Por Thomas Magnum
Malaquias 3,13-4.6
Introdução
Nessa passagem das Escrituras aprenderemos algumas lições importantes sobre o temor a Deus e como
seu povo deve honrá-lo não somente no culto público, mas, no íntimo, amando a
Deus sobre todas as coisas.
I- O Perverso Afronta a
Deus
As vossas palavras foram
duras para mim, diz o Senhor; mas vós dizeis: Que temos falado contra ti?
(3.13).
Essa é a sexta e última
acusação de Malaquias, ele aponta quatro grupos de pessoas de dizer palavras
duras ao Senhor:
1- Os Murmuradores
2- Os Crentes
3- Os Malfeitores
4- Os Pregadores
Entre os Murmuradores
vemos apontado no texto dois aspectos da sua vida que afrontam a Deus:
- Seu Atrevimento
- Seu Cinismo
Vós tendes dito: Inútil é
servir a Deus; que nos aproveita termos cuidado em guardar os seus preceitos, e
em andar de luto diante do SENHOR dos Exércitos? (3.14)
É possível que os
sacerdotes estivessem liderando essa murmuração, mas o povo em geral era igualmente
culpado.
Muitas vezes ouvimos isso
dentro das igrejas: “isso não está me trazendo beneficio algum... não vejo nada
mudar”. Não devemos servir a Deus por algo em troca disso. Deus não é Deus de
barganhas ou negociatas, Deus não aceita suborno.
Ora, pois, nós reputamos
por bem-aventurados os soberbos; também os que cometem impiedade são
edificados; sim, eles tentam a Deus, e escapam. (3.15)
Neste versículo vemos
outra queixa do povo: os povos pagãos estão melhores do que nós... os perversos
estão prosperando , enquanto os crentes estavam sofrendo. O problema é que o
povo de Judá estava em desobediência se eles estivessem cultuando e vivendo
conforme as ordenanças de Deus, o Senhor os teria abençoado. Servir ao Senhor é
algo serio por isso o salmista nos diz: Servi ao SENHOR com
alegria; e entrai diante dele com canto. (Salmos 102.2).
II- O Crente Honra a Deus
na Adversidade (3.16-18)
Então aqueles que temeram
ao SENHOR falaram frequentemente um ao outro; e o SENHOR atentou e ouviu; e um
memorial foi escrito diante dele, para os que temeram o SENHOR, e para os que
se lembraram do seu nome. E eles serão meus, diz o SENHOR dos Exércitos;
naquele dia serão para mim joias; poupá-los-ei, como um homem poupa a seu
filho, que o serve. Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o
ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não o serve.
No meio desse
remanescente, havia um grupo de crentes verdadeiros que permaneceram fiéis ao
Senhor, o que significa que o honraram e reverenciaram como Senhor
Todo-Poderoso.
O Profeta Malaquias aponta
três grandes verdades sobre o Justo:
1. O justo é intimamente
piedoso
“[...] e para os que se
lembram do seu nome” (3.16c).
2. O justo é pessoalmente
sincero
“Então, os que temiam ao
Senhor [...] havia um memorial escrito diante dele para os que temem ao Senhor”
(3.16a).
3. O justo é abertamente
encorajador do próximo
“[...] falavam uns aos
outros...” (3.16b).
Ainda lemos no versículo
dezesseis que Deus cuida de seus filhos é sua providência: [...] e o SENHOR atentou e
ouviu; e um memorial foi escrito diante dele, para os que temeram o SENHOR, e
para os que se lembraram do seu nome.
Ao chegarmos ao versículo
dezessete (17), vemos que diante de todo infortúnio e sofrimento que o povo
eleito enfrentou nessa terra, o Senhor o recompensará.
E eles serão meus, diz o
SENHOR dos Exércitos; naquele dia serão para mim joias; poupá-los-ei, como um
homem poupa a seu filho, que o serve.
E então podemos entender o
versículo seguinte (18), diante do julgamento de Deus contra os réprobos,
quando serão lançados na condenação eterna, no lago de fogo, onde
experimentarão a ira de Deus, a palavra diz que os santos herdarão a gloria
celeste, a terra prometida, o descanso eterno preparado para o povo escolhido
de Deus, as muitas moradas da casa do Pai como Jesus nos ensinou são o nosso
lar.
III- O Dia da Retribuição
do Ímpio
Pois eis que vem o dia e
arde como fornalha; todos os soberbos e todos os que cometem perversidades
serão como restolho; o dia que vem os abrasará, diz o Senhor dos Exércitos, de
sorte que não lhes deixará nem raiz nem ramo (4.1).
Malaquias de forma solene
e grave fala sobre o veredicto final do ímpio e aponta três fatos dramáticos.
1. O veredicto final
revelará a destruição total dos ímpios (4.1).
2. O veredicto final
demonstrará a destruição universal dos ímpios. “Todos os soberbos e todos os
que cometem perversidades serão como restolho” (4.1).
3. O veredicto final perscrutará o mais profundo
da vida dos ímpios (4.1).
O Dia da Recompensa dos
Justos
Mas para vós outros que
temeis o meu nome nascerá o sol da justiça, trazendo salvação nas suas asas;
saireis e saltareis como bezerros soltos da estrebaria. Pisareis os perversos,
porque se farão cinzas debaixo das plantas de vossos pés, naquele dia que preparei,
diz o Senhor dos Exércitos. (4.2,3).
Três verdades gloriosas
são destacadas por Malaquias acerca da recompensa do justo: vida, liberdade e
vitória:
1. O veredicto final trará
a luz da vida para os justos.
“Mas para vós outros que
temeis o meu nome nascerá o sol da justiça, trazendo salvação nas suas asas”
(4.2).
2. O veredicto final trará
a alegria da liberdade para os justos.
“Saireis e saltareis como bezerros
soltos da estrebaria” (4.2).
3. O veredicto final
revelará a vitória dos justos sobre seus inimigos. (4.3).
O dia da advertência de
todos, a derradeira chance de conciliação
Lembrai-vos da lei de
Moisés, meu servo, a qual lhe prescrevi em Horebe para todo o Israel, a saber,
estatutos e juízos. Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o
grande e terrível Dia do Senhor; ele converterá o coração dos pais aos filhos e
o coração dos filhos a seus pais, para que eu não venha e fira a terra com
maldição (4.4-6).
Malaquias está chegando ao
final de seu livro e ele faz sua última advertência, dizendo três verdades
solenes:
1. Em primeiro lugar,
antes do veredicto final, Deus adverte a todos por intermédio da Sua Palavra
(4.4). Devemos nos lembrar do propósito da lei: Conduzir-nos a Cristo, o
Salvador.
2. Em segundo lugar, antes
do veredicto final, Deus adverte a todos por meio de Seus instrumentos (4.5).
Malaquias fala de um ministro divinamente comissionado: “Eis que enviarei o
profeta Elias” (4.5).
3. Em terceiro lugar,
antes do veredicto final, é imperativo uma profunda transformação nas relações
familiares (4.6). O bendito evangelho começa no lar.
Ao observarmos todos os
ricos ensinos do profeta Malaquias podemos guardar algumas lições:
1. O Deus verdadeiro exige
total dedicação e adoração do seu povo.
2. O Culto é orientado por
Deus e ele dá os padrões para a adoração pública.
3. Diante das advertências
julgadoras de Deus devemos examinar a nós mesmos e aplicar essas verdades a
nossas vidas.