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7 de out. de 2014

Liderança segundo o modelo de Cristo

Por  Russell Shedd

Os melhores líderes cristãos são aqueles que mais bem refletem o caráter do Mestre. Não são apenas cristãos que elogiam a liderança de Jesus. O mundo secular, que não tem nenhum compromisso com sua pessoa, reconhece nele o máximo, quando se busca qualidade e impacto de líderes.

Considere o material humano que Jesus escolheu para formar seus sucessores: homens sem formação intelectual, sem experiência no mundo, sem escolaridade ou criatividade. A pescadores, Jesus adicionou um fiscal de impostos e Simão, um "sicari" (terrorista). Outros discípulos, sem profissão conhecida, formaram o grupo conhecido como "os Doze".

Fazer diferença nas pessoas, segundo Anthony de Souza, do Instituto Haggai de Liderança Avançada, distingue o líder de verdade; então, Jesus foi um líder par excelençe.

Em primeiro lugar, Jesus não se precipitou no seu ministério de formar os homens que seriam os futuros líderes da igreja que edificaria. Sua liderança começou com seu batismo, a descida do Espírito Santo sobre ele e a declaração do agrado de Deus Pai: Tu és o meu Filho amado; de ti me agrado (Mc 1.10,11). Uma das ênfases de João é que Jesus não agiu independentemente do Pai.

Enquanto a liderança secular procura sua formação nas mais conceituadas universidades para sugar dos professores a melhor maneira de criar e administrar uma empresa, o 'MBA' bíblico exalta o aprendizado pela íntima comunhão com Jesus (At 4.13). Daí se descobre as repetidas referências em João: Como me enviaste ao mundo, eu os enviei ao mundo (Jo 17.18; 20.21). Não foram eles que escolheram a Jesus, mas foi ele que os escolheu para irem e darem fruto que permaneça (Jo 15.16).

Em segundo lugar, Jesus trabalhou o caráter dos discípulos. Note o destaque que ele dá nas "Bem-aventuranças". A soberba exclui o pecador do Reino dos céus, enquanto os pobres em espírito, possuem o Reino (Mt 5.3). Jesus amorosamente convidou os cansados e sobrecarregados a vir para ele e aceitar o seu jugo. Assim, eles aprenderiam a ser humildes e mansos (Mt 11.28,29). O discípulo que se arrepende dos seus pecados, será consolado. Os mansos herdarão a terra. Jesus repreendeu Tiago e João por desejarem chamar fogo do céu para punir os samaritanos que recusaram receber Jesus em seu povoado (Lc 9.54).

Os discípulos de Jesus foram sempre intimados por Jesus a sentir fome e sede de justiça. A satisfação de Jesus se cumpriu na profecia de Isaías – Depois do sofrimento de sua alma, ele verá a luz e ficará satisfeito (Is 53.11a). O sofrimento de Cristo pelos pecados do mundo trouxe justiça: meu servo justo justificará a muitos, e levará a iniquidade deles (v.11b). Jesus repreendeu Pedro pela sua incompreensão da missão do Mestre, a qual exigiria as agonias da cruz para se cumprir (Mt 16.21,22).

Os discípulos tomaram passos iniciais no aprendizado sobre o exercício de misericórdia em muitas ocasiões: a mulher adúltera perdoada (Jo 8.11-11); a bênção das criancinhas (Mc 10.13-16); a compaixão de Jesus diante da fome da multidão (Mt 14.14); na resposta que ele deu para Pedro à pergunta, Quantas vezes é necessário perdoar quem pecou contra nós?!

Jesus elevou a definição de pureza de coração a um nível muito mais alto do que a Lei exigia quando explicou que desejar uma mulher que não seja a esposa comete adultério com ela no coração (Mt 5.28). Para os pacificadores Jesus prometeu que receberiam o rótulo filhos de Deus (Mt 5.9). Muitos outros trechos da Palavra de Deus mostram como a prática e o ensino de Jesus tiveram a finalidade de preparar seguidores com atitudes semelhantes às atitudes dele (cf. Fp 2.5). Os melhores líderes cristãos são aqueles que mais bem refletem o caráter do Mestre.
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Fonte: Cristianismo Hoje