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28 de mar. de 2016

Olhai e Sede Salvos da Morte

Por Thiago Oliveira

Texto Base: Números 21:4-9

4. Partiram eles do monte Hor pelo caminho do mar Vermelho, para contornarem a terra de Edom. Mas o povo ficou impaciente no caminho 5. e falou contra Deus e contra Moisés, dizendo: "Por que vocês nos tiraram do Egito para morrermos no deserto? Não há pão! Não há água! E nós detestamos esta comida miserável! " 6. Então o Senhor enviou serpentes venenosas que morderam o povo, e muitos morreram. 7. O povo foi a Moisés e disse: "Pecamos quando falamos contra o Senhor e contra você. Ore pedindo ao Senhor que tire as serpentes do meio de nós". E Moisés orou pelo povo. 8. O Senhor disse a Moisés: "Faça uma serpente e coloque-a no alto de um poste; quem for mordido e olhar para ela viverá". 9. Moisés fez então uma serpente de bronze e a colocou num poste. Quando alguém era mordido por uma serpente e olhava para a serpente de bronze, permanecia vivo.

INTRODUÇÃO

Os israelitas, ainda peregrinos no deserto sob a tutela de Moisés, tinham acabado de sair vitoriosos em campanha contra os cananeus. O Senhor havia entregado os seus inimigos em suas mãos. As cidades cananeias ficaram devastadas e após esta vitória, o que acontece? Os israelitas murmuram contra Deus e reclamam com Moisés ao seguirem em peregrinação. Isto custou à vida de muitos, pois, o Soberano puniu os murmuradores enviando serpentes venenosas que matavam aqueles a quem picavam. Todavia, após a súplica do povo para que o Senhor tivesse misericórdia deles, Deus ordenou que Moisés fizesse uma serpente de bronze e a pendurasse no posto. Esta serpente ficava erguida no centro do acampamento hebraico, e quem para ela olhasse após ser mordido, não morreria.

Esta história tem muito a nos dizer sobre aquele que - muitos anos depois - seria crucificado entre malfeitores. O próprio Jesus ao falar com Nicodemos cita esta passagem do Antigo Testamento para explicar a sua missão na terra. Ele diz:

Da mesma forma como Moisés levantou a serpente no deserto, assim também é necessário que o Filho do homem seja levantado, para que todo o que nele crer tenha a vida eterna”.

João 3:14,15

Fiquemos atentos às preciosas lições que emergem da Santa Escritura, tratando especialmente deste episódio que aconteceu no deserto com o povo de Deus.

A PEÇONHA DO PECADO

Certa feita, um pastor puritano disse que o pecado é o ventre de nossas dores (Thomas Watson). Ele está correto. Tudo que existe de ruim nesse mundo, e que para nós é externalizado, tem origem no íntimo dos seres humanos. O pecado que reside no coração do homem é o criadouro das mazelas que nos afligem. O pecado é um veneno e como tal não resulta em outra coisa senão morte. Neste texto de Números 21.4-9, vemos que o motivo dos hebreus serem afligidos pelas serpentes foi a sua murmuração, a sua descrença em Deus (vv. 4 à 6). Mesmo após o Senhor ter libertado aquele povo da escravidão no Egito, mesmo após ter sustentado o povo com provisões milagrosas de comida e bebida numa região desértica e mesmo dando-lhes vitória diante de inimigos mais numerosos e mais preparados, eles se queixam e cometem o absurdo de dizer que detestam a comida que veio diretamente do céu para satisfazer suas necessidades (o Maná).

Os hebreus deveriam dar graças a Deus constantemente. A Forma como o Senhor os conduzia era sobrenatural e ao mesmo tempo demonstrava cumplicidade. Deus era deles, comprometido em aliança a dar-lhes uma terra. Comprometido em fazê-los prosperar. Mas ao invés de ação de graças veio um ingrato murmúrio. Aquele povo rejeitava as benesses do Divino. Sua queixa demonstrava não apenas ingratidão. Demonstrava também incredulidade. Mesmo depois de tudo o que viram, ainda se deixaram levar pelo temor de morrer a míngua no deserto, pelo meio do caminho. Esqueceram de que Deus havia dito que os conduziria até um pedaço de chão que seria dado a eles como sua herdade. O Altíssimo os presentearia com a terra que “mana leite e mel”. Só que os hebreus duvidaram, queixaram-se e pagaram o preço pela sua conduta inaceitável.

