31 de jan. de 2015
Simultaneamente Justo e Pecador
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Thiago Oliveira
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A triste marca de camisetas do Lucinho
Por Thiago Oliveira
Infelizmente,
tem certo tipo de coisa que a gente precisa escrever. Diante de tanta apostasia
e heresia, alguns nomes tornam-se repetitivos, pois se destacam no quesito
falsos ensinamentos ou excessos em nome de Jesus. Não entrarei no mérito da
intenção, pois, bem intencionado, a pessoa pode cair no erro e fazer algo
equivocado, mesmo que esse algo seja em nome de Cristo. Acredito que boa parte
dos evangélicos querem propagar o evangelho, querem fazer com que o nome de
Jesus seja conhecido e professado, todavia, há um problema fundamental. Para se
fazer o trabalho de Deus deve se fazer exatamente da forma dEle. Sobre essa
problemática, Francis Shaeffer escreveu:
Lucinho
Barreto, pastor de jovens da Igreja Batista da Lagoinha (MG) tem criado essa
atmosfera carnal com o intuito nobre de evangelizar a juventude brasileira - ao
menos é o que ele e seus seguidores dizem. Seus métodos não são bíblicos, são
publicitários. Embora ele pregue, ministre em congressos e seminários pelo país
utilizando a Bíblia, ele a usa de maneira superficial, apelando muito para a
questão dos sentimentos, coisa comum entre pregadores em nosso tempo. Uma das
formas que ele se utiliza para evangelizar é vendendo camisas com frases de
efeito, tais como “Jesus está no controle”, “Louco por Jesus”, “Estou vivendo
atos 29”, "Com Jesus venço até Chuck Norris" e “Não temos a mesma teologia, mas temos um mesmo pai”. Indo no site
dele, você poderá ver todas as estampas, e perceber que ele é o principal
modelo de sua grife (veja aqui).
O
que há de errado nisso? Primeiro: Não consigo conceber a ideia de um ministério
se transformar em artigos comerciais. Um pastor que cria uma marca com seu
nome, demonstra (no mínimo) falta de humildade e um quê de egocentrismo.
Segundo: Nenhuma das camisas realmente repassa a mensagem do Evangelho, pois o
Evangelho é a mensagem que revela Deus como o Senhor e Salvador dos pecadores.
Sim, o Evangelho é uma mensagem que leva a consciência do pecado para que os
homens se arrependam e corram para Cristo se quiserem ser salvos da Ira
vindoura. O apóstolo Paulo fala que pelo Evangelho do Senhor Jesus “a ira de Deus é revelada do céu contra toda
impiedade e injustiça dos homens que suprimem a verdade pela injustiça”.[2]
Uma
espécie de Evangelismo que não fala acerca do pecado e não chama os ouvintes
para o arrependimento não é o evangelismo do Cristo e nem dos seus apóstolos.
Mas, sabemos que não há espaço em nossa cultura para esse tipo de abordagem. Há
séculos atrás, o homem por mais devasso que fosse, tinha ideia do que era
pecaminoso e em certa medida sabia que vivia na devassidão, desagradando a Deus
por não levar em consideração os seus mandamentos. Hoje é diferente. O conceito
de pecado foi relativizado e isso atenua a culpa. Certo e errado é relativo,
segundo o mundo nos ensina. Diante disso, a Igreja ao invés de confrontar o
mundo com o Evangelho que confronta o pecado, vem procurando ocultar esse ponto
central da mensagem de Cristo e prega um amor indulgente que não está na
Bíblia. Deus é amor? Lógico que sim, mas esta é uma meia verdade. A verdade completa
é: Deus é amor e justiça. Ele é um Deus santo que não pode deixar o pecado
impune, por isso os que não se arrependerem vão beber do cálice amargo da ira
divina, enquanto os que responderem positivamente o convite do Evangelho,
beberão do cálice da salvação preparado por Cristo, o Filho amado. E essa
salvação se dá não pelos méritos de cada indivíduo, e sim pelo mérito do
Nazareno que verteu seu sangue no madeiro. Aí está o amor: A salvação vem pela
graça, pois Cristo se entregou para redimir pecadores culpados.
Precisamos
ensinar essa verdade supracitada. Esconder isso do mundo é errado e Deus
cobrará da sua Igreja. Devemos abrir mão dessa metodologia mundana e confiar
que o Evangelho é poderoso para salvar. Não precisamos dar uma ajudinha ao
Espírito Santo através de nossos métodos carnais. Sobre isso, Schaeffer
adverte:
(...) Embora reconheçamos que o poder do Espírito Santo
pode ser nosso, nós ainda copiamos a sabedoria do mundo, confiamos em sua forma
de publicidade, seu barulho, e imitamos seus modos de manipular pessoas! Se
tentarmos influenciar o mundo usando os métodos dele, estaremos fazendo o
trabalho do Senhor na carne. Se colocarmos atividade no centro, até mesmo boa
atividade, em vez de confiar em Deus, então poderá haver o poder do mundo, mas
nos faltará o poder do Espírito Santo.[3]
O
que o Lucinho promove é essencialmente mundano. Chegamos no mês de Fevereiro,
época de Carnaval e a forma de tentar minar essa concorrência é realizar o
“Espíritoval”, um evento que acontece na Igreja Batista da Lagoinha, sob a
liderança do Lucinho e que até stand-up comedy já teve. Este ano, o lançamento
de carnaval da loja do Lucinho é uma camisa com a seguinte frase: “Atrás desse
trio elétrico eu vou: Pai, Filho e Espírito Santo”. Detalhe, o nome dos
componentes da trindade está minúsculo, o destaque da estampa é a palavra Trio
(veja).
A
infelicidade da frase dessa camisa consiste em: a) banalizar o complexo
conceito da Trindade, algo que só entendemos segundo Revelação e com exame
minucioso da Escritura. b) traçar um comparativo da divindade com algo profano,
e o pior, reduzir a deidade a uma ideia completamente desprovida de valor. A
comparação que essa camisa faz chega a ser blasfemadora. O que o Deus trino tem
a ver com a Timbalada, a Ivete ou a Cláudia Leitte? Qual o paralelo para essa
comparação? Ah, mais Cristo não fez comparativos? Sim, ele fez. Mas todos eles
tinham um propósito claro e traziam um ensinamento acerca de seu caráter e sua
obra. Ele se comparou a água, a videira, ao pão, mas há clareza naquilo que ele
queria transmitir com cada uma dessas ideias. O que não é nenhum pouco parecido
com o que fez a equipe de marketing do Lucinho. Vender camisas não é errado e
quem quiser que as venda e que as compre. Só não sacralize a venda colocando
como motivação a evangelização e muito menos queria evangelizar utilizando-se
desse dito infeliz, que gera prejuízos a fé ortodoxa que nos foi legada pelos
apóstolos do SENHOR.
Citando
novamente o Francis Schaeffer: “Em nome
de Cristo, Cristo é tirado do trono. Quando isso ocorre, mesmo o que é certo
fica errado”.[4]
De maneira sutil isso está acontecendo em muitas congregações. O nome de Jesus
está grafado nas paredes, nas camisas, em adesivos para carros, em canções dos
mais variados ritmos, mas Cristo não é o centro de tudo isso que leva o seu nome.
