Por Luciana Barbosa
“Por
isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos,
interiormente estamos sendo renovados dia após dia, pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão
produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles. Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no
que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno.” 2 Co. 4.16-18 NVI
Quando analisamos 2 Co 4.16-18 observamos o paralelismo que o
apóstolo Paulo faz entre o homem exterior e o interior, que poderia nos induzir
a um dualismo, onde a ideia seria entre o homem sob um aspecto perecível
(exterior) e o que direciona-se a Deus renovando suas forças (interior). Mostra
o que na verdade somos como homem terreno e espiritual. Esses são os paradoxos
que encontramos em 2 Co 4.16-18:
1. Corpo fraco, Espírito renovado
(v.16)
Nossa fraqueza física é notória, o tempo esculpe em nossa
face a passagem do tempo através de rugas que nos marcam. Cada fio de cabelo
branco, o vigor que vai acabando, a
beleza que se vai, quem podia levantar 60 kg de peso nos seus exercícios, hoje,
não consegue mais, pois, já mostra-se dores na coluna, em suma, é a morte nos
chamando para um duelo.
Nosso homem exterior ou nosso corpo se enfraquece
progressivamente; ao mesmo tempo que o homem exterior se corrompe o interior se
renova dia a dia. Vem sendo transformado de glória em glória na imagem de
Cristo. Paulo começa nos
fazendo uma advertência: Não desfalecemos! Desfalecer é o mesmo que desistir,
desanimar, acomodar e na nossa
vida enfrentamos lutas, problemas, provações, tentações e adversidades, que nos
levam a pensar em parar, por essas coisas que passamos, o nosso homem exterior
começa a se corromper.
2. Presente doloroso, futuro glorioso (v.17)
Temos um presente doloroso, onde aqui neste mundo pisamos
espinhos, cruzamos vales escuros e atravessamos desertos, aqui nossos olhos
ficam cheios de lágrimas e nosso corpo geme sob o açoite, enfrentamos ondas
encapeladas e precisamos atravessar fornalhas ardentes, sofremos, choramos e muitas vezes até sangramos.
Porém, em comparação com a glória por vir a ser revelada em nós, nossas
tribulações são leves e passageiras.
O presente é doloroso, mas o futuro é glorioso. Nosso destino
final não é um corpo num túmulo frio, mas um corpo de glória, a morte para nós
cristãos não termina nossa jornada, mas, começa na Jerusalém celeste. O nosso futuro de glória deve
encorajar-nos a enfrentar com alegria a nossa presente tribulação
Nossas dificuldades não devem diminuir nossa fé
nem nos desiludir, porém, deve nos trazer a memória nosso futuro glorioso (Rm 8.18).
O que seremos deve nos encher de esperança para
enfrentar as limitações de quem somos. As coisas visíveis são temporais, mas as
coisas invisíveis são eternas e são nessas que devemos nos apoiar e encher-nos
de gozo nesse mundo tenebroso.
3. Coisas visíveis temporais,
coisas invisíveis eternas (v.18)
O visível é tangível e enche nossos olhos, tenta seduzir
nosso coração, porém, é aquilo que não vai permanecer, tem prazo de validade e
não vai durar para sempre, como por exemplo: O carro do ano a principio é lindo, mas ficará velho,
a casa dos sonhos precisará ser reformada em algum momento, o dinheiro acaba, a
beleza física vai embora com o tempo, mas,
as coisas que não vemos são as que têm valor e vão permanecer para sempre.
Investir apenas
naquilo que é terreno e temporal é insensatez e tolice, pois é investir naquilo
que não irá permanece para sempre. Devemos investir
nas coisas invisíveis e espirituais.
Jesus diz que devemos ajuntar tesouros lá no céu, pois o céu
é nossa origem e nosso destino. Lá
está o nosso tesouro. Lá está a nossa herança. É lá que devemos investir o
melhor do nosso tempo e dos nossos recursos. Atentar apenas nas coisas que se vêem e que são temporais é viver sem
esperança no mundo, é viver como se a vida terminasse na morte, mas, como disse
anteriormente, nossa vida começa quando morremos, por isso, devemos procurar
ter uma vida de santidade e principalmente juntando tesouras que sejam eternos!
“Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de
Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas.” Mateus
6:33