Essa é uma questão
complicada e muito dela depende do que nós queremos dizer com essa frase.
Assim, vamos lidar com a pessoa que diz “eu nasci gay” e que afirma que houve
alguma causa genética para sua atração por pessoas do mesmo sexo. Eu
responderia que nós podemos examinar a literatura científica mais recente, que
não apoia com muita força essa conclusão. Na verdade, o discurso oficial das
principais associações psiquiátricas ou psicológicas dirá que nós não sabemos
ainda de uma causa definitiva e que é provavelmente uma mistura de inato e
adquirido. Assim, quaisquer relatos sobre um suposto “gene gay” são grandemente
exagerados. Essa é uma coisa nós poderíamos dizer.
Nós poderíamos ir um pouco
além e dizer: “Bem, talvez haja questões de química no cérebro ou há conexões
em nós que tornariam as pessoas mais pré-dispostas a serem atraídas por pessoas
do mesmo sexo”. Mas, mesmo isso não prova tanto quanto poderíamos pensar, pois
temos visto estudos que sugerem que pessoas têm uma pré-disposição ao
alcoolismo. Ou nós sabemos que se os homens têm níveis mais altos de
testosterona eles podem ser mais ambiciosos, mais atléticos, mais propensos à
promiscuidade, talvez mais propensos à irritação. Assim, há todo tipo de
maneira de entender nossos corpos. E nós não desejamos um tipo de determinismo
biológico que diz: “Como eu ajo e como me sinto é apenas produto dos meus
genes, da minha química, ou algum tipo de ligação neural no cérebro”.
Assim, existe essa maneira
de responder a questão. E há a pessoa que diz “Eu nasci gay” e talvez queira
dizer “Eu tenho esses desejos por pessoas do mesmo sexo e eu não escolhi
conscientemente eles. Eu não acordei um dia e pensei: ‘eu quero ser atraído por
pessoas do mesmo sexo’”. Na verdade, talvez elas tenham orado, batalhado e
buscado uma maneira de mudar esses desejos.
A essas pessoas eu quero
dizer que é verdade que normalmente esses desejos vêm espontaneamente. Eles não
são conscientemente escolhidos. E, embora nós possamos precisar nos arrepender
de desejos desordenados, aquilo com o qual a Bíblia parece estar mais
preocupada é que nós não desejemos em nossos corações e não ajamos com base
nesses desejos.
Por fim, a última coisa que devemos dizer é que não importa como alguns de nós nasçam, a ênfase da Bíblia é que podemos nascer de novo de uma maneira diferente. Com certeza, há um pouco de verdade em dizer que só podemos ser quem somos. Isso é um pouco de boa teologia cristã. Porém, o que geralmente falta nessa equação é que nós temos uma nova identidade em Cristo, o que significa que nós somos novas criações, isto é, que agimos como “pequenos Cristos”. E, assim, toda a nossa identidade é remodelada e renascida, e quem nós somos e o que fazemos será inteiramente novo. Isso pode significar para algumas pessoas novos desejos por pessoas do sexo oposto e, para outras que batalham com a atração pelo mesmo sexo, pode significar um longo compromisso de vida ao celibato e mortificação da carne, e seguir a Cristo independentemente do custo.
Por fim, a última coisa que devemos dizer é que não importa como alguns de nós nasçam, a ênfase da Bíblia é que podemos nascer de novo de uma maneira diferente. Com certeza, há um pouco de verdade em dizer que só podemos ser quem somos. Isso é um pouco de boa teologia cristã. Porém, o que geralmente falta nessa equação é que nós temos uma nova identidade em Cristo, o que significa que nós somos novas criações, isto é, que agimos como “pequenos Cristos”. E, assim, toda a nossa identidade é remodelada e renascida, e quem nós somos e o que fazemos será inteiramente novo. Isso pode significar para algumas pessoas novos desejos por pessoas do sexo oposto e, para outras que batalham com a atração pelo mesmo sexo, pode significar um longo compromisso de vida ao celibato e mortificação da carne, e seguir a Cristo independentemente do custo.
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Fonte: Reforma 21