Oremos pela Igreja do Senhor, para que os remanescentes sejam sábios e
pacientes, pois nessa geração, para ser um crente sincero, não basta andar
apenas na contramão do mundo, é preciso também remar contra a maré do
evangelicalismo. Que Deus se apiede de nós.
A
Ele a glória!
[1]
Não há gente sem importância, Ed. Cultura Cristã, p.59.
[2]
Romanos 1.18.
[3]
Não há gente sem importância, Ed. Cultura Cristã, p.63.
[4]
Ibidem, p. 160.
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Thiago Oliveira
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Thiago Oliveira
30 de jan. de 2015
Rivais de Jesus
Por Francis Schaeffer
Tendo
enfatizado que Jesus precisa ser o centro de nossa vida, quero mencionar quatro
outras coisas que devemos cuidar de não pôr lá. A primeira é qualquer estado
totalitário ou qualquer igreja totalitária. Se eu tenho a perspectiva que os
discípulos foram instruídos a ter no Monte da Transfiguração – “este é meu
filho amado...a ele ouvi” – então não há lugar nenhum para qualquer coisa
totalitária! Nem uma igreja que se impõe entre o indivíduo e Deus, nem um estado
que exige lealdade primária tem tal direito. Há um lugar legítimo tanto para o
estado como para a igreja, mas não no centro. O centro precisa ser uma Pessoa.
Estados
totalitários, autoritários, não estão longe de nós. Sentimos seu hálito em
nossas nucas, a cada volta – não só em países comunistas, como também em elites
modernas do mundo ocidental. O cristão sempre deve dizer: “Quero que o estado e
a sociedade tenham o seu lugar apropriado. Mas se tentarem chegar ao centro da
minha vida, sou contra, porque só Jesus deve estar lá”.
Esse
perigo é mais sutil num cenário religioso, e especialmente em um cenário
evangélico, quando manifestado na forma de uma liderança humana totalitária,
autoritária. E porque isso também costuma fazer pressão sobre nós, devemos ter
cuidado constantemente. Deve haver liderança humana na igreja, sob a liderança
do Espírito Santo, mas é errado aos homens, mesmo os homens bons, assumirem
para si o centro. A mentalidade de Paulo, como vimos, não era essa. Nem a de
João Batista. Só o Deus triúno pode ser central. O perigo não precisa vir de um
Hitler ou Stalin. Pode vir de um cristão que se empolga tanto com a mecânica da
liderança que, inconscientemente ou não, põe-se no lugar onde só Deus deve
estar.
Se
vivêssemos num estado totalitário, estaríamos bem apercebidos disso. E mesmo
numa igreja, uma liderança totalitária, autoritária, provavelmente nos faz
sentir desconfortáveis, como um casaco muito apertado. Mais difícil de
detectar, porém, é uma fase do trabalho cristão se tornar central em vez de
Cristo e a Trindade serem centrais. Quando o trabalho cristão se torna o centro
de integração, isso também é errado.
É
curioso que nós podemos fazer coisas em nome de Cristo ao mesmo tempo que o
empurramos para fora do palco. Consigo ver isso mais claramente quando uma
igreja se empolga com um projeto de construção e move o céu e a terra para
completá-lo. Uma cobertura sobre nossa cabeça é necessária, mas isso é só uma
parte mínima do ministério da igreja. O edifício é apenas um instrumento.
Lutar
pela evangelização e salvação de almas também não se deve tomar a importância
primária; mas quantas vezes isso acontece! Outras pessoas, com razão, veem a
igreja ameaçada por apostasia, mas também passaram a fazer a pureza da igreja
visível o centro de sua vida. Em todos estes casos Jesus pode permanecer como
tópico de conversa, mas sua centralidade verdadeira foi esquecida. Em nome de
Cristo, Cristo é tirado do trono. Quando isso ocorre, mesmo o que é certo fica
errado.
Mas
sutil ainda é tornar certas doutrinas o ponto central. Por exemplo, podemos
calcular: Eu sou presbiteriano, por isso vou dar ênfase acima de tudo à
doutrina da predestinação. Sim, a soberania de Deus deve ser ensinada, mas
alguns de meus amigos o enfatizaram tanto que a doutrina, e não Deus, tem se
tornado o centro de seu ministério. Isso pode acontecer com outras doutrinas.
Certamente você já conheceu pessoas que tanto enfatizaram o tipo de batismo que
uma pessoa deve ter que isso se tornou o centro da conversação, o centro da
batalha, realmente o centro da perspectiva. Logo que fazemos isso com qualquer
doutrina, é como um pneu furado que faz o carro inteiro dar solavancos.
Na realidade
só há um centro, não só como doutrina, mas na prática – Cristo e a Trindade. O
que o Deus ´que está i tem a dizer sobre si próprio? logo que respondemos a
essa pergunta e vivemos na base da resposta, tudo se encaixa no lugar, como um
guarda-roupa belamente organizado ou uma linda seleção de música de Bach, em
que cada voz tem seu lugar.
___________________
Extraído do livro "Não há gente sem importância". p.159.
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Palavra de Deus: Amo, logo medito
Por Fred Lins
Oh!
quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia.
Tu, pelos teus mandamentos, me fazes mais sábio do que os meus inimigos; pois estão sempre comigo.
Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, porque os teus testemunhos são a minha meditação.
Sou mais prudente que os antigos; porque guardo os teus preceitos.
Desviei os meus pés de todo caminho mau, para guardar a tua palavra.
Não me apartei dos teus juízos, pois tu me ensinaste.
Oh! quão doces são as tuas palavras ao meu paladar, mais doces do que o mel à minha boca.
Pelos teus mandamentos alcancei entendimento; por isso odeio todo falso caminho.
Tu, pelos teus mandamentos, me fazes mais sábio do que os meus inimigos; pois estão sempre comigo.
Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, porque os teus testemunhos são a minha meditação.
Sou mais prudente que os antigos; porque guardo os teus preceitos.
Desviei os meus pés de todo caminho mau, para guardar a tua palavra.
Não me apartei dos teus juízos, pois tu me ensinaste.
Oh! quão doces são as tuas palavras ao meu paladar, mais doces do que o mel à minha boca.
Pelos teus mandamentos alcancei entendimento; por isso odeio todo falso caminho.
Sl 119.97-104
Em
tempos que o nominalismo, perde-se a capacidade de perceber a ação de Deus por
meio da sua essência, pois, o homem a ofusca pela necessidade arrogante de si
mesmo. Falar da Palavra de Deus torna-se desagradável, provoca coceira nos
ouvidos (I Tm 4.3b) e reduz a Igreja a um balcão medíocre de pedidos, onde,
Deus atende e simplesmente peço o que quero (fast-food da fé). Apesar de todo contexto desfavorável que
constatamos na Igreja contemporânea é possível perceber a ação de Deus
preservando a sua Palavra e movendo o coração de homens e mulheres em favor de
amar e meditar todos os dias de maneira contínua em seus decretos e juízos.
O
salmo 119 é o maior capítulo da Bíblia: Possui 176 versículos, divididos em 22
grupos, grupos estes iniciados pelas letras do alfabeto hebraico (um salmo
acróstico), cada grupo possuindo assim 8 versículos. Em uma métrica perfeita,
não percebida em nossas versões e traduções. Este maravilhoso texto é exemplo
de profunda celebração e exaltação aos decretos divinos (Bíblia). Em todo
capítulo - das mais variadas maneiras - o salmista usa diversos sinônimos e os
emprega de maneira muito peculiar deixando assim o exemplo de amor e dedicação
ao livro que revela quem é Deus e os seus propósitos.
