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2 de set. de 2016

Como o Cristão Não Deve Lidar com o Estudo Teológico


Por Alison Aquino

A teologia é sem dúvida uma bênção do Senhor na vida do crente. É através do labor teológico que nós podemos conhecer melhor o Deus a quem servimos e adoramos. É por isso que soa muito estranho quando alguém afirma: “eu só quero Jesus, não doutrina.” Mas não é esse o ponto que pretendo tratar aqui. Que há cristãos que negligenciam o estudo teológico é fato, mas há também aqueles que gostam de teologia, porém não a fazem da maneira correta e pelos motivos corretos. É sobre estes que eu quero falar.

Se por um lado a igreja do Senhor sofre porque há muitos que deixam de lado o estudo doutrinário, há também, cada vez mais, cristãos que, apesar de se dedicarem a teologia, agem de uma maneira inadequada a respeito. Gostaria de citar alguns dos problemas a respeito destes últimos.

O primeiro problema é sobre aqueles que ao começarem a estudar um pouco de teologia, acham que podem opinar sobre todos os assuntos com propriedade. Eu vejo isso com muita frequência nas redes sociais, especialmente no Facebook. Alguém posta algo sobre pentecostalismo e o ex-pentecostal, que se tornou reformado depois de ler dois ou três artigos em sites e blogs, critica ferrenhamente o post sobre este movimento como se fosse conhecedor o suficiente dele (quando na verdade não é). Isso se aplica a outros tópicos teológicos também. Mas a questão é que essas pessoas têm sede por criticar ou opinar sobre qualquer coisa que diz respeito à teologia, quando elas mesmas não tem propriedade o bastante para falar. 

As consequências disso são inúmeras. Um exemplo disso é uma divisão radical no corpo de Cristo por questões secundárias, ao ponto de muitos se comportarem de forma semelhante aos coríntios: “Eu sou de Paulo”, e outro “Eu sou de Apolo” (1 Coríntios 3.4). Tal divisão acarreta ainda outras consequências como até mesmo xingamentos! 

Não é assim que as coisas devem funcionar. O cristão que tem começado a se dedicar a teologia deve sempre ter em mente que muitas coisas não são tão simples como ele pensa que é. E quando isso não ocorre, é uma clara evidência de imaturidade.

Outro problema associado a este é o motivo pelo qual eles estudam teologia. Há muitos cristãos que “teologam” simplesmente por amor a debates. Eles são ávidos por confrontar posições opostas às suas, a fim de derrubar os argumentos contrários e sair como vencedor. Eu não estou aqui dizendo que debates são de tudo ruins. Eu mesmo aprecio isso em alguns casos. Porém, o ponto é: eles não estão preocupados em se aquele debate vai render algum fruto de piedade ou amadurecimento ao seu irmão, ou até mesmo (por que não?) se o debate vai proporcionar troca de conhecimentos e uma interação saudável. Isso pode levar uma das partes a repensar aquilo que ele tem defendido e a amadurecer. 

Além disso, e talvez mais importante ainda, é o fato destes cristãos não usarem a doutrina para o benefício da igreja. Eu mesmo já fui muito tentado a isso e tenho errado bastante. A teologia virou algo que não tem mais nenhuma relação com a igreja local. Estuda-se apenas para benefício próprio, não para instruir seus irmãos. Isso é egoísmo!

É aqui que o trabalho do pastor como teólogo-orientador entra. Ele precisa aconselhar as suas jovens ovelhas que, embora amem a teologia, precisam saber se comportar de forma adequada em relação a ela. Elas precisam entender que teologia não é algo banal, mas algo sério, pois lida com as coisas do Senhor. Além disso, precisam estar cientes do motivo pelo qual elas querem aprender mais da palavra de Deus. Eu penso que isso terá impacto significativo tanto na igreja local quando na igreja do Senhor como um todo.

24 de set. de 2015

30 conselhos para Jovens Teólogos

Por John Frame

1. Considere que você pode realmente não ser chamado para o trabalho teológico. Tiago 3:1 nos diz que muitos de nós não devem tornar-se mestres e que os mestres serão julgados com maior rigor. A quem muito (conhecimento bíblico) é dado, muito exigido.

2. Valorize seu relacionamento com Cristo, sua família, e com a igreja acima de suas ambições de carreira. Você vai influenciar mais pessoas por sua vida do que por sua teologia. E deficiências em sua vida podem negar a influência de suas ideias, mesmo que essas ideias sejam verdadeiras.

