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8 de set. de 2014

Liberais e Parasitas


Por Augustus Nicodemus Lopes

O liberalismo teológico nasceu, alimentou-se e vive como um parasita, usando o corpo, as energias, os recursos e a vida das organizações eclesiásticas fundadas e financiadas por conservadores. Os primeiros liberais, surgidos na Europa no séc. 18, eram ministros de denominações conservadoras – embora já minadas pelas ideias do Unitarismo e do Iluminismo – de onde tiraram seu sustento e onde ganharam respeitabilidade. Mesmo que tenham mudado suas crenças, não largaram o corpo de onde se alimentavam. Pois não teriam para onde ir.

O liberalismo nunca plantou igrejas, nunca aumentou número de membros e nem a receita financeira das igrejas. Só conseguiu reproduzir outros liberais, os quais por sua vez precisavam também sobreviver. O liberalismo teológico sempre teve que achar um hospedeiro que pudesse sugar até que o mesmo morresse, drenado. Hoje assistimos aos estertores mortais das últimas denominações históricas na Europa e nos Estados Unidos que um dia o abrigaram.

O liberalismo sobreviveu à custa do esforço missionário, do zelo expansionista e do sacrifício financeiro dos cristãos bíblicos, que fundaram igrejas, criaram organizações, ajuntaram fundos missionários, abriram escolas teológicas, todas elas ocupadas depois pelos liberais. Sei que isso não ocorreu do dia para a noite e que houve um processo durante o qual as doutrinas basilares do Cristianismo histórico vinham sendo corroídas lentamente nessas denominações. De qualquer forma, o liberalismo plenamente desenvolvido não abriu novas igrejas, não inaugurou novos campos missionários e nem abriu novas escolas. Não conheço nenhum curso de teologia hoje nos Estados Unidos e na Europa que seja liberal e que funcione numa universidade que tenha sido criada por liberais. Harvard, Chicago, Union, Princeton, Yale, Amsterdã, Oxford... todas foram criadas por conservadores das mais diferentes linhas.

O caráter parasitário do liberalismo teológico se deve ao fato de que os liberais não acreditam em evangelismo e missões. Acreditavam em fazer obra social, em ensinar as pessoas a cultivar as terras, a se organizar politicamente contra a opressão, a abrir poços, a organizar sociedades de tecelões, etc. Embora essas coisas sejam louváveis, não produzem novas igrejas, não aumentam o número de crentes comprometidos e nem trazem retorno financeiro. Como parasitas, os liberais sempre precisaram de hospedeiros para sobreviver enquanto levam avante a sua agenda de desconstrução de tudo aquilo que os hospedeiros um dia creram e praticaram. 
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