A
porção acima destacada (versículos 97-104) mostra pelo menos cinco razões pelas
quais vale a pena amar e meditar nas sagradas letras. O salmista inicia o seu
poema fazendo uma declaração de amor ao texto sagrado, deixando muito claro que
é impossível amar essa palavra sem que isso redunde em meditação, haja vista,
que Aquele que tem os mandamentos de Deus e os guarda este é o que o ama (Jo
14.21). Amar a Deus tem como resultado amor e devoção a sua palavra que, por
conseguinte modo leva-nos a meditar (extrair verdades espirituais). Esta é maravilhosa
equação:
Meditação = Amar a Deus + Amar a sua Palavra
A meditação,
produz em nós, segundo o texto, cinco reações, vejamos cada uma delas:
1. Mais sabedoria - Tu, pelos teus mandamentos, me fazes mais sábio do que
os meus inimigos; pois estão sempre comigo (v.98).
É inquestionável pensar em sabedoria e
rapidamente não vir a nossa mente Salomão. A sabedoria que foi uma
característica notadamente dada por Deus a Salomão (II Cr 9.23) surtiu
maravilhosos efeitos nele e em parte dos seus 40 anos de reinado. A evidência
dessa maravilhosa sabedoria consegue ser percebida em todas as atitudes de uma
vida aliançada a Deus e tem como início o temor a Deus (Pv 9.10a).
2. Mais
entendimento - Tenho mais entendimento do que todos os meus
mestres, porque os teus testemunhos são a minha meditação (v.99).
A origem deste termo tem uma relação direta
com o uso da razão, da mente, da consciência, da inteligência... Existe uma
relação menos conflituosa do que a maneira como este conflito é pintado e que há
muito tempo, desde idade média, vem sendo debatido: Fé x Razão. Na realidade há
menos conflitos entre estas duas realidades e há mais similaridades que
possamos imaginar. O entendimento da Escritura passa pela mente, mas necessita
de fé para ser compreendida, não consiste na eliminação de uma destas verdades
para validação da outra, mas uma relação de profunda cumplicidade entre dois
termos que se harmonizam para uma compreensão correta e sadia das sagradas
letras.
3. Mais
prudência – Sou mais prudente que os velhos; pois guardo
os teus preceitos (v.100).
O termo que traduz de maneira mais
aproximada a palavra prudência seria percepção correta. E na realidade é isso
que a palavra de Deus tem a capacidade de nos oferecer. Ela nos empresta o
olhar divino e nos ensina a andar sobre uma nova percepção, um novo olhar, uma
nova capacidade de entendimento (além da razão, mas sem excluí-la). Traduz a
mesma ideia que Jesus deixa aos seus discípulos quando na grande missão expõe o
seguinte: Eis
que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudente como as
serpentes e inofensivos como as pombas. (Mt 10.16).
4. Livramento - Desviei
os meus pés de todo caminho mau, para guardar a tua palavra (v.101).
Quando Jesus está ensinando os seus
discípulos orar e os ensina a oração do Pai Nosso, trabalha a ideia de
livramento na mesma perspectiva deste salmo, que tem o sentido de empurrar,
puxar, tirar a força. O nosso desejo enquanto natureza é pecaminoso, o que
pensamos e fazemos é contaminado pelo pecado e por nossas concupiscências, ou
seja, não há bem em nós, mas o livramento de Deus nos condiciona a andar em
seus preceitos e obedecer a sua Lei, não por nós, mas pela manifestação da sua
bondade, Graça e misericórdia.
5.
Firmeza através do ensinamento - Não me apartei dos teus juízos, pois tu me ensinaste (v.102).
Uma das melhores
coisas que Deus nos permite experimentar é o conhecimento, e me refiro a
conhecimento macro, geral, científico. O conhecimento é libertador, é
edificante, é envolvente, tal como o conhecimento de Deus que também é
libertador. E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. (Jo 8.32). Grande
parte do contexto de fé que vivenciamos tem abdicado do ensino, negligenciado a
doutrina e cedido aos pressupostos da pós-modernidade, do conhecimento pessoal
e intuitivo.
O salmista encerra esta série com duas
maravilhosas declarações: declarando que o sabor da palavra de Deus é doce, é
agradável, é palatável. De fato só é possível dizer isso quando por essa
palavra se é transformado, liberto. Somente assim tais verdades fazem sentido e
tornam-se doces como mel e não amargos como fel. A segunda declaração está com
o afastamento do caminho mal que vem também como resultado do conhecimento e
entendimento adquirido por essa palavra.
Que o nosso Deus conceda a sua Igreja -
por meio do seu Santo Espírito - a preservação e direção que são providenciados
por meio da sua verdade e seus estatutos e que ela seja a nossa luz e lâmpada
em meio ao mundo enegrecido pelo pecado e turvado pelas transgressões.
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Thiago Oliveira
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29 de jan. de 2015
O Deus da Bíblia é Cruel?
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O Evangelho de Satanás
Por Fernando
Carvalho
Ele está por todos
os lados, sendo domingo após domingo pregado e reverenciado por muitos. Ele é
atrativo, estremece a carne, emociona o coração e deixa a mente em êxtase! Faz
o homem se sentir poderoso, faz pastores arruinarem a fé de vários (inclusive a
própria). Faz nascer desastrados ministérios que desonram blasfemam do
evangelho de Jesus Cristo, arrastando multidões de iludidos. Faz o movimento
gospel faturar milhões de reais para honra, glória e poder dos ventres
insaciáveis dos magnatas de púlpitos.
Sim esse é o
evangelho de Satanás, um legado que seduziu o homem no Éden e quis seduzir a
Cristo no deserto. Ele busca colocar no centro dessa maldita mensagem a
satisfação própria dos que são enganados por ele. Me basearei no texto da
tentação de Mateus capitulo 4 para descrever as ações dessa mentirosa mensagem
proferida em alta voz hoje, no movimento evangélico mundial.
Primeiro ponto: Unicamente Satisfazer as necessidades
individuais.
"Se tu és
filho de Deus mande que essas pedras se transformem em pães".
Mateus 4:3
A mensagem central
desse falso evangelho e impulsionar as pessoas a buscá-lO para satisfazer
unicamente a própria necessidade e de maneira apressada desobedecer a vontade
de Deus, uma vez que se Jesus tivesse atendido essa proposta baseada em uma
nescessidade de primeira ordem (fome), teria contrariado a ordem da missão do
Pai, e seria um rebelde. Lógico que Jesus não faria isso jamais, porém é o que
mais vemos dentro das igrejas: pessoas decretando por serem "filhos de
Deus" uma enxurrada de vontades próprias como motivo de buscar a face de
Deus, se rebelando contra a vontade do Senhor.
Segundo ponto: Usar textos isolados e
distorcidos, tendo a pretensão de achar que Deus é obrigado a agir segundo os
meus impulsos.
“Se és o Filho de
Deus, joga-te daqui para baixo. Pois está escrito: Ele dará ordens a seus anjos
a seu respeito, e com as mãos eles o segurarão, para que você não tropece em
alguma pedra”.
