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21 de nov. de 2016

Cinco Razões Para Abraçar a Eleição Incondicional

Por John Piper

Eu uso o termo abraçar porque a eleição incondicional não é apenas verdadeira, mas também preciosa. Obviamente, ela não pode ser preciosa se não for verdadeira. Portanto, este é o motivo principal pelo qual a abraçamos. Mas vamos começar com uma definição:

Eleição incondicional é a livre escolha de Deus antes da criação, não baseada em conhecimento prévio da fé, pela qual ele concederá fé e arrependimento a traidores, perdoando-os e adotando-os em sua eterna família de alegria.
1. NÓS ABRAÇAMOS A ELEIÇÃO INCONDICIONAL PORQUE ELA É VERDADEIRA.
Todas as minhas objeções à eleição incondicional vieram abaixo quando eu não conseguia mais sustentar minha argumentação sobre Romanos 9. O capítulo começa com a disposição de Paulo em ser amaldiçoado e separado de Cristo por amor aos seus compatriotas judeus incrédulos (verso 3). Isto implica que alguns judeus estão perecendo. E faz surgir a questão da promessa de Deus aos judeus. Falhou a promessa? Paulo responde: "não pensemos que a palavra de Deus haja falhado" (verso 6). Por que não?
Porque "nem todos os de Israel são, de fato, israelitas" (verso 6). Em outras palavras, o propósito de Deus não era inocentar cada pessoa de Israel individualmente. Era, ao invés disso, um propósito de eleição.
Então, para ilustrar a ideia da eleição incondicional de Deus, Paulo usa a analogia de Jacó e Esaú: "E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal (para que o propósito de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama), já fora dito a ela [Rebeca]: O mais velho será servo do mais moço" (versos 11 e 12).

Em outras palavras, o propósito original de Deus em escolher para si indivíduos dentre Israel (e todas as nações! Apocalipse 5:9) não estava baseado em nenhuma condição que eles pudessem satisfazer. Foi uma eleição incondicional. E, portanto, ele diz: "Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão" (verso 15; veja os versos 16-18 e Romanos 11:5-7).
Jesus confirma este ensinamento: "Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora" (João 6:37). Achegar-se a Jesus não é uma condição que satisfazemos para nos qualificar à eleição. É o resultado da eleição. O Pai escolheu suas ovelhas. Elas lhe pertencem. E ele as dá ao seu Filho. É por este motivo que elas vêm. "Ninguém poderá vir a mim, se, pelo Pai, não lhe for concedido" (João 6:65). "Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros" (João 15:16; veja também João 17:2, 6, 9 e Gálatas 1:15).
No livro de Atos, por que alguns creram e outros não? A resposta de Lucas é a eleição: "e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna" (Atos 13:48). Esta "destinação" — esta eleição — não foi baseada numa fé prevista, mas foi a causa da fé.

