Por Sam Storms
Porque
os arminianos wesleyanos afirmam a eleição condicional, enquanto os calvinistas
afirmam que a eleição é incondicional? A resposta é a graça preveniente. De
acordo com essa doutrina, em uma ação sobrenatural de graça e misericórdia,
Deus restaura a todos os seres humanos o livre-arbítrio perdido na queda de
Adão. A graça preveniente proporciona às pessoas a capacidade de escolher ou
rejeitar Deus.
A
graça preveniente apenas possibilita a fé salvadora, mas é o próprio indivíduo
que faz com que ela seja real. Então, ainda precisamos perguntar: “Quem, em
última análise, é responsável por uma pessoa vir a ter fé e outra não?”. No
sistema arminiano, a resposta é a própria pessoa, e não Deus.
O arminiano sustenta que Deus prevê tanto que alguns crerão quanto que outros não crerão em Cristo em resposta ao Evangelho. Ele também afirma que Deus sabe por que eles respondem com crença ou descrença, pois Deus é onisciente e conhece os segredos e as motivações internas do coração. Deus também conhece aquilo que, na apresentação do Evangelho, terá êxito em convencer alguns a dizer “sim” e o que não terá êxito em persuadir aqueles que dizem “não”.
A pergunta, então, é: se Deus realmente deseja que todos sejam salvos como sustenta o arminiano, e se Ele sabe o que entre os meios de persuasão contidos no Evangelho podem levar as pessoas a responderem “sim”, por que Ele não orquestra a apresentação do Evangelho de tal maneira que ela tenha êxito em convencer todas as pessoas a crerem? Não há dúvidas de que o Deus que conhece perfeitamente cada coração humano é capaz de criar um mundo no qual o Evangelho teria êxito em todos os casos. E se Deus desejou que todos sejam salvos da maneira como o arminiano sustenta, por que não levou todos eles a salvação?
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Extraído do livro Escolhidos: Uma Exposição da Doutrina da Eleição.