Mateus 4:6
Faz-se preciso
esclarecer algo a respeito desse versículo. Satanás tem agido nas pregações e
orações da igreja, quando a palavra de Deus é citada para um fim próprio de
quem ora, ou prega, mas na verdade é distorcida para essa finalidade e ainda
por cima revela um coração arrogante e presunçoso. Deus jamais nos ensinou a
reivindicar a sua autoridade, mas sim, pedirmos humildemente a Sua vontade
(Seja feita a sua vontade assim na terra, como no céu - Mateus 6:10).
O versículo é
distorcido por que o salmo 91, diz que essa guarda de Deus aconteceria em toda
a caminhada de Cristo no propósito da missão e jamais tentando os poderes de
Deus, quando jogar-se do penhasco não estavam nos decretos do Senhor. Na
verdade Satanás queria que Jesus se revelasse o Cristo antes do Tempo e assim
não haveria cruz para remissão dos pecados. Hoje o que vemos são pessoas
interessadas em suas próprias vontades, querendo fundar ministérios
particulares longe da vontade de Deus porém dentro da própria vontade, provando
de uma glorificação corruptível.
Terceiro ponto: A adoração que promove
a conquista.
“Depois, o Diabo o
levou a um monte muito alto e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e o seu
esplendor e lhe disse: Tudo isto te darei, se te prostrares e me adorares”.
Mateus 4: 8,9
Esse é o ponto
mais contundente do evangelho satânico. A adoração que promoverá as
“bênçãos", conquistas, prestígios, sucesso e domínio. Essa foi a frase
usada pelo Diabo queridos leitores. É a frase do momento na boca do movimento
evangélico brasileiro. Buscar uma excelência de reinado que não foi ensinado
pelo Senhor. Na verdade o Senhor em seu ministério foi SERVO e acredito não
precisar biblicamente provar essa afirmação.
As adorações por
interesse daquilo que Deus pode fazer, na verdade é a FALSA promessa do que o
Diabo ofereceu a Cristo! Se ensina que você deve ser fiel na adoração
financeira, assim Deus lhe abençoará transbordando os celeiros com carros,
casas, casamento, empregos, poder. Não, caros leitores! Isso não é promessa
bíblica para a igreja. Geralmente essa falsa promessa é avalizada com textos do
antigo testamento levando em conta a prosperidade de Israel. Irmãos a
consequência do Israel próspero financeiramente é um Israel desgraçado
espiritualmente, onde é o caso das pessoas que querem adquirir os reinos deste
mundo!
O Evangelho de
Satanás tem sido utilizado por falsos profetas a fim de gerar impérios,
promovendo falsas promessas no tempo presente, gerando bodes rebeldes e
indiferentes à vontade do Senhor. As Igrejas viraram programas de auditórios,
com palestrantes usados por Satanás, a prometerem conforto, vitória,
prosperidade e isso tudo nos Reinos deste Mundo.
Fujam dessa farsa!
O Senhor Jesus é quem porta as fiéis bênçãos para igreja, baseada em uma glória
incorruptível, reservada aos eleitos santos no Senhor. Desfrutaremos de uma
riqueza que nem temos ideia do que seja, para que o homem em sua presunção, não
pudesse tentar imitá-la em suas falsas deduções.
Sim, ao único e
sábio Deus seja dada Glória, por intermédio de Jesus Cristo, para todo o
sempre. Amém! (Romanos 16:27)
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Thiago Oliveira
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28 de jan. de 2015
Quando você é tentado a irritar-se com a fraqueza dos outros
Por Mark Altrogge
“Exortamo-vos, também,
irmãos, a que admoesteis os insubmissos, consoleis os desanimados, ampareis os
fracos e sejais longânimos para com todos.”
1 Tessalonicenses 5.14
Deus salva todo tipo de
gente, coloca essas pessoas juntas em sua igreja e diz “agora amem um ao
outro”. A família de Deus inclui aqueles que já andaram com Deus por anos e
aqueles que ainda estão esfregando os olhos, maravilhados por terem sido salvos
por Deus duas semanas atrás. Deus une os fracos e os fortes, e nos diz para
vivermos juntos de uma forma que irá glorificá-lo.
Às vezes precisamos
admoestar os outros
Aparentemente havia alguns
em Tessalônica que não estavam trabalhando. Talvez eles tivessem se demitido
acreditando que o retorno de Jesus era iminente. Talvez eles fossem só
preguiçosos. Paulo manda admoestá-los, avisá-los, exortá-los a trabalhar e
prover para suas famílias, e serem diligentes.
No entanto, Paulo também
manda ser paciente com eles. É fácil ficar chateado com alguém que é
preguiçoso. Quando você levanta cedo, aguenta o tráfego na hora do rush,
moureja no seu trabalho, aguenta um chefe exigente, e chega em casa pra
descobrir que seu irmão dorme até o meio dia e quer pegar dinheiro emprestado
com você. É fácil ficar irritado. Fale com ele. Admoeste-o. Mas seja paciente
com ele.
Perceba que, dos três tipos
de pessoas que Paulo menciona, dois terços são “desanimados” e “fracos”.
Aparentemente, mais crentes tessalonicenses eram tentados ao desânimo do que à
ociosidade. Esse tem sido o caso em minha experiência pastoral ao longo dos
anos.
Paulo diz para “consolar os
desanimados” – os desencorajados, débeis e tímidos. Eles querem desistir, estão
com medo, é difícil para eles ter fé. Você gasta algumas horas encorajando-os,
eles saem confiantes e crendo no Senhor, mas no dia seguinte eles voltam tão
desanimados e incrédulos como sempre foram. Seja paciente com eles.
É fácil ficar frustrado com
os desanimados, especialmente se você não tem as mesmas dificuldades que eles.
Deus deu a alguns de nós um dom de fé, ou nós crescemos na fé ao longo dos
anos, então somos capazes de confiar em Deus quando ele nos leva pela enchente
ou pelo fogo. Outros não têm este tipo de fé. Eles são constitucional e
continuamente “desanimados”. Eles não parecem acreditar nas promessas de Deus.
Eles querem e tentam acreditar, até creem por um tempo. E então afundam de
novo. Não despreze-os. Lide com suas quedas. Seja paciente com eles.
Outros crentes são “fracos”.
Eles não têm muita força espiritual. Eles falham repetidamente e parecem não
conseguir vencer o pecado. Seja paciente com eles.
É fácil para aqueles que são
fortes julgar os outros a partir de sua própria força.
Meu pai era uma ótima
pessoa, mas não conseguia entender por quê as pessoas tinham tanta dificuldade
em parar de fumar. “Eu fumei por vinte anos, então um dia eu simplesmente
decidi desistir e pronto. Nunca fumei outro cigarro depois disso. Você só
decide parar e para”. Não foi tão fácil pra mim. Eu havia usado tabaco por uns
poucos anos e parei quando me tornei um jovem crente. Foi tão difícil pra mim.
Eu falhei repetidamente e demorei um bom tempo até finalmente parar.
Pode ser pecado sexual ou
bulimia ou raiva, mas muitos de nós somos fracos em alguma área. Aqueles que
nunca lutaram contra um pecado específico podem ser tentados a desprezar
aqueles que lutam. É fácil ficar impaciente com alguém se você nunca passou por
isso. Em vez de dizer pra alguém pra se animar, superar, simplesmente parar ou
simplesmente fazer, Paulo diz “ampare os fracos”. Ajude-os em oração. Ajude-os
com encorajamento ou gentilmente se oferecendo para que prestem contas. E seja
paciente com eles quando eles falharem. Jesus vai ajudá-los e eles vão crescer.
