar dissociada da
vida evangélica, da piedade, da humildade, da cordialidade e hospitalidade
inerentes a fé em Cristo.
Vemos surgir apologistas virtuais que nem
conhecem as doutrinas elementares da fé. Calvinistas que nunca leram uma obra
de Calvino e reformados que não sabem nem o que foi de fato a reforma e sua
importância histórica, teológica, política e filosófica para o mundo moderno.
Não achemos que a leitura rápida e
precipitada em blogs e sites ou vídeos no YouTube nos tornam teólogos. Antes de
emitir opiniões teológicas estude. Estude muito.
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Palavra editorial - Para endossar as palavras escritas neste artigo, assista este curto vídeo:
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