Em Efésios 1 Paulo diz: "[Deus] nos escolheu nele [Cristo] antes da fundação do mundo... nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade" (Efésios 1:4, 11). É o "conselho da vontade de Deus" que é eternamente decisivo nesta questão.
O que você dirá para Deus no julgamento final se ele te perguntar: "Porque você creu no meu Filho enquanto outros não creram?" Você não responderá: "Porque eu sou mais inteligente." Não. Certamente você dirá: "Por causa da tua graça. Se não tivesses me escolhido, eu teria sido deixado espiritualmente morto, indiferente e culpado."
2. NÓS ABRAÇAMOS A ELEIÇÃO INCONDICIONAL PORQUE DEUS DESIGNOU-A PARA NOS FAZER DESTEMIDOS NA PROCLAMAÇÃO DE SUA GRAÇA NUM MUNDO HOSTIL.
"Se Deus é por nós, quem será contra nós? . . . Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus?" (Romanos 8:31, 33).
3. NÓS ABRAÇAMOS A ELEIÇÃO INCONDICIONAL PORQUE DEUS DESIGNOU-A PARA NOS TORNAR HUMILDES.
"Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios . . . a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus . . . Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor" (1 Coríntios 1:27, 29, 31).
4. NÓS ABRAÇAMOS A ELEIÇÃO INCONDICIONAL PORQUE DEUS A FEZ COMO UM PODEROSO IMPULSO MORAL À COMPAIXÃO, BONDADE E PERDÃO.
"Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade . . . perdoai-vos mutuamente" (Colossenses 3:12-13). Ninguém que já tenha visto ou provado verdadeiramente sua eleição não é movido por ela para se tornar bondoso, paciente e tolerante.
5. NÓS ABRAÇAMOS A ELEIÇÃO INCONDICIONAL PORQUE ELA É UM PODEROSO INCENTIVO EM NOSSO EVANGELISMO PARA AJUDAR OS INCRÉDULOS QUE SÃO GRANDES PECADORES A NÃO SE DESESPERAREM.
Quando você oferece Cristo livremente a todos os incrédulos, suponha que alguém lhe diga: "eu tenho pecado terrivelmente. Deus jamais escolheria me salvar." A coisa mais consoladora que você pode dizer é: Você percebe que Deus escolheu antes da fundação do mundo aqueles a quem ele irá salvar? E ele o fez sem basear-se em absolutamente nada em você. Antes que você nascesse ou tivesse feito qualquer coisa boa ou má, Deus escolheu te salvar ou não.
Portanto, não ouse encarar a Deus e dizer-lhe das qualificações que você não tem para ser escolhido. Não houve qualificações para ser escolhido. "O que, então, eu devo fazer?", ele pergunta. "Crê no Senhor Jesus e serás salvo" (Atos 16:31). É assim que você começa a "confirmar a vossa vocação e eleição" (2 Pedro 1:10). Se você abraçar o Salvador, você confirmará ser um eleito, e você será salvo. 
***
Fonte: Desiring God 

12 de out. de 2016

Não Faça a Vontade de Deus Como Um Ateu

Por John Piper

Depois da minha mensagem ao corpo discente da University Liberty semana passada, um estudante atento me perguntou essa questão esclarecedora: "Então você não acredita que atos altruístas são possíveis ou desejáveis?".

Eu pedi para ele definir altruísmo de modo que eu pudesse responder o que ele realmente estava perguntando. Ele disse: "Fazer uma boa obra a outros sem vislumbrar uma recompensa". Eu respondi: "Está certo, sendo ou não possível, eu não acredito que é desejável, porque não é o que a Bíblia nos ensina a fazer; e não é o que pessoas sentem como sendo um amor genuíno. Porque isto não é amor genuíno."

QUANDO DEUS É GLORIFICADO

Eu tinha dito na mensagem de convocação: "Fazer o certo pela causa da retidão é ateísmo. Crentes deveriam fazer o que é certo pela causa de Deus; porque a Bíblia nos ensina a fazer tudo para a glória de Deus (1 Coríntios 10:31). Mas Deus não é glorificado se nós O deixamos fora da questão e dizemos que fazer a obra certa é sua própria justificação. Nada justifica a si mesmo se Deus é deixado de lado.

Crentes deveriam fazer o que Deus diz que é certo porque, ao fazer isso, nós apreciamos mais a Deus. Jesus estava nos motivando a ser generosos aos outros quando Ele disse: "Mais bem-aventurado é dar que receber" (Atos 20:35). Estou simplesmente dizendo que essa benção motivadora prometida não é principalmente mais dinheiro, mas mais de Deus. Deus gosta mais de revelar mais de si mesmo ao generoso do que ao mesquinho (João 14:23).

Esse motivo glorifica a Deus. Deus é glorificado quando Ele é desejado como um tesouro. Se nós queremos uma comunhão mais profunda com Ele porque Ele nos faz mais felizes do que qualquer pessoa, nós O glorificamos. Então, estar motivado a fazer o certo pelo desejo de mais de Deus, glorifica a Deus.

COMO JESUS MOTIVA

Jesus disse que quando nós somos difamados enquanto crentes, devemos nos regozijar (Mateus 5:12) e amar os nossos inimigos (Mateus 5:44) "porque é grande o vosso galardão nos céus" (Mateus 5:12), e "para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste" (Mateus 5:45). A motivação a qual ele apela é que o caminho do amor sacrificial leva a um aumento de alegria no nosso relacionamento com Deus enquanto Pai.

