Por Thiago Oliveira
“Também vos notifico, irmãos, o evangelho que já vos tenho anunciado; o qual também recebestes, e no qual também permaneceis. Pelo qual também sois salvos se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado; se não é que crestes em vão. Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, E que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E que foi visto por Cefas, e depois pelos doze. Depois foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também.
Depois foi visto por Tiago, depois por todos os apóstolos. E por derradeiro de todos me apareceu também a mim, como a um abortivo. Porque eu sou o menor dos apóstolos, que não sou digno de ser chamado apóstolo, pois que persegui a igreja de Deus. Mas pela graça de Deus sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã, antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus, que está comigo.
Então, ou seja eu ou sejam eles, assim pregamos e assim haveis crido. Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como dizem alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. E assim somos também considerados como falsas testemunhas de Deus, pois testificamos de Deus, que ressuscitou a Cristo, ao qual, porém, não ressuscitou, se, na verdade, os mortos não ressuscitam. Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E também os que dormiram em Cristo estão perdidos.
Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens. Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem. Porque assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo”.
1 Coríntios 15:1-22
INTRODUÇÃO
Esse é um dos pilares da fé cristã: Jesus Cristo vive. Logicamente, os inimigos da cristandade não aceitam tal fato e fazem troça do nosso credo. Mas seria tão improvável mesmo que Cristo tenha ressuscitado? Teríamos argumentos que validassem a ressurreição? Sim, temos alguns argumentos válidos e uma parte deles será aqui exposto em dois pontos:
1- O TÚMULO VAZIO
A principal forma de desmentir a ressurreição de Cristo seria abrir o seu túmulo e lá ver o seu cadáver ou a sua ossada. Bastava isso e pronto, o cristianismo teria seus dias contados e seus discípulos seriam desmascarados como farsantes. Jesus foi sepultado e isso é inegável, pois documentos históricos atestam isso. Os próprios evangelhos, incluindo os apócrifos, relatam que Cristo foi sepultado na tumba de José de Arimatéia, um membro do Sinédrio. Devemos lembrar que o Sinédrio condenou o Messias e seus líderes não tinham a simpatia dos cristãos. Sendo assim, porque raios iriam inventar que uma pessoa que participou do julgamento condenatório de Cristo, cedeu-lhe um túmulo?
Ademais, o registro do túmulo vazio também se faz presente nos evangelhos e em discursos apostólicos (Atos 2.29 e 13.36). E quem descobriu que a tumba estava vazia? Um grupo de mulheres. É sabido que na cultura judaica, o testemunho feminino não tinha validade. Se os evangelistas intencionassem inventar que Cristo havia ressuscitado dentre os mortos, com certeza, iriam relatar que os apóstolos, talvez Pedro ou João, foram as primeiras testemunhas da ressurreição. Este, seguramente, é um argumento difícil de ser refutado.
Se Cristo estivesse naquele túmulo, por ter sido considerado um grande profeta, por muitos, e é profeta até para o Islã, seu túmulo seria venerado. Todavia, isso não se fez possível. A causa? Ele não está lá. Ele vive. Os fariseus, os saduceus e até Roma poderiam facilmente desmentir a ressurreição, e até aparecer com o corpo do Nazareno, no entanto, mediante ao fato inconteste, apenas inventaram que o corpo havia sido roubado.
2- A NOVA RELIGIÃO
A adesão ao Cristianismo foi crescente, e isso implica numa troca de religião de judeus devotos. A unidade cultural e religiosa do judaísmo é tão forte, que mesmo na diáspora, eles conseguiram manter sua identidade como povo. Paulo, um fariseu renomado e zeloso pela tradição judaica não iria abandonar seu status quo para viver, padecer e morrer, senão tivesse plena certeza de seu chamado. Ele viu a Jesus ressuscitado, como nos diz o texto de 1 Coríntios 15. Ele e muitos outros foram testemunhas oculares da ressurreição. Um judeu do primeiro século não iria trair a revelação de Iavé, pois isso acarretaria em arriscar a sua salvação. Seria o equivalente a mentir contra o Deus de Israel.
Os primeiros cristãos eram tão convictos de que Jesus havia vencido a morte, que eles mesmos arriscaram as suas vidas para proclamar a fé no Cristo vivo. Sofreram uma forte perseguição e quanto mais eram martirizados, mais adeptos conseguiam para o Cristianismo. As pessoas que viam os crentes sendo mortos por sua fé, a grande maioria mortos brutalmente, passando por torturas, chegavam a esta conclusão: Se fosse mentira o que estes homens dizem, eles não iriam até as últimas consequências.
A ideia de um corpo ressuscitado era tão absurda para a cultura judaica como a cultura helenística (1Coríntios 1:23). Era um conceito novo, não tão bem compreendido e tinha tudo para ser impopular, como foi para muitos e ainda é. Mas, é este é um fundamento do cristianismo e importa ser pregado.
CONCLUSÃO
Embora tenhamos aqui demonstrado alguns, entre vários existentes argumentos em defesa da ressurreição de Cristo, devemos ter ciência de que é a fé, e não a razão, que nos inclina para reconhecermos e aceitarmos essa verdade contida nas Escrituras. Por ser a fé um dom divino, faz-se necessário que o Salvador primeiramente se revele ao homem, para que este possa adorá-lo e afirmar tal como disse o apóstolo Pedro: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mateus 16:16).
Louvado Seja Deus!