Por Morgana Mendonça dos Santos
"E veio a palavra do Senhor a Jonas, filho
de Amitai, dizendo: Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra
ela, porque a sua malícia subiu até à minha presença. Porém, Jonas se levantou
para fugir da presença do Senhor para Társis. E descendo a Jope, achou um navio
que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem, e desceu para dentro dele,
para ir com eles para Társis, para longe da presença do Senhor" Jonas
1.1-3.
"Eu concordo, mas não quero ir. Eu entendo
que devo pregar o evangelho, fazer discípulos, no entanto,Você pode ser um
daqueles que ama missões (da boca para fora!?), porém, não se dispõe a obedecer
a ordem do Senhor. Me impressiona como um livro que está aproximadamente datado
no oitavo século antes de Cristo pode ser tão atual na sua aplicabilidade. O
livro de Jonas não é o livro do profeta Jonas, filho de Amitai (Jn 1.1), na
verdade pouco sabemos a respeito da sua vida. Esse livro é a respeito do
Senhor, único Deus, o Deus de Israel.
Deus é o autor do livro, Ele ordenou a Jonas, a
primeira frase do livro começa com: "E veio a palavra do Senhor", Ele
enviou a tempestade (Jn 1.4), Ele ordenou o grande peixe engolir Jonas (Jn
1.17), Ele ordenou o grande peixe por Jonas para fora (Jn 2.10), Ele ordenou
Jonas mais uma vez (Jn 3.1-2), poupou Nínive (Jn 3.10), Ele que fez nascer
sombra sobre Jonas (Jn 4.6), Ele que ensina a Jonas uma grande lição, e o livro
termina com uma pergunta do próprio Deus: "E não hei de eu ter compaixão
da grande cidade de Nínive em que há mais de cento e vinte mil pessoas que não
sabem discernir entre a sua mão direita e a esquerda, e também muito
gado?" Jn 4.11.
Deus em sua excelência e soberania torna-se o personagem principal desse livro. Jonas reflete apenas o Israel. Ele, um profeta galileu no tempo do reinado de Jeroboão II, profetiza a expansão do seu reinado, é contemporâneo de Amós e Oséias. No Antigo Testamento só é mencionado em 2Reis 14.25, no Novo Testamento é citado por Cristo (Mt 12.40; Lucas 11.30). Jonas foi um homem que nos chama muita atenção, recebeu um chamado desagradável e ficou indignado por ver sua missão obtendo frutos, ou seja, um homem que desejou a morte por vê seu ministério próspero e tendo bom êxito. O sucesso da missão deixou o profeta irado, incrível não? O desafio de Jonas era pregar na nação inimiga, Assíria, onde Nínive era a capital - os assírios conhecidos pela sua maldade, inimigos de Israel – e pregar contra o seu pecado, que havia subido até ao Senhor. (Jn 1.2).
Deus em sua excelência e soberania torna-se o personagem principal desse livro. Jonas reflete apenas o Israel. Ele, um profeta galileu no tempo do reinado de Jeroboão II, profetiza a expansão do seu reinado, é contemporâneo de Amós e Oséias. No Antigo Testamento só é mencionado em 2Reis 14.25, no Novo Testamento é citado por Cristo (Mt 12.40; Lucas 11.30). Jonas foi um homem que nos chama muita atenção, recebeu um chamado desagradável e ficou indignado por ver sua missão obtendo frutos, ou seja, um homem que desejou a morte por vê seu ministério próspero e tendo bom êxito. O sucesso da missão deixou o profeta irado, incrível não? O desafio de Jonas era pregar na nação inimiga, Assíria, onde Nínive era a capital - os assírios conhecidos pela sua maldade, inimigos de Israel – e pregar contra o seu pecado, que havia subido até ao Senhor. (Jn 1.2).
Com apenas cinco palavras no hebraico, no
português sete palavras, Jonas prega para aquela cidade, como enviado do Senhor:
"E começou Jonas a entrar pela cidade,
fazendo a jornada dum dia, e clamava, dizendo: 'Ainda quarenta dias, e Nínive será
subvertida'". Jonas 3.4.