Jesus nos motiva a "convida(r) os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos" para nosso banquete" pelo fato de não terem eles com que recompensar [a nós]". E adiciona: "a tua recompensa, porém, tu a receberás na ressurreição dos justos." (Lucas 14:13-14). Em outras palavras: seja generoso; faça sacrifícios nesse mundo; porque grande é a sua recompensa no céu.

A recompensa, é claro, inclui tudo na herança de Deus. Você será um "herdeiro do mundo" (Romanos 4:13). "Porque tudo é vosso" (1 Coríntios 3:21). Os mansos "herdarão a terra" (Mateus 5:5). Sim, a recompensa inclui coisas terrenas. Mas naquele dia não haverá o perigo da idolatria. A terra, os céus e todas as coisas declararão a glória de Deus, e a essência da nossa alegria nelas será a alegria Nele. O que faz nossa recompensa verdadeiramente excelente é a plenitude maravilhosa da nossa comunhão com Deus. "Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente." (Salmos 16:11).

Essa "plenitude" e esse "perpetuamente" estão por trás da motivação dos crentes da igreja primitiva quando eles faziam o certo e sofriam. Eles visitavam amigos crentes na prisão porque eles viam a recompensa. "Porque não somente vos compadecestes dos encarcerados, como também aceitastes com alegria o espólio dos vossos bens, tendo ciência de possuirdes vós mesmos patrimônio superior e durável." (Hebreus 10:34). Eles se regozijavam na prisão porque sua recompensa era grande no céu. É disto que eles ganhavam coragem para arriscar suas vidas: "tem grande galardão." (Hebreus 10:35).

Então, eu respondo novamente: "Fazer uma boa obra a outros sem vislumbrar uma recompensa" é antibíblico e ateísta. Isto desonra a Deus. Ele oferece mais alegria na sua comunhão àqueles que fazem o certo "pela Sua Causa" do que "pela causa da retidão". Se não abraçarmos a oferta da Sua Recompensa, nós O desprezamos. Mas se abraçarmos a oferta, mostramos que Ele É O Nosso Tesouro supremamente desejado — acima de todas as recompensas de fazer o que é errado.

NOSSA ALEGRIA EM AMAR OS OUTROS

Finalmente, eu disse como resposta à ótima pergunta do estudante: "Não apenas tentar fazer o bem pela causa da retidão desonra a Deus, mas também não mostra amor aos outros. Pessoas não experimentam isto como amor." Mas por que elas experimentariam o nosso bem como amor se estivéssemos buscando a nossa grande alegria em Deus? Elas não estariam sendo apenas usadas?

Não. Porque parte da alegria maior que buscamos em Deus, fazendo o bem a elas, é a inclusão delas na nossa alegria. Nossa alegria em Deus seria expandida pela alegria deles em Deus. Nós não os estamos usando para a nossa maior alegria. Nós os estamos trazendo para a grande alegria e desejando que eles sejam parte disso.

Mas fazer o certo pela causa da retidão não tem esse efeito. Suponha que eu vá visitar Ethel no hospital, uma senhora idosa que teve um ataque cardíaco. Eu estendo a minha mão no seu braço frágil, ela abre os olhos e diz: "Oh pastor, você não precisava vir". Suponha que eu responda: "Eu sei, mas era meu dever vir. Isso era a coisa certa a fazer por si mesma. Portanto, eu vim." Esta resposta não faz Ethel se sentir amada.

Mas suponha que eu diga: "Eu sei, mas sempre me faz mais feliz em Deus, Ethel, trazer um pouco de encorajamento para você e lembrá-la das promessas do Senhor." Ethel nunca diria: "Você é tão egoísta. Tudo o que você pensa é o que faz você ficar feliz." Ela não sentiria isso, embora eu tenha dito: "Sempre me faz mais feliz...". E a razão pela qual ela não o sentiria é porque minha busca de mais alegria em Deus ao fazer o bem a ela, e querer que ela faça parte disso, é o que amor genuíno é.


Que Deus nos proteja da noção ateísta de fazer o bem pela causa da retidão. E que ele nos transforme nesse tipo de adoradores esquisitos e maravilhosos que negam a si mesmos os "prazeres transitórios do pecado" e "preferem ser maltratados junto com o povo de Deus", porque nós "contemplamos o galardão" (Hebreus 11:25-26).