15 de dez. de 2014

Evangelismo universitário e a igreja

Por Dave Russell
Embora o campus universitário ofereça uma excelente oportunidade para a evangelização, também pode ser desafiador ultrapassar o abismo entre a igreja local e o campus universitário.
Os câmpus universitários muitas vezes parecem “uma cidade dentro de uma cidade”. Eles têm sua própria cultura, seus próprios calendários, sua própria (e estreita) demografia. Enquanto muitas pessoas estão em casa escovando os dentes e se preparando para dormir, estudantes universitários podem estar pensando que esteja na hora de pedir uma pizza e começar a trabalhar em um artigo científico de dez páginas. Quando comecei o ministério no câmpus aos 22 anos, eu me parecia com os alunos do câmpus. Agora, aos 36 anos, eu chamo a atenção se estiver em um alojamento universitário. Por essa e tantas outras razões, há um abismo a transpor.
Apesar disso, nós queremos que as igrejas sejam capazes de influenciar o câmpus e que o câmpus esteja presente na igreja local. Mas como?
A resposta breve é que as igrejas devem buscar uma dinâmica de ministério que estabeleça um ciclo entre câmpus e igreja. À medida que a igreja impacta o câmpus universitário, o câmpus é envolvido na vida da igreja local e, então, aquela igreja prepara aqueles estudantes para caminhar com Deus e labutar pelo evangelho de volta no câmpus. Isso pode ser demonstrado no seguinte diagrama:
O CICLO
O primeiro passo decisivo ocorre da igreja para o câmpus. É preciso enviar obreiros ao câmpus para que preguem o evangelho. No mínimo, isso significa preparar estudantes universitários que sejam membros de sua igreja. Isso também pode incluir usar a equipe pastoral (pastores universitários, estagiários remunerados etc.), líderes leigos ou um ministério paraeclesiástico fiel (mas nunca em lugar da preparação dos estudantes da igreja). O objetivo é alcançar o câmpus com o evangelho por meio do envio de obreiros para um ministério focado nele. Em vez de simplesmente tentar atrair estudantes universitários com uma programação dentro da igreja, as igrejas devem focar em alcançar os câmpus por meio do envio de obreiros ao câmpus.
O segundo passo é integrar tudo o que acontece no câmpus à igreja local. À medida que as igrejas propagam o evangelho e os estudantes se voltam para Cristo, eles devem então ser envolvidos naquela igreja local, onde serão ensinados sobre a importância do batismo, da membresia da igreja e da comunhão. Eles devem ser discipulados como membros da igreja local.
Depois, então, o ciclo se repete: à medida em que os alunos estão conectados à vida da igreja, eles são preparados para voltar ao câmpus para servir e causar impacto. Todo o ministério que é realizado fora é, então, trazido de volta à igreja local.
EM QUE MUITAS VEZES SE TORNA O MINISTÉRIO NO CÂMPUS
Na minha experiência, ministérios universitários têm dificuldade em desenvolver uma dinâmica de ciclo entre a igreja e o câmpus. Os dois se separam e o ministério universitário passa a funcionar como uma subcultura isolada. Deixe-me dar dois exemplos:
Desligado da igreja: errando o alvo
Com muita frequência, ministérios universitários teologicamente confiáveis – sejam eles paraeclesiásticos, denominacionais ou mesmo mantidos por igrejas — propagam o evangelho e fazem coisas boas, mas não estão integrados à vida da igreja local. Eles têm um ministério frutífero no câmpus, uma diversidade de pequenos grupos e oportunidades de treinamento, mas os próprios estudantes não se conectam de uma forma significativa às igrejas locais. Talvez eles não estejam envolvidos na igreja de modo nenhum igreja; talvez estejam sempre mudando de igreja, ou talvez apenas considerem a igreja um lugar para ir aos domingos de manhã.
