Bavinck foi, juntamente com Abraham Kuyper, um dos principais teólogos do reavivamento do neo-calvinismo iniciado há um século atrás na Igreja Reformada Holandesa e ainda representado na América do Norte pela Igreja Reformada Cristã. Treinado na Universidade de Leiden e no Seminário Teológico em Kampen, Bavinck serviu uma igreja em Franeker (1881–82) antes de se tornar professor de teologia sistemática, primeiro em Kampen (1882–1902) e então na Universidade Livre de Amsterdam (1902–20). Sua obra principal foi Gereformeerde Dogmatiek (Dogmáticas Reformada), em quatro volumes, primeiro publicados entre 1895 e 1901, e do qual somente o segundo volume foi traduzido para o inglês como The Doctrine of God (A Doutrina de Deus).
Em piedade e estilo de vida, Bavinck sempre permaneceu perto de suas origens separatistas, mas em sua obra acadêmica ele mostrou uma abertura e sensibilidade notável aos desenvolvimentos do século dezenove. Assim, ele escreveu muitos ensaios importantes sobre educação, ética (família, mulheres, guerra, etc.), e até mesmo sobre a nova disciplina da psicologia. Sua preocupação principal, contudo, era aplicar todos os recursos acadêmicos de sua própria era para uma renovação da tradição dogmática representada pela teologia escolástica reformada do século dezessete. Bavinck considerava a teologia como sendo o estudo sistemático do conhecimento de Deus, como Cristo revelou a respeito de Si mesmo e da criação em Sua Palavra, uma revelação feita para a igreja, como encapsulada em suas confissões credais e recebida em fé pelo teólogo individual.
A orientação filosófica de Bavinck, como revelada em sua prolegômena, era mais realista, em contraste com a inclinação de Kuyper para o idealismo alemão, e incluía uma apreciação genuína do reavivamento neo-tomista contemporâneo entre os católicos. Ele algumas vezes falava de certas “idéias” encontradas em Deus e evidentes também na criação, na imagem e semelhança de Deus no homem, e até mesmo na predestinação. Todavia, ele sempre insistiu sobre a primazia da Escritura. Quase no fim de sua vida ele encorajou jovens estudantes a enumerar, à partir de uma perspectiva conservadora, os problemas difíceis levantados pelos recentes estudos bíblicos.
Durante toda a sua vida ele também insistiu sobre a primazia do dom da graça de Deus na justificação do homem, rejeitando a fé em particular ou qualquer outro ato humano como precedendo ou invocando a graça de Deus. Bavinck influenciou profundamente muitos teólogos reformados alemães e americanos, embora a maioria das obras deles — por exemplo, a Teologia Sistemática de Louis Berkhof — mostram muito menos de sua ampla compreensão da história da teologia e de sua notável capacidade filosófica.
A orientação filosófica de Bavinck, como revelada em sua prolegômena, era mais realista, em contraste com a inclinação de Kuyper para o idealismo alemão, e incluía uma apreciação genuína do reavivamento neo-tomista contemporâneo entre os católicos. Ele algumas vezes falava de certas “idéias” encontradas em Deus e evidentes também na criação, na imagem e semelhança de Deus no homem, e até mesmo na predestinação. Todavia, ele sempre insistiu sobre a primazia da Escritura. Quase no fim de sua vida ele encorajou jovens estudantes a enumerar, à partir de uma perspectiva conservadora, os problemas difíceis levantados pelos recentes estudos bíblicos.
Durante toda a sua vida ele também insistiu sobre a primazia do dom da graça de Deus na justificação do homem, rejeitando a fé em particular ou qualquer outro ato humano como precedendo ou invocando a graça de Deus. Bavinck influenciou profundamente muitos teólogos reformados alemães e americanos, embora a maioria das obras deles — por exemplo, a Teologia Sistemática de Louis Berkhof — mostram muito menos de sua ampla compreensão da história da teologia e de sua notável capacidade filosófica.
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Bibliografia: Bavinck, The Doctrine of God, Our Reasonable Faith, The Philosophy of Revelation e The Certainty of Faith.
Fonte: Monergismo