***

Fonte: Desiring God

4 de nov. de 2015

Livros Não Transformam Pessoas, Parágrafos Transformam

Por John Piper 

Tenho dito frequentemente que, "Livros não transformam pessoas, parágrafos transformam — às vezes sentenças".

Isso pode não parecer justo com os livros, tendo em vista que os parágrafos chegam até nós através dos livros, e frequentemente adquirem seu impacto peculiar por causa do contexto em que estão nos livros. Mas o argumento permanece: uma sentença ou parágrafo pode se alojar de maneira tão poderosa em nossas mentes que seu efeito é enorme, quando todo o resto é esquecido.

16 de set. de 2015

Tudo o Que Não Provém de Fé é Pecado

Por John Piper
Pessoas do tempo de John Chrysostom (347–407) tentaram limitar o significado das palavras de Paulo em Romanos 14:23: "Mas aquele que tem dúvidas é condenado se comer, porque o que faz não provém de fé; e tudo o que não provém de fé é pecado." Chrysostom adverte: "Agora, todas essas coisas foram ditas por Paulo sobre o assunto em questão, não sobre tudo".
Leon Morris segue essa delimitação e diz:

30 de ago. de 2015

Você Continuará Crente Amanhã de Manhã?

Por John Piper

Cristão, como você sabe que você será um crente quando você acordar de manhã? E cada manhã até você encontrar Jesus?

A resposta bíblica é: Deus vai cuidar disso.

Você está satisfeito com isso? Isso faz você ficar apreensivo ao admitir que depende decisivamente de Deus? Espero que isso seja sua alegria e canção. Crer assim tem grandes implicações. Deixe a palavra moldar a sua mente nisso.

12 de fev. de 2015

Perguntas para se Preparar para o Casamento

Por John Piper


Em cada uma destas seções deveria se anexar um item que eu não anexei, isto é: "Como você lida com as diferenças?" e "Como você decide quais são as diferenças que permanecem sem prejudicar o relacionamento?". Portanto quando estiver lidando com cada subtítulo, inclua isso na discussão.

Teologia

O que você crê a respeito de ...?
Descubra como você estabelece seus pontos de vista. Qual é o processo de raciocínio e crença? Como você maneja a Bíblia?

Adoração e Devoção

Qual é a importância da adoração em conjunto? E em outras participações na vida da igreja?
Que importância tem fazer parte de um pequeno grupo de apoio e assumir responsabilidades?
Qual é a importância da música na vida e no culto?
Qual é sua maneira diária pessoal de prestar culto? Oração, leitura, meditação, memorização.
Como serão nossos devocionais diários em família? Quem vai liderar?
Estamos fazendo isso agora de maneira adequada: orando juntos sobre nossas vidas e nosso futuro, lendo a Bíblia juntos?

Marido e Esposa

Qual é o significado da liderança e submissão na Bíblia e em nosso casamento?
Quais são as expectativas sobre situações em que um de vocês estiver sozinho com alguém do sexo oposto?
Quais são as tarefas domésticas partilhadas: faxina, cozinha, lavar louça, limpar o quintal, cuidar do carro, consertos, fazer compras para a casa?
Quais são as expectativas para a intimidade do casal?
Como será uma noite comum adequada?
Quem você acha que deve ter iniciativa no sexo e com que freqüência?
Quem cuida do talão de cheques – ou será que são dois talões?

Filhos

Vamos ter filhos? Quando? Por que?
Quantos?
De quantos em quantos anos?
Pensamos em adoção?
Quais são os padrões de comportamento?
Qual é a maneira apropriada de disciplinar? Quantas vezes devo ameaçar...?
Quanto tempo vou dedicar aos filhos e quando eles irão para a cama?
Como demonstrar-lhes afeto?
Que escola eles vão freqüentar? Vão estudar em casa? Escola cristã? Escola Pública?

Estilo de Vida

Ter casa própria? Por que?
Que tipo de vizinhança? Por que?
Vamos ter quantos carros? Novos? Usados?
Como lidar com o dinheiro de um modo geral? Quanto contribuir para a igreja?
Como decidir sobre dinheiro?
Onde comprar roupas: Shopping? Brechó? Meio termo? Por que?