Talvez cresçam devagar, mas vão crescer.
Deus tem sido incrivelmente
paciente e longânimo comigo. Como eu posso ser impaciente e não ser longânimo
com outros? Jesus aguentou as minhas falhas, descrença, preguiça e diversas
fraquezas por anos, ainda assim ele nunca desistiu de mim. Como eu posso não
fazer o mesmo por outros?
______________
Fonte: Reforma21
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Thiago Oliveira
às
16:00
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Uma paixão pela aversão à vontade de Deus
Por Morgana Mendonça
Encontramos em apenas quatro capítulos do livro de Jonas um ensino absoluto da soberania de Deus sobre toda a Sua criação, a revelação do seu caráter e providência. O livro de Jonas que narra suas experiências na grande comissão aos gentios tem muito a dizer a nós, que somos cristãos dos dias atuais. O texto onde estaremos meditando traz preciosas lições, juntamente como o livro todo. O aspecto missiológico está de forma bem clara introduzida na mensagem central do livro: a salvação dos gentios. Por hora, veremos a questão de forma exortativa sobre a conduta de Jonas e doutrinaria sobre o ensinamento de Deus.
A comissão dada por Deus a Jonas afetou as suas emoções, a ponto de fugir do único Deus verdadeiro que é onipresente (Jn 1.3). Que contradição! A presunção e desobediência de Jonas levou um navio com uma razoável quantidade de homens a viverem entre a vida e a morte (Jn 1.4), enquanto ele apenas dormia um sono profundo (Jn 1.5). Que endurecimento de coração! Ou seja, o conhecimento que Jonas tinha sobre Deus não significava piedade, isto é, vida em obediência as Suas ordens, uma prática. Notamos um cristão, que conhece o Deus que serve, porém a sua paixão pela aversão a Sua vontade o leva a uma decadência espiritual, que começa com a desobediência interior (Jn 1.12).
O navio quase chega a pique e Jonas é acordado pelo capitão (Jn 1.6), ao falar sobre a realidade e sobre a verdade dos acontecimentos, ele é jogado ao mar (Jn 1.15), seu coração está endurecido, que difere dos pagãos no navio, que fazem uma aliança com o Senhor (Jn 1.16).
A experiência de Jonas no ventre do peixe é incrível, ele ora ao Senhor (Jn 2.1), Deus livra Jonas, e mais uma vez da à ordem de ir pregar em Nínive (Jn 3.1-2). Jonas levanta e prega contra Nínive, "quarentas dias e a cidade será subvertida" (Jn 3.4). Uma mensagem de pura condenação, no entanto, para a grande insatisfação do profeta, a cidade é poupada por haver se arrependido e por ter confessado seus pecados (Jn 3.10). O profeta ora ao Senhor com muita indignação pedindo a morte (Jn 4.3), a correção do Senhor vem trazendo uma grande lição ao profeta (Jn 4.10-11).
Jonas vive uma ortodoxia, isto é, conhecimento teológico, uma doutrina certa. Mas a sua ortopraxia deixa muito a desejar. Podemos mencionar até a ausência dos sentimentos certos, no qual chamamos de ortopatia. Um bom cristão (ortodoxo) deve praticar uma ortopatia (sentimento certo) e ortopraxia (uma pratica correta e coerente), caso contrário será um fariseu. Um coração endurecido e recalcitrante, sua intrigante indignação contra a misericórdia de Deus sobre os pagãos, desembocou em uma insensibilidade na sua conduta prática.
Devemos avaliar isso em partes, o texto que avaliaremos está em Jonas 4.1-5. No verso primeiro é dito sobre como Jonas estava. "Mas isso desagradou extremamente a Jonas, e ele ficou irado" (Jonas 4.1). Jonas ressente por conta da misericórdia de Deus sobre os ninivitas. No segundo verso, Jonas justifica sua desobediência mesmo com tal conhecimento de Deus e faz isso em oração. "E orou ao Senhor, e disse: Ah! Senhor! Não foi esta minha palavra, estando ainda na minha terra? Por isso é que me preveni, fugindo para Társis, pois sabia que és Deus compassivo e misericordioso, longânimo e grande em benignidade, e que te arrependes do mal" (Jonas 4.2). Jonas comprova nessa oração a sua teologia, sua doutrina, seu conhecimento sobre os atributos de Deus. No entanto, esse conhecimento não provoca em Jonas uma piedade para a Glória de Deus.
No terceiro verso Jonas faz um pedido a Deus, por tamanha indignação, ele diz: "Peço-te, pois, ó Senhor, tira-me a vida, porque melhor me é morrer do que viver" (Jonas 4.3). No capítulo dois, Deus concede a Jonas livramento, ele deseja viver, contemplar o templo santo do Senhor, ele clama a Deus, e agora no capitulo quatro pede duas vezes a morte (Jn 4.3 e 4.8), pois a misericórdia oferecida por Deus para poupar Nínive não parece ser justo aos olhos do profeta. Eis aqui o que a paixão pela aversão a vontade de Deus pode causar na vida de um cristão. A falta de piedade, ou seja, a desobediência, produz um endurecimento no coração. O conhecimento que Jonas tem sobre Deus não o leva a uma conduta cristã, resultando, todavia, em vida vazia, farisaica, apenas religiosa ou fanática denominacionalmente.
No quarto verso, Deus questiona o profeta, "E disse o Senhor: Fazes bem que assim te ires?" (Jonas 4.4). Nesse dialogo, Jonas é questionado por conta do seu tamanho ressentimento. Seria por conta da sua reputação como um possível falso profeta? Pois o que havia sido proclamado não havia acontecido. Ou será que ele estava preocupado com a honra de Deus, o seu nome? Pois Deus não fizera aquilo que tinha dito. Ou, Jonas realmente estava aborrecido com o fato de Deus ter poupado o povo, inimigo de Israel?
Vemos que no quinto verso o profeta não responde a pergunta, e procura um lugar para ver o que haveria de acontecer à cidade. "Então Jonas saiu da cidade, e sentou-se ao oriente dela; e ali fez uma cabana, e sentou-se debaixo dela, à sombra, até ver o que aconteceria à cidade" (Jonas 4.5). Sabemos que o dialogo continua, e Jonas é corrigido por Deus por tamanha falta de piedade, "E não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive, em que estão mais de cento e vinte mil homens que não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda, e também muitos animais?" (Jonas 4.11).
De que adianta tanto conhecimento, ser reconhecido pelos cargos, ser ativo no ministério, se isso não provoca transformação de vida e uma conduta piedosa? A obediência de Jonas no capitulo três mostra que foi com motivações erradas no seu coração. Jonas, não admite que Deus possa salvar quem merecia morrer. Jonas, não percebe que a sua vida também deveria ser julgada por Deus, ele foi tratado com a misericórdia que alcançou também os ninivitas. Devemos perguntar: é possível um homem mesmo com uma confissão de fé (Jn 1.9) querer viver uma vida avessa a vontade de Deus?
