Por Martyn Lloyd Jones
Nosso Senhor diz: Pai nosso que estás nos céus; e o apóstolo Paulo diz: O Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo... E de vital importância, quando oramos a Deus e O chamamos Pai nosso, que nos lembremos... da Sua grandeza e majestade, e do Seu poder absoluto que recordemos que Ele sabe tudo a nosso respeito. Diz a Escritura: Todas as cousas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas...
Não é de admirar que, quando escreveu o Salmo 51, Davi dissesse, na angústia do seu coração: Eis que te comprazes na verdade no íntimo. Se você quer ser abençoado por Deus, terá que ser absolutamente honesto, terá que aperceber-se de que Ele sabe todas as coisas, e que não há nada escondido dEle... como o sábio que escreveu o livro de Eclesiastes coloca a questão, é de vital importância que, quando oramos a Deus, nos lembremos de que Deus está nos céus, e nós na terra.
Devemos lembrar então a santidade de Deus, Sua justiça, Sua total e absoluta retidão... toda vez que nos aproximamos dEle, devemos fazê-lo com reverência e santo temor; porque o nosso Deus é fogo consumidor, (Hebreus 12.28,29).
Essa é a maneira de orar, diz Cristo... nunca separar estas duas verdades. Lembre-se de que você está se aproximando do todo-poderoso, eterno, sempre bendito e santo Deus. Mas lembre também que o mesmo Deus, em Cristo, tornou-se seu Pai, que não apenas sabe todas as coisas a seu respeito porque Ele é onisciente, mas também sabe todas as coisas a seu respeito, no sentido de um pai que tudo sabe sobre seu filho... Junte estas duas coisas. Deus, em Sua onipotência, olha para você com santo amor e conhece cada uma de suas necessidades...
Nada Ele deseja tanto como abençoá-lo, e que você seja feliz, alegre e próspero. Depois, lembre-se disto, que Ele é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos, ou pensamos. Como seu Pai está nos céus, Ele está muito mais disposto a abençoá-lo do que você por ser abençoado. E também não há limite a Seu poder absoluto.
Sudies in the Sermon on the Mount, ii, p. 55,6