Estes tipos de ministérios no câmpus acabam estabelecendo uma dinâmica que opera isolada da igreja. Eles têm boas intenções, mas deixam de lado um aspecto crucial de seguir a Jesus: viver dentro da estrutura e da responsabilidade da igreja local e de seus líderes. Eles fazem coisas boas, mas não estão preparando aqueles estudantes para uma vida inteira de seguir a Jesus. Em vez de associarem-se às igrejas locais, esse ministérios terminam como substitutos acidentais da igreja local na vida dos estudantes cristãos.
Desligados do câmpus: perdendo oportunidades
O outro lado da moeda é que há igrejas que têm estudantes frequentando, talvez até como membros. Esses estudantes podem participar em atividades ministeriais e programas da igreja. O problema é que eles não estão de fato integrados ao câmpus; eles não estão buscando focar o ministério ali.
Para esclarecer, eu não acredito que todos os universitários devam direcionar seu ministério pessoal ao câmpus. Contudo, se a maioria dos estudantes universitários de sua igreja não busca um ministério pessoal no câmpus, eu penso que tanto eles quanto vocês estão perdendo uma excelente oportunidade. Os estudantes universitários que são membros de sua igreja estão na melhor posição para propagar o evangelho no câmpus. Esse tipo de ministério pode fazer um bom trabalho ao envolver os estudantes do câmpus na vida da igreja local, mas erra o alvo à medida que não procura discipulá-los ou equipá-los para, intencionalmente, impactarem o seu câmpus.
COMECE COM ALGUMAS PESSOAS, NÃO ALGUMAS ATIVIDADES
Muitos ministérios universitários têm dificuldades de desenvolver esta dinâmica cíclica. Em vez de perguntar: “Como atrairemos estudantes universitários à nossa igreja?”, nós deveríamos perguntar: “Como a nossa igreja está impactando o câmpus com o evangelho?”.
Com muita frequência, os ministérios universitários reúnem uma multidão de estudantes para grandes reuniões e atividades. Mas o de que o câmpus precisa mesmo não são mais atividades, e sim pessoas que propaguem o evangelho aos estudantes incrédulos, que alcancem os estudantes cristãos ao seu redor e os ajudem a se envolverem na igreja e a serem discipulados.
A questão agora se torna… “Como?”
Comece com algumas pessoas. Quer sejam alguns estudantes, alguns líderes leigos ou alguns membros da equipe pastoral ou estagiários, comece a pensar em como sua igreja pode evangelizar e discipular no câmpus. Se não for possível ainda ter um grupo de pessoas comprometido com esse alvo, aqui estão algumas coisas que você pode fazer nesse ínterim:
  • Ore regularmente, nas reuniões semanais de sua igreja, para que o evangelho avance nos câmpus locais.
  • Considere contratar estagiários (estudantes recém-formados seriam o ideal) para se dedicarem ao evangelismo no câmpus. Esses estagiários poderiam ser integral ou parcialmente sustentados.
  • Ensine os estudantes universitários acerca da importância da membresia da igreja e encoraje-os a se tornarem membros de uma igreja nos primeiros anos de faculdade. Ajude-os a ver que quatro anos é tempo o bastante para se comprometer com uma igreja local e que isso não deve ser visto como uma fase transitória.
  • Em vez de oferecer aulas de acordo com a faixa etária (Escola Dominical tradicional), integre os estudantes universitários às classes de adultos.
  • Concentre-se mais em treinar e discipular os estudantes do que em programações atrativas e legais. Treine os estudantes para usarem ferramentas evangelísticas como “Duas maneiras de viver”, “Christianity Explored” e “One to one Bible reading” [“Cristianismo explorado” e “Leitura Bíblica Um a Um”, ambos sem tradução em português].
  • Ajude a posicionar os estudantes para impactarem o câmpus. Em vez de viverem num apartamento fora do câmpus, encoraje-os a morarem num alojamento de calouros ou num local onde eles possam desenvolver muitos relacionamentos.
  • Encoraje os membros de sua igreja a convidarem estudantes a suas casas e os estudantes a convidarem membros de sua igreja ao campus.

