Por Fernando Carvalho
Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória, por amor de vossa misericórdia e fidelidade. Salmos 115:1
O Salmo acima fala que somente a pessoa de Deus seja dada a glória e não ao homem. Em seguida explica-se isso ao dizer que Deus é misericordioso e fiel. Mesmo portando tamanha glória nosso Deus jamais se corrompe com esse poder infinito a ponto de negligenciar sua misericórdia e fidelidade. O homem não foi criado para portar tal ou parecida glória, por que essa não foi à finalidade da sua existência.
A confissão de fé de Westminster nos dá um parâmetro a respeito da grandiosidade da pessoa de DEUS:
Há um só Deus vivo e verdadeiro, o qual é infinito em seu ser e perfeições. Ele é um espírito puríssimo, invisível, sem corpo, membros ou paixões; é imutável, imenso, eterno, incompreensível, - onipotente, onisciente, santíssimo, completamente livre e absoluto, fazendo tudo para a sua própria glória e segundo o conselho da sua própria vontade, que é reta e imutável. É cheio de amor, é gracioso, misericordioso, longânimo, muito bondoso e verdadeiro remunerador dos que o buscam e, contudo, justíssimo e terrível em seus juízos, pois odeia todo o pecado; de modo algum terá por inocente o culpado.
A respeito do HOMEM o breve Catecismo nos diz:
Qual é o fim principal do homem?
O fim principal do homem é glorificar a Deus, e gozá-lo para sempre.
Referências: Rm 11.36; 1Co 10.31; Sl 73.25-26; Is 43.7; Rm 14.7-8; Ef 1.5-6; Is 60.21; 61.3.
Sendo assim, o homem está condicionado pelo criador a glorificar e não ser glorificado e quando o mesmo busca tal glória se corrompe. Mas, o que vemos hoje no mundo é o ser humano incansavelmente buscando glória para si, sendo direcionadores das suas escolhas, reféns da própria alma, estando entregues a si mesmos. Continuam dando seguimento ao reflexo da queda no Eden (Gn 3), envolvidos em soberba, imoralidade aprovando tudo o que desagrada ao Criador.
Minha preocupação é quando esse tipo de pensamento passa a pairar na mente de pessoas que estão dentro das nossas igrejas e adotam um comportamento que contradizem as escrituras, com o pretexto de estar fazendo tudo isso para agradar a Deus. São verdadeiros figurantes de uma lamentável crença, arrastando a outros que são seduzidos pelo status da glória corruptível levando a ruína espiritual.
Quando se acham donos do próprio destino não querem depender mais de ninguém, não adoram a mais ninguém a não ser os seus próprios delírios espirituais que passam a existir em suas mentes, abandonando a fé comum e ilustrando um caminho que leva a perdição. Inclusive se ganha dinheiro com o nome de Deus! Não falo só dos pastores que se tornam ricos com as ofertas dos fiéis, mas de pessoas que usam o nome de Deus em grifes, músicas, utensílios de vários tipos e seguimentos, para buscarem uma glória própria, difamando o caminho do Senhor.
A essas alturas tais indivíduos já se encontram numa ruina espiritual, totalmente cegos as realidades do Reino, negligenciando o verdadeiro chamado que é anunciar o evangelho para glória de Deus. Denominam o nome dessas ações como MINISTÉRIO e buscam agradar os homens e não a Deus.
Fuja desse comportamento todo aquele que diz amar a Jesus Cristo, pois Ele mesmo, Senhor dos céus e da terra, humilhou-se em obediência e para dar glória ao Deus Pai e para também ser o nosso resgate. Aqueles que não portam esse tipo de consciência não são de Cristo, mas ainda vivem as paixões da alma encapadas com um selo GOSPEL enganando a si mesmos e a outros que tem a mesma pré-disposição em buscar a própria exaltação.
Neste mundo os convertidos experimentaram mais perdas do que ganhos, mais fracassos do que exaltação, mais lagrima do que risos. Porem conhecerão a alegria e a paz de Deus habitando em seus corações trazendo infinitas consolações para uma grande recompensa! Sim uma grande recompensa no último dia, Cristo revelado em nós. Aleluia.