Por Tom Schreiner
A maioria de nós leu a história dos 21 cristãos egípcios
sequestrados na Líbia. Um vídeo do Estado Islâmico mostrou cerca de 12 deles
sendo decapitados, e é quase certo que todos eles foram assassinados.
Não estamos surpresos
Jesus
nos disse para esperar perseguição, ensinando os seus discípulos que os
incrédulos nos odiariam assim como o odiaram (João 15.18-20).
Jesus
previu que alguns daqueles nos matariam, pensariam estar oferecendo serviço a
Deus (João 16.2).
Embora
a maioria de nós não venha a perder a própria vida em nome de Cristo, não
devemos ficar surpresos se isso acontecer. Todos nós precisamos estar prontos
para entregar as nossas vidas por Cristo. “Se alguém vem a mim e não aborrece a
seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria
vida, não pode ser meu discípulo” (Lucas 14.26).
Somos
mais que vencedores
Jesus
nos chama a ser fiéis até a morte para receber a coroa da vida (Apocalipse
2.10).
Jesus
também nos chama a nos alegrarmos quando perseguidos, pois é grande honra
morrer pelo nosso Senhor e Salvador, e a nossa recompensa excederá em muito o
nosso sofrimento (Mateus 5.10-12; Atos 5.41). Naturalmente, podemos ficar
temerosos e assustados com tal possibilidade, preocupados de que não tenhamos a
força para sofrer. E não temos a força em nós mesmos, mas Deus promete ser
conosco no fogo e na água (Isaías 43.2), e promete nos dar graça para suportar
o que há de mais difícil. “Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de
que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra”
(2 Coríntios 9.8).
Ao
morrer em nome de Cristo, ao não amar as nossas próprias vidas mesmo mediante a
morte, não somos perdedores, mas vencedores; não somos vencidos pelo mal. Pelo
contrário, somos “mais que vencedores” (Romanos 8.37; Apocalipse 12.11).
Aqueles que são mortos em nome de Cristo ressuscitam e reinam com Jesus Cristo
(Apocalipse 20.4).
Choramos
com os que choram
Paulo
diz que “o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Filipenses 1.21). Ainda assim,
a questão não é simplista, e a vida não é fácil. Nós choramos com aqueles que
choram (Romanos 12.15). Paulo disse que se Epafrodito tivesse morrido, ele
teria experimentado “tristeza sobre tristeza” (Filipenses 2.27). A tristeza
enche os corações daqueles que ficam.
Oramos
tanto pelos nossos inimigos quanto pelos nossos irmãos e irmãs que sofrem
Precisamos
de uma graça especial para orar pela salvação daqueles que praticaram tamanho
mal.
Também
oramos pelos nossos irmãos e irmãs que sofrem ao redor do mundo; pedimos que
Deus conceda a eles alegria, força e perseverança para suportar até o fim.
Oramos
para que Deus os proteja e sustente a sua igreja.
Oramos
pelo justo juízo de Deus
Ao
mesmo tempo, assim como os mártires debaixo do altar em Apocalipse 6.9-11, nós
clamamos: “Até quando, ó Soberano Senhor?” Quando tu agirás com justiça para
com este mundo? Quando tu vindicarás os teus santos e julgará os perversos por
amor ao teu grande nome?
O dia do juízo está chegando, o dia em que tudo
será ajustado. Enquanto isso, Deus está chamando muitos mais para serem seus
filhos, mesmo dentre aqueles que nos perseguem. Nós louvamos a Deus tanto pelo
seu amor salvador quanto pelo seu justo juízo, e oramos: “Vem, Senhor Jesus”
(Apocalipse 22.20).
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Fonte: Voltemos Ao Evangelho