19 de nov. de 2014

O Cristão e a Universidade

Por Thomas Magnum

Em minha adolescência não me lembro de termos nenhum dos jovens de nossa igreja local na universidade, tínhamos um contingente de jovens cristãos muito inferior ao que temos hoje no ensino superior. Hoje temos uma grande quantidade de jovens que tem se preparado academicamente e a presença de cristãos protestantes dentro da academia tem aumentado consideravelmente. A ABUB (Aliança Bíblica Universitária do Brasil) tem trabalhado na evangelização de jovens dentro dos centros universitários desde a década de setenta.

O interesse dos protestantes pela academia não é novo, um exemplo bem conhecido dos reformados é a academia de Genebra criada por Calvino e tantos outros centros acadêmicos criados por cristãos como Oxford, Yale e Princeton. No Brasil temos a universidade Presbiteriana Makenzie que tem sido uma escola de destaque em solo brasileiro, na verdade desde a chegada dos protestantes no Brasil há interesse pela educação seja ela básica ou superior.

Nesse processo de volta dos protestantes a academia, algo que sempre foi difícil no Brasil por conta da condição financeira e na defasagem da educação da maioria dos evangélicos, podemos destacar pontos positivos e negativos.

De forma positiva enxergo que o fato de a condição econômica ter melhorado nos últimos anos por conta inicialmente da estabilização da moeda e de programas educacionais que foram implantados tivemos a oportunidade de educar jovens cristãos no ensino superior. No entanto, temos o outro lado da questão. É inegável que muitos jovens cristãos quando chegam na universidade perdem a fé, ficam desmotivados por conta dos confrontos das ideias cientificas  que querem destruir a religião. Com isso temos alguns efeitos interessantes, primeiro temos aqueles que vivem uma dicotomia, a figura do professor universitário é uma autoridade em sala de aula e ali a ciência está em primeiro plano, ali não é lugar para a fé (essa é uma observação que ouvi muito de professores na graduação),mas, lugar de investigação cientifica, portanto o método cientifico supera as questões religiosas. Com isso muitos jovens tem uma cosmovisão bifurcada, na academia e na igreja. Muitos jovens não sabem explicar porque creem na Bíblia, não sabem explicar sobre a pessoa de Cristo ou sobre pecado e salvação. Dentro desse primeiro ponto temos algumas questões a tratar, na maioria das vezes as igrejas não dado suporte a esses adolescentes e jovens que tem ido à universidade, por isso é necessário que a igreja se preocupe com isso, não impedindo que o jovem cristão vá a universidade, mas o preparando para estar lá.

Questões como teoria da evolução, criacionismo, a existência de Deus, a questão do mal, a inerência da Bíblia e muitas outras questões que se levanta na universidade devem ser trabalhadas em classes de jovens nas igrejas. E eles devem ser instruídos desde a adolescência. Ao que vemos hoje, posso dizer pela experiência que há um interesse maior dos jovens por questões relacionadas a apologética cristã por conta do confronto que sofrem não só nas universidades e faculdades, mas também em escolas de ensino fundamental e médio. O fato de ainda não termos atentado no Brasil para uma educação cristã dificulta muito a formação de nossas crianças. De certa forma a uma negligencia ao mandato cultural e social, na maioria das vezes defendemos que só a evangelização é a missão da igreja e não a transformação da cultura. Quando fazemos nosso papel na sociedade existe uma alteração cultural, existe uma evangelização integral. E ao tratarmos dessa integralidade não me refiro somente a uma questão de justiça social no que se refere a um recorte e cuidado com os pobres, mas na educação do nosso povo e daqueles que não são cristãos também.

Depois, temos aqueles que abandonam a fé por não terem “provas” consubstanciais da fé, de fato não defendo uma apologética evidencialista, a questão trabalhada de forma pressuposicionalista é com certeza mais bíblica e confiável numa apologética que deseja responder a incredulidade do coração¹, mas devemos ensinar os jovens cristãos a terem uma cosmovisão bíblica e cristocêntrica. É necessário que se prepare os jovens a entrada na universidade, seja através de palestras na igreja, ensino confessional, trabalhando pontos específicos relacionados ao contexto que eles irão integrar.

Um livro recomendado a todos os jovens cristãos que tem seguido no campus universitário é sem duvida “De todo o teu entendimento” do teólogo luterano Gene Edward Veith. Esse livro irá mostrar de forma clara e de fácil compreensão como um cristão deve se portar no ambiente acadêmico tomando como base Daniel e seus amigos na corte de Nabucodonosor. Aqueles jovens estavam em Babilônia, exilados, e foram escolhidos para estudarem, note que eles já eram jovens de grande evidencia por seu intelecto e dedicação (Cap. 1 de Daniel).