As serpentes que atacaram o arraial dos israelitas, matando muitos deles, eram a personificação dos seus pecados e do efeito que este causa. A peçonha do pecado os feriu mortalmente. O que nasceu em seu íntimo tomou forma e eles viram o quão asqueroso era aquilo. Por isso meus irmãos, devemos ter cuidado com aquilo que cultivamos no solo de nossos corações, pois, se plantarmos murmúrio e incredulidade, colheremos mortandade. Precisamos ter a fé em Deus firme, e em tudo dar graças (1Ts 5.18). Tal como o maná foi rechaçado, Cristo, o pão do céu (Jo 6.51), também o foi e ainda é por muitos que escutam a boa nova e nela não se alegram nem depositam a sua fé. Que o Senhor nos livre de blasfemá-lo com nossa ingratidão e descrença. Precisamos ter a nossa fé fortalecida. Precisamos lembrar que o Senhor é fiel as suas promessas, sabendo que chegaremos a Canaã celestial. Mesmo que o percurso seja difícil e amargoso, não devemos esquecer que o destino final é doce, doce como o mais puro mel e refrescante como uma loção aromática. Tenhamos fé, Deus é aquele que nos guia e nos guarda.

SALVAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO

Quando o povo reconheceu que as serpentes que o atacava eram resultantes de sua conduta pecaminosa, foram até Moisés e pediram para que o líder que Deus lhes dera, também rejeitado em seu murmúrio, intercedesse em favor deles. Moisés orou e recebeu a ordem de fazer a serpente de bronze e pendurá-la num poste (vv. 7 e 8). O curioso é que para serem salvos, as pessoas picadas deveriam olhar para a imagem que remetia justamente ao animal que lhes causou dolo. Por que disto?

Deus ao revelar-se ao seu povo, sempre apontou para o Salvador que haveria de vir e com isso deu algumas “pistas” de como seria e o que faria esse a quem Ele iria enviar. No linguajar teológico chamamos estas “pistas” de tipologia. Aquela serpente que foi levantada entre os hebreus tipificava Cristo, alçado fora dos muros de Jerusalém. Como vimos na introdução, o próprio Jesus fez uso da serpente de bronze ao falar sobre si mesmo. Vejamos as semelhanças que fazem com que o tipo do Antigo Testamento apontasse para o Cristo:

1. Ambos foram pendurados num madeiro e ficaram expostos, à vista de toda a população.

2. Aquele que fosse envenenado tinha que olhar para a serpente de bronze para ser curado. Semelhantemente, o veneno do pecado é curado quando o pecador olha com fé para o Cristo da cruz.

3. Se para obter a cura, a pessoa veria a imagem do animal que lhe causou dano, de igual modo, para ser liberto do pecado, Cristo assumiu a forma do mais vil pecador, mesmo sendo santo. O pecador que olha Jesus moído na cruz vê que n’Ele foram depositados os seus próprios pecados.

Logo, concluímos que no elemento da salvação há também identificação. Jesus tinha uma imagem de homem comum, e quando sucumbiu na cruz, entre dois ladrões adquiriu a imagem de um bandido. O profeta Isaías vai dizer que o seu semblante era o de um homem no qual escondemos o rosto em desprezo (Is 53.3). Aquele que não tinha pecado assumiu a forma de pecador (2Co 5.21) para garantir cura a todo o que n’Ele crê.  

BASTA OLHAR

Deus ao providenciar a cura após a confissão de pecados do povo, bem poderia ter feito com que eles “cortassem um dobrado” para que não morressem. A ideia de penitência é muito comum em diversas religiões e escritos mitológicos antigos. O maior dos heróis gregos, Hércules, segundo a lenda, teve que realizar 12 trabalhos para recuperar sua honra após ter assassinado esposa e filhos num arroubo de loucura. Mas Deus não cobra nenhuma espécie de penitência. Não há nenhum tipo de trabalho ordenado com o intuito de purgar os pecados. A forma de encontrar cura seria apenas olhar para a serpente de bronze (v.9). Olhar? Algo que não denota esforço. Uma tarefa simples que não leva em conta força ou capacidade intelectual.

Assim mesmo é com a nossa salvação. Em Isaías 45.22 lemos o seguinte:

Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro”.

