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21 de mai. de 2015

O Santo Temor ao Senhor

Por Thomas Magnum

Malaquias 3,13-4.6

Introdução

Nessa passagem das Escrituras aprenderemos algumas lições importantes sobre o temor a Deus e como seu povo deve honrá-lo não somente no culto público, mas, no íntimo, amando a Deus sobre todas as coisas.

I- O Perverso Afronta a Deus

As vossas palavras foram duras para mim, diz o Senhor; mas vós dizeis: Que temos falado contra ti? (3.13).

Essa é a sexta e última acusação de Malaquias, ele aponta quatro grupos de pessoas de dizer palavras duras ao Senhor:

1- Os Murmuradores
2- Os Crentes
3- Os Malfeitores
4- Os Pregadores

Entre os Murmuradores vemos apontado no texto dois aspectos da sua vida que afrontam a Deus:

- Seu Atrevimento
- Seu Cinismo

Vós tendes dito: Inútil é servir a Deus; que nos aproveita termos cuidado em guardar os seus preceitos, e em andar de luto diante do SENHOR dos Exércitos? (3.14)

É possível que os sacerdotes estivessem liderando essa murmuração, mas o povo em geral era igualmente culpado.

Muitas vezes ouvimos isso dentro das igrejas: “isso não está me trazendo beneficio algum... não vejo nada mudar”. Não devemos servir a Deus por algo em troca disso. Deus não é Deus de barganhas ou negociatas, Deus não aceita suborno.

Ora, pois, nós reputamos por bem-aventurados os soberbos; também os que cometem impiedade são edificados; sim, eles tentam a Deus, e escapam. (3.15)

Neste versículo vemos outra queixa do povo: os povos pagãos estão melhores do que nós... os perversos estão prosperando , enquanto os crentes estavam sofrendo. O problema é que o povo de Judá estava em desobediência se eles estivessem cultuando e vivendo conforme as ordenanças de Deus, o Senhor os teria abençoado. Servir ao Senhor é algo serio por isso o salmista nos diz: Servi ao SENHOR com alegria; e entrai diante dele com canto. (Salmos 102.2).

II- O Crente Honra a Deus na Adversidade (3.16-18)

Então aqueles que temeram ao SENHOR falaram frequentemente um ao outro; e o SENHOR atentou e ouviu; e um memorial foi escrito diante dele, para os que temeram o SENHOR, e para os que se lembraram do seu nome. E eles serão meus, diz o SENHOR dos Exércitos; naquele dia serão para mim joias; poupá-los-ei, como um homem poupa a seu filho, que o serve. Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não o serve.

No meio desse remanescente, havia um grupo de crentes verdadeiros que permaneceram fiéis ao Senhor, o que significa que o honraram e reverenciaram como Senhor Todo-Poderoso.

O Profeta Malaquias aponta três grandes verdades sobre o Justo:

1. O justo é intimamente piedoso

“[...] e para os que se lembram do seu nome” (3.16c).

2. O justo é pessoalmente sincero

“Então, os que temiam ao Senhor [...] havia um memorial escrito diante dele para os que temem ao Senhor” (3.16a).

3. O justo é abertamente encorajador do próximo

“[...] falavam uns aos outros...” (3.16b).

Ainda lemos no versículo dezesseis que Deus cuida de seus filhos é sua providência: [...] e o SENHOR atentou e ouviu; e um memorial foi escrito diante dele, para os que temeram o SENHOR, e para os que se lembraram do seu nome.

Ao chegarmos ao versículo dezessete (17), vemos que diante de todo infortúnio e sofrimento que o povo eleito enfrentou nessa terra, o Senhor o recompensará.

E eles serão meus, diz o SENHOR dos Exércitos; naquele dia serão para mim joias; poupá-los-ei, como um homem poupa a seu filho, que o serve.

E então podemos entender o versículo seguinte (18), diante do julgamento de Deus contra os réprobos, quando serão lançados na condenação eterna, no lago de fogo, onde experimentarão a ira de Deus, a palavra diz que os santos herdarão a gloria celeste, a terra prometida, o descanso eterno preparado para o povo escolhido de Deus, as muitas moradas da casa do Pai como Jesus nos ensinou são o nosso lar.

III- O Dia da Retribuição do Ímpio

Pois eis que vem o dia e arde como fornalha; todos os soberbos e todos os que cometem perversidades serão como restolho; o dia que vem os abrasará, diz o Senhor dos Exércitos, de sorte que não lhes deixará nem raiz nem ramo (4.1).

Malaquias de forma solene e grave fala sobre o veredicto final do ímpio e aponta três fatos dramáticos.

1. O veredicto final revelará a destruição total dos ímpios (4.1).
2. O veredicto final demonstrará a destruição universal dos ímpios. “Todos os soberbos e todos os que cometem perversidades serão como restolho” (4.1).
3. O veredicto final perscrutará o mais profundo da vida dos ímpios (4.1).

O Dia da Recompensa dos Justos

Mas para vós outros que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça, trazendo salvação nas suas asas; saireis e saltareis como bezerros soltos da estrebaria. Pisareis os perversos, porque se farão cinzas debaixo das plantas de vossos pés, naquele dia que preparei, diz o Senhor dos Exércitos. (4.2,3).

Três verdades gloriosas são destacadas por Malaquias acerca da recompensa do justo: vida, liberdade e vitória:

1. O veredicto final trará a luz da vida para os justos.

“Mas para vós outros que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça, trazendo salvação nas suas asas” (4.2).

2. O veredicto final trará a alegria da liberdade para os justos.

 “Saireis e saltareis como bezerros soltos da estrebaria” (4.2).

3. O veredicto final revelará a vitória dos justos sobre seus inimigos. (4.3).

O dia da advertência de todos, a derradeira chance de conciliação

Lembrai-vos da lei de Moisés, meu servo, a qual lhe prescrevi em Horebe para todo o Israel, a saber, estatutos e juízos. Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível Dia do Senhor; ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais, para que eu não venha e fira a terra com maldição (4.4-6).

Malaquias está chegando ao final de seu livro e ele faz sua última advertência, dizendo três verdades solenes:

1. Em primeiro lugar, antes do veredicto final, Deus adverte a todos por intermédio da Sua Palavra (4.4). Devemos nos lembrar do propósito da lei: Conduzir-nos a Cristo, o Salvador.

2. Em segundo lugar, antes do veredicto final, Deus adverte a todos por meio de Seus instrumentos (4.5). Malaquias fala de um ministro divinamente comissionado: “Eis que enviarei o profeta Elias” (4.5).

3. Em terceiro lugar, antes do veredicto final, é imperativo uma profunda transformação nas relações familiares (4.6). O bendito evangelho começa no lar.

Ao observarmos todos os ricos ensinos do profeta Malaquias podemos guardar algumas lições:

1. O Deus verdadeiro exige total dedicação e adoração do seu povo.
2. O Culto é orientado por Deus e ele dá os padrões para a adoração pública.
3. Diante das advertências julgadoras de Deus devemos examinar a nós mesmos e aplicar essas verdades a nossas vidas. 

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