Uma grande lição para os cristãos contemporâneos, pós-modernos e secularizados. Conhecimento sem prática gera religiosidade sem vida. Conhecimento que não transforma, deforma. É necessário conhecimento das Escrituras para não errar (Mt 22.29), Deus deseja que prossigamos em conhecê-lo (Os 6.3), é isso que Deus quer de nós – conhecimento (Os 6.6). O principio para tal conhecimento é o temor a Deus (Pv 1.7), sobretudo esse conhecimento deve gerar vida em nós (1Tm 1.5), prática bíblica. Precisamos viver para a glória de Deus, quer façamos qualquer coisa (1Co 10.31) devemos ser ouvintes e praticantes da Palavra (Tg 1.22-25).
E Deus mesmo sabendo que temos um coração obstinado como o de Jonas, cumprirá seus decretos e propósitos, independente da nossa paixão pela aversão a Sua vontade. Por Cristo, Jonas foi lembrado, o único sinal que deveria ser dado era o de Jonas (Mt 12.38-41), logo, devemos entender que Cristo é o nosso exemplo e não Jonas, no quesito obediência a missão. Cristo é a verdadeira ortodoxia e ortopraxia, em sua ultima tentação foi levado a orar pedindo que a vontade de Deus fosse feita e não a Dele (Mt 26.39).
Éramos os seus inimigos, mas por nós Cristo sofreu a ira de Deus, com compaixão e graça nos concedeu perdão para os nossos pecados. Os ninivitas foram poupados, nós fomos poupados! E quando formos chamados para ir, que o nosso conhecimento humilhado provoque uma vida piedosa em obediência. Jonas foi o único profeta que ficou indignado por vê seu ministério frutificando, Jonas desejava o fracasso da missão. Que ao olhar para Jonas possamos nos identificar com Cristo, Aquele que suportou tudo ate a morte, e conforme o apostolo Paulo disse: "E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz" (Fp 2.8).
"É porventura Deus somente dos judeus? E não o é também dos gentios? Também dos gentios, certamente". Romanos 3.29.
Somente a Deus toda a Glória.
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Thiago Oliveira
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08:46
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Morgana Mendonça
27 de jan. de 2015
A História dos Pressupostos
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Thiago Oliveira
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16:00
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Sobre Pregadores Engraçadinhos
Por Thiago Oliveira
Hoje estamos vivendo um período em que as pessoas acham que a Igreja deve fazer de tudo para agradar os fiéis. Mudar antigas convenções não tem a motivação de glorificar a Deus. Absolutamente! Mudam-se as coisas para atrair mais pessoas.A Igreja precisa ser ao gosto do freguês. O segmento evangélico transformou-se num bandejão, onde você degusta o que quiser e por fim escolhe o prato que mais lhe agrada. Nesse afã de querer agradar a gregos e a troianos, o culto tem se transformado num verdadeiro circo. Além de aparecerem diversas manifestações artísticas de qualidade duvidosa, temos também as pregações transformadas em palestras motivacionais, e o que é pior: apresentações humorísticas.
Estava eu no Facebook e me aparece uma sugestão de página para curtir. Tratava-se da página de um Senhor que tem por slogan: "Um Pastor Cheio de Graça".Eu já conhecia o sujeito, pois o vi dar uma entrevista num talk show. Ele costuma ministrar para casais e sua peculiaridade é fazer piadas. Depois que ele apareceu na TV, muitos foram os vídeos do YouTube que apareceram na timeline de amigos meus, nas redes sociais, elogiando a sua forma engraçada de transmitir a Palavra.
Estava eu no Facebook e me aparece uma sugestão de página para curtir. Tratava-se da página de um Senhor que tem por slogan: "Um Pastor Cheio de Graça".Eu já conhecia o sujeito, pois o vi dar uma entrevista num talk show. Ele costuma ministrar para casais e sua peculiaridade é fazer piadas. Depois que ele apareceu na TV, muitos foram os vídeos do YouTube que apareceram na timeline de amigos meus, nas redes sociais, elogiando a sua forma engraçada de transmitir a Palavra.
Francamente,não vejo com bons olhos um pregador que coloca um slogan de humorista para projetar o seu ministério, se é que posso chamar assim. Não quero aqui dizer que este homem não é cristão. Também não digo que ele está mal intencionado. O grande problema é que também erramos com boas intenções. Faço minhas as palavras do Dr. Martyn Lloyd-Jones quando ele diz em seu livro (Pregação e Pregadores, p.224) que: “O indivíduo que força a si mesmo para ser divertido é uma abominação e jamais deve ter permissão de ocupar o púlpito. Esta opinião se aplica ao homem que faz isso deliberadamente, para obter as boas graças de seus ouvintes”.
Muitos de nós esquecemos que o culto é para Deus, e este deve ser o princípio regulador.Não devemos nos pautar em princípios sentimentais, estéticos e mercadológicos.O culto é uma demonstração de fé, gratidão e louvor ao Deus que nos amou primeiro e nos transportou das trevas para o Reino do Filho do seu amor. Só o SENHOR é digno de ser adorado e para isto a Igreja se reúne periodicamente. O culto feito ao nosso bel-prazer, para nosso deleite, não é aceito por Deus. Ele só se compraz da adoração que O glorifica, não sendo assim, Ele rejeita a nossa maneira de cultuar, por mais agradável que ela nos pareça.
Quando moldamos o culto segundo as nossas preferências, corremos o risco de contrair a ira divina sobre nossas cabeças. Se não obedecermos o que Deus predeterminou em sua Palavra, estamos em apuros. Um exemplo claro é o que aconteceu com Uzá (leia 2 Sm 6. 1-11). Ele foi fulminado porque tocou a arca da aliança. A arca estava sendo transportada num carro de boi, quando na verdade, ela deveria estar sobre os ombros dos sacerdotes, tal como Deus havia estabelecido. Uzá morreu, mesmo bem intencionado, por causa do amoldamento que foi feito a uma questão litúrgica. E nós, porque achamos que podemos moldar o culto da forma como bem entendemos?
Deus é glorificado através da séria exposição da Sua Palavra. Ele é glorificado a cada vez que o pregador deixa claro que não está levando uma mensagem que é fruto de sua imaginação, e sim a própria voz divina que é capaz de converter os pecadores de seus maus caminhos. Não é preciso muito. Importa sermos fiéis as Escrituras e deixar que o Espírito Santo trabalhe para edificar, consolar e converter os que ali se fazem presentes. O pregador precisa ter cuidado com gracejos, anedotas e ilustrações, pois muitas vezes, eles tiram o foco na Palavra e os ouvintes se acostumam a ouvir o pregador apenas porque se identificam com seu apurado senso de humor, ou pela sua aguçada imaginação .
Não estou dizendo que no púlpito o mensageiro deve ser carrancudo e enfadonho. Ele pode ser alguém simpático, de aparência leve e até vibrante. Todavia, precisa compreender que sua missão não é fazer com que as pessoas o considerem engraçado ou atraente, mas sim levar cativas ao SENHOR a mente dos seus ouvintes. Todos precisam olhar para si, enxergar sua pequenez diante da grandeza e da glória de Cristo e humildemente se aproximarem do trono da graça com orações e súplicas.