Um dos maiores pregadores que esse mundo já viu, Charles Spurgeon, se converteu após um homem comum pregar com base neste versículo, pois por alguma razão – possivelmente uma nevasca – o pastor não compareceu,  e conclamá-lo a olhar para Cristo. O próprio Spurgeon em sua autobiografia conta como se deu:

Então, erguendo as mãos, bradou como só um metodista primitivo pode fazer: ‘Jovem, olhe para Jesus Cristo! Olhe! Olhe! Olhe! Você não tem nada a fazer senão olhar e viver!’. Eu vi de uma vez o caminho da salvação. Não recordo de mais nada que aquele homem simples disse, pois fiquei tomado com aquele pensamento. Como quando a serpente de bronze foi levantada, e o povo somente olhava e ficava curado, assim foi comigo. Eu estava esperando fazer cinquenta coisas, mas quando eu ouvi aquela palavra ‘Olhe!’, que palavra fascinante ela pareceu a mim. Oh! Eu olhei até quase não poder tirar os olhos! Então a nuvem se foi, as trevas foram retiradas, e naquele momento eu vi o Sol”.

APLICAÇÕES

1. Reconheça que seus pecados não te levarão a nenhum outro lugar que não seja o vale da sombra da morte e clame ao Senhor por misericórdia, pois, um coração quebrantado e contrito o Senhor não despreza (Sl 51.17). Vá até ele com lágrimas de arrependimento e Ele transformará teu pranto em riso ao salvar você da condenação e da morte.

2. Compreenda que no sacrifício na cruz havia um inocente que foi maltratado no lugar dos homens pecadores. Ao contemplar a imagem do crucificado, saiba que sobre os seus ombros residiam os teus pecados e não os d’Ele. Ele sempre foi e sempre será o Santo dos santos. Jesus recebeu o castigo que nos traz a paz e pelas suas chagas somos sarados (Is 53.5). Creia nisso e confesse que o Filho de Deus é teu redentor e teu senhor.

3. Olhe com os olhos da fé para Jesus, deixe tudo para trás e siga-o. Quer a cura? É simples, olhe para cruz e creia em Cristo. Você não precisa fazer nenhum ato de penitência. Não há trabalho para te fazer livrar do pecado. Olhe para Jesus e veja o fardo ser desatado de suas costas e rolar morro abaixo. Aos pés da cruz você encontrará vida e paz. Aos pés de Cristo você terá perdão e purificação. Olhe! Olhe! Olhe para cruz e siga a Jesus Cristo!

25 de mar. de 2016

O Corpo Partido de Cristo

Por Thomas Watson

Isto é o meu corpo (Mt 26.26)

O corpo partido de Cristo, que nos é exibido no sacramento, nos inspira a refletir:

O corpo de Cristo foi partido?

Então podemos visualizar o odioso pecado no espelho vermelho dos sofrimentos de Cristo. Na verdade, o pecado deve ser abominado por haver expulsado Adão do Paraíso e lançado anjos no inferno. O pecado é o interruptor da paz; é como um incendiário na família, o qual põe esposo e esposa em desavença; faz Deus ficar contra nós. O pecado é o ventre de nossas dores e o túmulo de nossos confortos.

Mas aquilo que pode mais que tudo desfigurar o rosto do pecado e fazê-lo parecer horripilante, é que ele crucificou nosso Senhor; ele se tornou um véu para a glória de Cristo e fez jorrar seu sangue.

Se uma mulher viu a espada que matou seu marido, quão odiosa ela será à vista dela! Acaso consideraríamos aquele pecado que fez a alma de Cristo “profundamente triste até a morte” (Mc 14.34)? Acaso nos seria motivo de júbilo aquilo que fez o Senhor Jesus Cristo “um homem de dores” (Is 53.53)? Acaso ele não clamou: “Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?” (Mt 27.46)? Acaso esqueceríamos aquele pecado que fez Cristo esquecer-se de si mesmo? Oh, que olhemos para o pecado com profunda indignação!

Quando uma tentação vem trazer pecado, digamos como Davi: “Guarda-me, Senhor, de fazer tal coisa; beberia eu o sangue dos homens que foram com risco de sua vida?” (2Sm 23.17). então, digamos, acaso não é este pecado que derramou o sangue de Cristo? Que nossos corações se encham de fúria contra o pecado. Quando os senadores de Roma exibiram ao povo o manto ensanguentado de César, o povo se enfureceu contra aqueles que o mataram. O pecado dilacerou o alvo manto do corpo de Cristo e o tingiu da cor carmesim; busquemos ser vingados de nossos pecados. Sob a lei, se um boi chifrasse um homem, de modo que morresse, esse boi tinha de ser morto (Êx 21.28). O pecado transpassou e escorneou nosso Salvador: que ele seja morto. Que lamentável seria se ainda tivesse direito a viver aquilo que não permitiu que Cristo vivesse.