Veith nos diz algo precioso:

Em muitos aspectos, a experiência de Daniel é notavelmente parecida com a dos cristãos de hoje. Os estudantes cristãos numa universidade secular, ou os cristãos que confrontam a cultura contemporânea e o mundo intelectual atual se sentirão frequentemente como exilados numa terra estranha e hostil, assim como Daniel se sentiu. No entanto, o primeiro capitulo de Daniel sugere que é possível que alguém que crê no Deus verdadeiro se beneficie da instrução vigente. Ele mostra as provações, tentações e pressões com as quais ele pode deparar, mas também sugere como lidar com elas. Daniel conseguiu aprender a ciência Babilônica sem fazer a mínima concessão quanto a qualquer ponto doutrinal ou moral. Na verdade, Daniel, Sadraque, Mesaque, e Abede-Nego conseguiram prosperar na Universidade da Babiônia, mas a fé que eles tinham permitiu-lhes verdadeiramente superar seus contrapartes pagãos em seus próprios termos.

  É bom notarmos também que eles não comeram dos manjares do rei, porque eram oferecidos aos ídolos, exemplo precioso ais jovens crentes, lembre-se que você está em uma Babilônia e que muitas coisas oferecidas ali, até certos conteúdos curriculares não ídolos.

Um terceiro fator que não podemos deixar de abordar é o deslumbre de muitos cristãos ao chegarem ao ambiente acadêmico. Muitos acabam tornando tudo aquilo a fonte de conhecimento absoluto e desprezam a Palavra de Deus, se não formalmente, mas ideologicamente.  Qual o fim disso? O fim se dará que no final da vida se notará que o conhecimento sem Deus é fútil como Salomão dizia:

Falei eu com o meu coração, dizendo: Eis que eu me engrandeci, e sobrepujei em sabedoria a todos os que houve antes de mim em Jerusalém; e o meu coração contemplou abundantemente a sabedoria e o conhecimento. E apliquei o meu coração a conhecer a sabedoria e a conhecer os desvarios e as loucuras, e vim a saber que também isto era aflição de espírito. Porque na muita sabedoria há muito enfado; e o que aumenta em conhecimento, aumenta em dor. Eclesiastes 1:16-18

Eu apliquei o meu coração para saber, e inquirir, e buscar a sabedoria e a razão das coisas, e para conhecer que a impiedade é insensatez e que a estultícia é loucura. Eclesiastes 7:25

De fato devemos encorajar os nossos jovens a estrarem em ambiente acadêmico, na reforma protestante uma das questões trabalhadas na teologia dos reformadores foi a questão vocacional, isso deve ser enfatizado aqui, Deus chama homens e mulheres para serem médicos, engenheiros, advogados, políticos, economistas, artistas, cientistas. Quando esse chamado tem consciência de sua vocação e de que forma ou por que lente deve ser tratada determinada ciência chegaremos a um conceito chave falado de forma mais profundo no neocalvinismo holandês, a cosmovisão cristã.

Para concluirmos, não poderíamos deixar de citar esse trecho das Escrituras que encorajador a jovens estudantes cristãos:

Quanto a estes quatro jovens, Deus lhes deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras, e sabedoria; mas a Daniel deu entendimento em toda a visão e sonhos. E ao fim dos dias, em que o rei tinha falado que os trouxessem, o chefe dos eunucos os trouxe diante de Nabucodonosor. E o rei falou com eles; entre todos eles não foram achados outros tais como Daniel, Hananias, Misael e Azarias; portanto ficaram assistindo diante do rei. E em toda a matéria de sabedoria e de discernimento, sobre o que o rei lhes perguntou, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos astrólogos que havia em todo o seu reino. Daniel 1:17-21
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Nota

1 - Apologética Para a Glória de Deus, John Frame.


Leitura Recomendada a Cristãos Universitários:

A Morte da Razão – Francis Schaeffer, Ed. Ultimato.
O Deus que se revela - Francis Schaeffer, Ed. Cultura Cristã.
O Deus que intervém - Francis Schaeffer, Ed. Cultura Cristã.
Discípulo Radical – John Stott, Ed. Ultimato.
De Todo o teu entendimento – Gene Edward Veith Jr. Ed, Cultura Cristã.
Tempos Pós- Modernos - Gene Edward Veith Jr. Ed, Cultura Cristã.
No Crepúsculo do Pensamento – Herman Doeeyweerd, Ed. Hagnos.
Os cristãos e os Desafios contemporâneos – John Stott, Ed. Ultimato.
Pense Biblicamente – John MacArthur, Ed. Hagnos.