O que Jonas não esperava era essa reação:
"E os homens de Nínive creram em Deus; e proclamaram um jejum, e
vestiram-se de saco, desde o maior deles até o menor. A notícia chegou também
ao rei de Nínive; e ele se levantou do seu trono e, despindo-se do seu manto e
cobrindo-se de saco, sentou-se sobre cinzas. E fez uma proclamação, e a
publicou em Nínive, por decreto do rei e dos seus nobres, dizendo: Não provem
coisa alguma nem homens, nem animais, nem bois, nem ovelhas; não comam, nem
bebam água; mas sejam cobertos de saco, tanto os homens como os animais, e
clamem fortemente a Deus; e convertam-se, cada um do seu mau caminho, e da
violência que há nas suas mãos." Jonas 3.5-8.
O profeta aborrecido, pela misericórdia e
benevolência de Deus, deseja morrer do que viver para ver o Senhor ter
misericórdia para com os ninivitas. Uma história e tanto não? Deus através
desses quatro capítulos nos traz grandes lições, aqui observamos a misericórdia
e compaixão do Senhor, percebemos a ponte que nos leva a Cristo, isto é, a
cristologia do livro, como também identificamos de forma singular no Antigo
Testamento Deus enviando alguém para as nações. O propósito de Israel era ser
luzeiro para as nações vizinhas, o povo de Israel precisava entender que Deus
estava interessado por outras nações, atrair o povo para o Senhor era a missão
de Israel (Dt.4.5-8). A história de Jonas vem lembrar ao povo de algo que havia
sido esquecido.
Um dos nossos problemas pode ser algo chamado
"indiferença espiritual", ou então, algo parecido como "paixão
denominacional", que difere muito do que significa ter paixão pelos
perdidos. É simples observar que a tendência para o crescimento da igreja local
é bem maior do que o objetivo do crescimento da igreja universal. O livro de
Jonas nos faz refletir que fazer a obra do Senhor em sua localidade é justo,
agradável e tranquilo, todavia, levantar-se do banco e obedecer a grande
comissão seria desagradável. Há igrejas que pregam muito mais por paixão
denominacional do que por amor ao evangelho, com o objetivo pragmático de
encher a igreja, ocupando os lugares vazios, formando assim uma membresia longe
daquilo que a deveria ter sido conquistada - o verdadeiro evangelho. Jonas tão
obstinado a fugir da presença do Senhor não percebe que o Único Deus é onisciente,
onipresente e onipotente. Como fugir da Sua presença? Os decretos de Deus são
imutáveis, Ele chamou. E mesmo que seja desagradável para você, Ele irá chama-lo!
O que nos resta, por conta de toda nossa
indiferença espiritual, fuga do chamado ou qualquer outra motivação contraria,
é orar como Jonas no ventre do grande peixe:
"Quando dentro de mim desfalecia a minha alma, eu me lembrei do Senhor; e entrou a ti a minha oração, no teu santo templo. Os que se apegam aos vãos ídolos afastam de si a misericórdia. Mas eu te oferecerei sacrifício com a voz de ação de graças; o que votei pagarei. Ao Senhor pertence a salvação." Jonas 2.7-9.
"Quando dentro de mim desfalecia a minha alma, eu me lembrei do Senhor; e entrou a ti a minha oração, no teu santo templo. Os que se apegam aos vãos ídolos afastam de si a misericórdia. Mas eu te oferecerei sacrifício com a voz de ação de graças; o que votei pagarei. Ao Senhor pertence a salvação." Jonas 2.7-9.
Lembrando de uma frase do Rev. Augustus
Nicodemos, encerro o texto:
"As nossas ações são reações das nossas
fundamentações teológicas"
Será que nossas ações (motivações) são tão
nobres? O chamado tem um custo e isso pode ser desagradável!
A Deus toda glória, Rm 11.36.