Façamos este uso de seu sofrimento na cruz, para aprendermos a não nos maravilharmos muito se nos depararmos com tribulações no mundo. Cristo sofreu quando “não conheceu nenhum pecado”? Acaso achamos estranho o sofrer de quem nada sabe senão pecar? Cristo sentiu a ira de Deus? Acaso é exagero sentirmos a ira dos homens? A cabeça seria coroada de espinhos e os membros jazeriam entre rosas? Desfrutaríamos de nossos braceletes e diamantes enquanto Cristo sentiu a lança e os pregos perfurando seu coração? De fato os que são culpados devem esperar os açoites, mas aquele que era inocente não pôde sair livre.

Um emprego adicional da doutrina do sacramento é o exercício da exortação. Ocupar-nos-emos das seções desta matéria em boa parte do que vem a seguir.

O precioso corpo de Cristo foi partido por nós? Deixemo-nos afetar com a imensa bondade de Cristo.

Quem pode esmagar estes carvões em brasa, sem que seu coração arda? Quem não bradaria com Inácio: “Cristo, meu amor, foi crucificado!”? Se um amigo morresse por nós, nosso coração não seria profundamente afetado por sua bondade? Que o Deus do céu morresse por nós, como esta estupenda mercê não nos influenciaria com a máxima ternura?

O corpo de Cristo partido é suficiente para quebrantar o coração mais empedernido. Na paixão de nosso Senhor, as próprias pedras foram fendidas: “fenderam-se as pedras (Mt 27.51). Aquele que não sentir-se afetado por isto tem um coração mais duro que as pedras. Se Saul não deixou de perceber a mercê de Davi em poupar sua vida (1Sm 24.16), como poderíamos não nos deixar afetar pela benignidade de Cristo, que poupou nossa vida com a perda da sua? Oremos para que, assim como Cristo foi “cruci-fixus”, também sejamos “cordi-fixus” – como ele foi “cravado” na cruz, igualmente seja ele “cravado” em nosso coração.

Jesus Cristo nos é espiritualmente exibido no sacramento? Então demos-lhe o máximo valor e estima.

Valorizemos o corpo de Cristo. Cada partícula deste pão da vida é precioso: “Minha carne é verdadeira comida” (Jo 6.55). É “o excelente Pão que transcende a substância”, no dizer de Cipriano.

O maná foi um vívido tipo e emblema do corpo de Cristo. O maná era doce: “era como semente de coentro branco, e seu sabor como bolos de mel” (Êx 16.31). Era um alimento delicioso; por isso foi chamado “comida dos anjos” (Sl 78.25), por sua excelência.Assim Cristo, o maná Sacramental, é doce às almas dos crentes: “seu fruto é doce ao meu paladar” (Ct 2.3). Tudo em Cristo é doce – seu Nome é doce, suas virtudes são doces. Este “Maná” adoça “as águas de Mara”.

Não só isso, a carne de Cristo excede o maná:

i. O maná era uma comida, porém somente física. Se os israelitas ficassem doentes, o maná não poderia curá-los; mas este bendito maná do corpo de Cristo é não só alimento, mas também medicina. “O corpo de Cristo é medicina para os doentes” (Bernardo).

Cristo traz “cura em suas asas” (Ml 4.2). Ele cura o olho cego e o coração empedernido. Leve esta medicina para bem perto de seu coração e você será curado de todos os destemperos espirituais.

ii. O maná era corruptível. Ele cessou quando Israel entrou em Canaã; mas este bendito maná do corpo de Cristo jamais cessará. Os santos se alimentarão com infinito deleite e satisfação da alma, em Cristo, para toda a eternidade. Os júbilos celestiais cessariam se este maná cessasse.

O maná foi posto na arca em um vaso de ouro, para que fosse preservado ali. Assim o bendito maná do corpo de Cristo, sendo posto no vaso de ouro da natureza divina, é depositado na arca celestial para os santos festejaram para sempre. Então, podemos dizer que o bendito corpo de Cristo “é verdadeira comida”.