Charles Haddon Spurgeon, um dos maiores pregadores que passou por este mundo, era alguém muito bem humorado e que contava algumas histórias engraçadas em seus sermões. Certa vez, uma irmã o repreendeu por isso. Spurgeon não ficou ofendido e confessou aquela senhora que se ele não se controlasse e podasse a si próprio, corria o risco de contar muito mais gracejos. O que esse episódio nos ensina? Que é necessário podar nossa personalidade (Spurgeon era alguém engraçado por natureza) para que não seja ela a maior evidencia em nossos sermões. A glória deve ser exclusiva para Deus, é necessário que Ele cresça e que nós diminuamos.
Termino alertando a você – pregador - que busque a Deus em oração, pedindo para que Ele venha moldar sua maneira de estudar, preparar e pregar o seu sermão, de uma forma que suas mensagens sejam tão cristocêntricas que você seja sempre ofuscado pelo brilho do Filho de Deus. Alerto também aos crentes de modo geral a se perguntarem: Estou cultuando a Deus ou estou satisfazendo as minhas preferências? Se a resposta for a primeira, então amém. Se for a segunda, ore para que o SENHOR venha mudar o teu coração e que você encontre satisfação na Palavra de Deus, sem necessitar de nenhum subterfúgio a mais.
A Deus,somente, toda a glória!
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Thiago Oliveira
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09:13
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Thiago Oliveira
26 de jan. de 2015
A Espada do Espírito
Por Charles Spurgeon
Nosso Senhor poderia ter
derrotado satanás com poder angelical; bastaria orar a seu Pai, e ele
rapidamente enviaria dúzias de legiões angelicais, cujo poder o nosso inimigo
não poderia resistir por um momento sequer. Se o nosso Senhor tivesse apenas
exercitado sua divindade, uma única palavra seria o suficiente para enviar o
tentador de volta ao seu covil infernal.
Mas, ao invés de poder
angelical ou divino, ele usou “Está escrito”; assim, ensinou sua igreja que ela
nunca deve esperar ajuda da força bruta ou das armas carnais, mas deve confiar
comente na onipotência que habita na certeza do testemunho da palavra.
Esse é o nosso machado de
batalha. Os principados ou as prisões do poder civil não são por nós. E não nos
atrevemos a usar subornos ou ameaças para converter homens ao cristianismo: um
reino espiritual deve ser edificado e baseado apenas por meios espirituais.
Nosso Senhor poderia ter derrotado
o tentador ao revelar sua própria glória. O fulgor da majestade divina estava
escondido na humilhação da humanidade, e se ele tivesse levantado o véu por um
momento apenas, o inimigo teria sido completamente confundido como morcegos e
corujas quando o Sol brilha sobre suas faces. Mas Jesus quis por bem guardar
sua excelente majestade e apenas se defender com “Está escrito”.
Nosso Mestre também poderia
ter assaltado satanás com retórica e lógica. Por que ele não discutiu os pontos
em questão assim que foram levantados? Ali nós vimos três proposições
diferentes a serem discutidas, mas nosso Senhor limitou a si mesmo a um único
argumento, “Está escrito”.
Veja bem, se nosso Senhor e
Mestre, com toda a variedade de armas que tinha seu dispor, ainda assim
escolheu a lâmina da Palavra de Deus, não hesitemos, por um momento sequer, mas
nos agarremos e nos prendamos a essa única arma disponível aos santos de todos
os tempos. Deixe a espada de madeira da argumentação carnal; não confie na
eloquência humana, mas arme-se com as solenes revelações de Deus, que não pode
mentir, e você não precisa temer satanás e suas hostes. Jesus, podemos ter
certeza, escolheu a melhor arma, e o que é melhor para ele, é o melhor para
você.
Você só precisa se voltar
para suas Bíblias, encontrar o texto correto e arremessá-lo contra satanás,
como uma pedra na funda de Davi, e vencerá a batalha. “Está escrito”, e o que
foi Escrito é infalível; essa é a força do argumento. “Está escrito”. Deus disse;
isso basta. Ó abençoada espada e escudo com que os pequeninos podem usar para
se defender e os iletrados e símplices podem tirar proveito, que dão poder ao
de ânimo dobre e vitória aos fracos.
*Trecho retirado do sermão
“Infalibilidade – onde encontrar e como usar”
____________________
Fonte: Reforma21
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Thiago Oliveira
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16:43
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Para que orar?
Por Thiago Azevedo
Muito se tem ouvido esta pergunta
quando o assunto em questão são as doutrinas reformadas que envolvem os
atributos incomunicáveis divinos. Já ouvi até alguém dizer o seguinte: “se Deus
sabe tudo, então para que orar?” Perceba que no bojo desta pergunta há uma
noção errônea da onisciência. Esta pergunta reflete a carência teológica do
indivíduo que a fez. A pergunta se inicia com um conectivo condicional, se.
Evidentemente que Deus sabe de tudo e por isso mesmo é que devemos orar, pois
mesmo Ele sabendo, e mesmo nós sabendo que Ele sabe de tudo, nos rendemos a
seus pés e nos sujeitamos em sua presença. Isso funciona como um reconhecimento
em gratidão que mesmo sabendo que Ele sabe de tudo, seus adoradores ainda se
debruçam em sua presença e colocam seus planos diante dEle. Ora-se também pelo
fato de aprofundar o relacionamento com Deus e por meio disso passarmos a
conhecer sua vontade que é boa perfeita e agradável. Ora-se pelo fato de a oração
ser uma oportunidade de estar a sós com Deus.
Mas, os motivos por que se deve
orar não cessam nestes mencionados acima, ora-se pelo fato de Deus, mesmo sendo
soberano e sabendo de tudo, recomenda que seus servos orem sem cessar (1 Ts
5:17). Jesus alega que Deus concede justiça aos escolhidos que clamam por tal
(Lucas 18:7). Todavia, o principal motivo cujo se deve orar é porque o
principal nome da fé cristã orou mais que qualquer outra pessoa, a saber, o
próprio Jesus. Paul Washer em uma de suas pregações acerca do tema alega que
deveria ser algo assombroso ver Jesus orar. Em Lc 11 os discípulos pedem a
Jesus que ele os ensinassem a orar. É importante enfatizar que Jesus nessa
altura de seu ministério já tinha realizado milagres diversos – transformou
água em vinho, andou sobre as águas, ressuscitou mortos, curou leprosos,
expulsou demônios etc., etc., etc. No entanto, seus discípulos não pedem que
Cristo vos ensine nada além da oração. Isso seria uma resposta aos dias atuais
que tantos almejam aprender práticas de persuasão visionárias, lucros ou outros
costumes pagãos diversos, quando na realidade a única coisa que os discípulos
de Cristo pediram foi que ele lhes ensinasse a orar. Nada chamou mais atenção
dos discípulos de Cristo do que sua oração. Isso de fato mostra que deveria ser
assombroso ver e ouvir Jesus orar.
Jesus não precisar orar, não
precisar pedir perdão, não precisar solicitar meios de graça etc. Jesus era o
próprio Deus encarnado, mas mesmo assim, Jesus tem uma vida de oração
constante. Ora, se Jesus que não precisava orar por ter caráter puro e santo, e
mesmo assim orava continuamente, avalie nós pecadores miseráveis e mortais.
Aqui Jesus nos ensina e muito. O motivo dos discípulos terem pedido que Jesus ensinasse-os
como se deve orar, deve ter sido justamente este: Jesus não precisava orar,
mesmo assim orava mais que qualquer um, e isso era de fato admirável. Na
atualidade, o assombro acerca do texto mencionado, deveria ser o mesmo.