“Na plenitude do corpo de Cristo, que desce da cruz, encontramos a pérola da salvação”.

***

Extraído da obra "A Ceia do Senhor", Editora Os Puritanos. 

5 de abr. de 2015

Jesus Cristo Vive

Por Thiago Oliveira


“Também vos notifico, irmãos, o evangelho que já vos tenho anunciado; o qual também recebestes, e no qual também permaneceis. Pelo qual também sois salvos se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado; se não é que crestes em vão. Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, E que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E que foi visto por Cefas, e depois pelos doze. Depois foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também.

Depois foi visto por Tiago, depois por todos os apóstolos. E por derradeiro de todos me apareceu também a mim, como a um abortivo. Porque eu sou o menor dos apóstolos, que não sou digno de ser chamado apóstolo, pois que persegui a igreja de Deus. Mas pela graça de Deus sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã, antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus, que está comigo.

Então, ou seja eu ou sejam eles, assim pregamos e assim haveis crido. Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como dizem alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. E assim somos também considerados como falsas testemunhas de Deus, pois testificamos de Deus, que ressuscitou a Cristo, ao qual, porém, não ressuscitou, se, na verdade, os mortos não ressuscitam. Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E também os que dormiram em Cristo estão perdidos.

Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens. Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem. Porque assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo”.

1 Coríntios 15:1-22

INTRODUÇÃO

4 de abr. de 2015

Cristo é a nossa Páscoa

Por Thomas Magnum

Todos os anos quando entro em um supermercado ou quando vejo algumas propagandas na TV sobre a páscoa, penso como a sociedade moderna é consumidora de ideais e crenças puramente mercantilistas e elitistas. Ovos de páscoa, chocolates, coelhos, são os principais ícones da “nova páscoa”. O verdadeiro sentido da páscoa tem sido a cada ano enterrado e desprezado pelo homem moderno
.
Por conta de tamanha segmentação de mercado, que abrange todos os públicos possíveis, iremos ainda que brevemente examinarmos alguns textos bíblicos sobre o sentido da páscoa cristã, o que é a páscoa? O que a Bíblia nos ensina sobre ela? Qual o significado da páscoa para a igreja de Cristo?

A Páscoa no Antigo Testamento

3 de abr. de 2015

A Sexta-Feira da Paixão

Por Morgana Mendonça dos Santos

"E disse-lhes: Tenho desejado ardentemente comer convosco esta páscoa, antes da minha paixão; pois vos digo que não a comerei mais até que ela se cumpra no reino de Deus."

Lucas 22.15-16 

É inevitável durante essa semana não publicarem artigos sobre a Páscoa, os sites e páginas de facebook estarão em grande quantidade produzindo ou reproduzindo textos sobre o importante tema. Não tenho nenhuma pretensão de repetir ou ser redundante sobre o assunto, no entanto gostaria de meditar um pouco sobre momentos antes do grande dia da ressurreição de Cristo. E por que a ressurreição de Cristo? Ele sim é o nosso Cordeiro sem defeito, nosso cordeiro pascoal! Na tradição cristã a "sexta-feira" através da igreja católica foi denominada o dia da "paixão", sofrimento de Cristo que levou a Sua morte. A sexta mais significativa que define a agonia, os açoites, o sofrimento de Cristo antes que ressurgisse. No entanto, não quero me aprofundar no motivo pelo qual foi definido essa nomenclatura: a sexta da paixão.

O termo Páscoa tem origem que remonta a aproximadamente 1.445 anos antes de Cristo. No livro de Êxodo encontramos um povo sofrido, há mais de quatrocentos anos como escravos no Egito. Assim, Deus escolhe Moisés para cumprir Seus decretos (Ex 3-4), de praga em praga, Faraó endurecido pelo próprio Deus, permite e volta atrás. Libertar o povo da escravidão do Egito foi uma grande missão, ensinamentos marcantes, poder de Deus e maravilhas foi testemunhado por todos. Encontramos na décima praga e derradeira o caminho sem saída para os egípcios, não havia mais alternativa, os israelitas seriam lançados fora daquela terra. Deus mandou um anjo destruidor para terra do Egito com o propósito de eliminar “todo primogênito... desde os homens até aos animais” (Êx.12.12). A ordem divina foi sacrificar e isso resultaria em proteção. Daí o termo Páscoa, do hebraico "pesach", que significa “pular além da marca”, “passar por cima”, ou “poupar”. (Ex 12.11-14).