Jesus antes de começar a mostrar
aos discípulos como se deveria orar em Mateus 6, nos tece algumas recomendações
acerca da prática da oração: primeiro não devemos ser como os hipócritas que
realizam suas orações em público para serem vistos (Mateus 6:5). Alguns irmãos
na atualidade fazem questão de demonstrar que oram e que têm uma vida assídua
dentro desta prática. Uns mostram seus joelhos marcados por gastar tempo de
joelhos, testas marcadas e ainda fazem questão de dizer que permanecem horas
com o “rosto no pó”- expressão que denota que a pessoa se curva de forma humilhante
encostando seu rosto no chão para falar com Deus. Segundo o texto estas pessoas
já têm seus próprios galardões. A prática da oração não deve estar embutida
neste contexto. Outro detalhe importante na vida de Cristo é que mesmo sendo
visto orando recomenda que essa prática deve ser algo íntimo e privado (Mateus 6:6).
Jesus alerta que a verdadeira oração não significa necessariamente falar muito
(Mateus 7), pois há pessoas que falam muito e não dizem nada, enquanto há
aqueles que dizem tudo falando pouco. Os gentios pensavam que por muito falar
seriam ouvidos. Por fim Jesus alerta que Deus já sabe o que iremos pedi-lo
mesmo antes de proferirmos alguma palavra (Mateus 6: 8).
É aqui que reside a dúvida de muitos,
ora se Deus já sabe então por que orar? Por que o mesmo Deus que sabe institui
a oração e recomenda que devemos orar sem cessar (1 Tessalonicenses 5:17).
Precisamos entender que mesmo Deus sabendo de tudo Ele nos dá a graciosa
oportunidade de sermos íntimos dEle. Mesmo sabendo que Deus sabe de tudo, temos
a graciosa oportunidade de lhe contar nossas fraquezas e compartilhar com Ele
nossos sonhos e metas. Nos é concedida a oportunidade do entendimento de que
nossos sonhos e nossas metas não são exclusivamente nossos e que estão debaixo
do querer e da vontade divina. Temos oportunidade de contá-lo, mesmo sabendo
que o que prevalecerá será sua vontade e respeitar isso é uma rica oportunidade
que muitos desprezam. Sendo assim estaremos mais aptos a aceitar a vontade divina,
esta que nos é boa perfeita e agradável (Romanos 12:2). O cristão atual
necessita urgentemente de uma transformação de mente relacionado à oração.
“A oração está para vida cristã
como o ar está para vida biológica”[1].
Mesmo sendo tão importante, esta prática é a mais negligenciada entre os
cristãos. Quando digo negligenciada não me refiro apenas a quem não ora, mas
também a quem ora, pois muitos oram de fato, porém da forma errada. Veremos
agora que há possibilidades de se realizar uma oração de forma errada e com
motivações erradas.
“E tudo quanto pedirdes em meu
nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.
Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei”. (João 14:13-14)
Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei”. (João 14:13-14)
Aqui percebemos que um dos
principais preceitos da oração é que o nome de Deus seja glorificado no bojo do
pedido. Logo, deveser por conta isso que muitas orações não são respondidas.
“Ora, nós sabemos que Deus não
ouve a pecadores; mas, se alguém é temente a Deus, e faz a sua vontade, a esse
ouve”. (João 9:31)
Aqui podemos perceber que Deus
não escuta todas as orações que lhe são feitas, sobretudo daqueles que não
fazem sua vontade e não o temem.
“Se vós estiverdes em mim, e as
minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será
feito. Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus
discípulos”. (João 15:7-8)
O texto começa com o conectivo
condicional, ou seja, se alguém estiver em Jesus e suas palavras neste alguém.
Ou seja, se e somente se. Aqui nos parece que deve haver uma congruência entre
palavra de Cristo e indivíduo, i.é., se um estiver no outro a oração será
exitosa. Mas, mais uma vez a glória do Pai está em jogo quando ela deve ser o
topo da pirâmide. Nesta harmonia a glória do Pai não pode ser negligenciada,
onde há uma coisa deve haver necessariamente a outra.
“E qualquer coisa que lhe
pedirmos, dele a receberemos, porque guardamos os seus mandamentos, e fazemos o
que é agradável à sua vista”. (1 João 3:22)
Quem guarda os mandamentos de
Deus e faz o que é agradável à sua vista não tem como pedir algo que denigra a
imagem de Deus ou que desfavoreça a glória divina. Os pedidos serão harmoniosos
com a vontade de Deus, serão para a glória de Deus.
“E esta é a confiança que temos
nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve”. (1 João 5:14)
“Pedis, e não recebeis, porque
pedis mal, para o gastardes em vossos deleites”.( Tiago 4:3)
Muitos estão pedindo mal a Deus,
mas mesmo assim acreditam que estão pedindo bem. Aqui é percebido que a nossa
vontade na oração não importa muito, e sim a vontade de Deus. Isso não nos
impede de contarmos a Deus nossas metas, objetivos, desejos, sonhos, intenções
etc., muito pelo contrário. Mas devemos saber que sua vontade é que vai
prevalecer.
Possa ser que alguém ore muito,
tenha marcas nos joelhos, na testa e propague para todos que é um orador nato e
que passa muitas horas orando. Mas, será que atende estas recomendações? Jesus
na oração do pai nosso profere dez sentenças onde as cinco primeiras são direcionadas
a Deus. Deus está nos céus, por isso é santo, o seu reino vem até nós, sua
vontade prevaleça tanto na terra como no céu. Após isso é que Jesus começa a
contemplar o ambiente terreno na sua oração. O pão de cada dia (porção diária
igual no maná do deserto e não excessos), perdão das ofensas como nós perdoamos
a quem nos ofende (alude ao mistério do perdão divino que mesmo sem merecermos
nos perdoa). Não permita cair em tentação (o cristão deve entender que se não
comete nenhum ato ilícito não é por meritocracia e sim por intervenção do
Espírito Santo divino), mas livra-nos do mal (é Deus quem nos livra do mal). É
perceptível que todas as sentenças estão atreladas a pessoa de Deus, as cinco
primeiras em caráter direto e as cinco últimas em caráter indireto. Quem dá o
pão é Deus, o perdão provém dEle e desta relação devemos perdoar também, mesmo
se alguém não merece. Ele é quem não permite a queda na tentação e quem nos
livra do mal. Portanto é notório que a oração é criteriosa, não pode ser
entendida como algo banal.
Muitos proferem palavras diversas
– verborragia – demonstram que oram muito, falam alto, gesticulam, passam horas
em suas meditações. Mas, será que estão orando verdadeiramente? A cultura
hedonista que paira no evangelho atual em solo brasileiro nos reflete algo, a
saber, muitos querem ser reconhecidos como verdadeiros adoradores – estão
envolvidos com ministérios de louvor, gospel, shows etc. Mas precisamos
identificar quem são os verdadeiros oradores – aqueles que praticam de forma
correta a genuína e pura oração. Estes sãos alguns dos motivos pelos quais
devemos orar, mas orar da forma correta!
[1] Frase
de R.C Sproul no livro “A oração muda as coisas?”
Postado por
Thiago Oliveira
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08:45
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