Divertimentos

Quanto devemos gastar em divertimentos?
Quantas vezes devemos comer fora? Onde?
Que tipo de férias seriam adequadas e vantajosas para nós?
Quantos brinquedos? Pranchas, barcos, barracas?
Devemos ter aparelho de televisão? Onde colocar? O que é bom assistir? Durante quanto tempo?
Qual o critério para cinema e teatro? Quais serão as regras para as crianças?

Conflitos

Por que você fica zangado?
Como você lida com suas frustrações e acessos de ira?
Quem deveria dar início a uma discussão sobre um assunto desagradável?
E quando nós discordarmos sobre o que deverá ser feito, e se o assunto é realmente serio?
Vamos dormir quando estivermos brigados?
Qual é a nossa opinião sobre buscar ajuda dos amigos e conselheiros?

Trabalho

Quem é o principal mantenedor?
A esposa deve trabalhar fora de casa? Antes de ter filhos? Com filhos? Depois de tê-los?
O que vocês acham sobre babás e creches?
O que vai determinar onde vão alugar casa? O emprego? Da esposa ou do marido? A igreja? A família?

Amigos

É bom ter amigos que não sejam também amigos do cônjuge?
O que você vai fazer se o cônjuge sair sozinho com os amigos dele ou dela?

Saúde e Enfermidade

Você tem, ou teve alguma doença ou problema físico que possa afetar o relacionamento? (Alergias, câncer, desordens alimentares, doenças venéreas, etc.)
Você crê em cura divina e como a oração deve se relacionar com os cuidados médicos?
O que você acha dos exercícios e alimentação saudável?
Você tem qualquer hábito que afeta a saúde?
_____________________________
Traduzido por: Yolanda M. Krievin
Do original em inglês: Questions to Ask When Preparing for Marriage
Fonte: Ministério Fiel

3 de dez. de 2014

Salvos para a Glória de Deus

Por John Piper

Eu me lembro de dar uma aula sobre Efésios 1 em janeiro de 1976 como professor visitante na Bethel College. Eu desenvolvi a aula sistematicamente ao longo dos primeiros catorze versículos de Efésios e minha mente novamente foi constantemente espantada. Isso porque três vezes nos versículos 6, 12 e 14 — Paulo diz que Deus nos escolheu em Jesus antes da fundação do mundo e nos predestinou para sermos seus filhos para o louvor da glória de sua graça.

Ele escolheu você. Por quê? Para que sua glória e graça possam ser louvadas e magnificadas. Sua salvação é glorificar a Deus. Sua eleição é glorificar a Deus. Sua regeneração é glorificar a Deus. Sua justificação é para a glória de Deus. Sua santificação é para a glória de Deus, e um dia, sua glorificação será um mergulho na glória de Deus.

Você foi criado para a glória de Deus. Isaías 43.6-7: “Trazei meus filhos de longe e minhas filhas, das extremidades da terra, os que criei para minha glória”.

Deus resgatou seu povo Israel do Egito para a sua glória. Salmo 106.7-8: “Nossos pais, no Egito, não atentaram às tuas maravilhas; foram rebeldes junto ao Mar Vermelho. Mas ele os salvou por amor do seu nome, para lhes fazer notório o seu poder”.

Em outras palavras, ele dividiu o Mar Vermelho e salvou seu povo rebelde para que ele fizesse notório o seu poder; e sua fama se espalhou até Jericó e salvou uma prostituta, de maneira que quando os israelitas chegaram lá e estavam prontos para soprar as trombetas, ela já tinha nascido de novo, pois ela disse: “Ouvimos o seu nome e o seu renome”, e uma mulher e sua família creram em um Deus teocêntrico e escaparam da destruição.

Deus teve misericórdia de Israel no deserto  para a sua glória. Deus poupou Israel no deserto diversas vezes. “A casa de Israel se rebelou contra mim no deserto”, disse Ezequiel citando Deus,“Então, eu disse que derramaria sobre eles o meu furor no deserto, para os consumir. O que fiz, porém, foi por amor do meu nome, para que não fosse profana do diante das nações” (20.13-14). Então, finalmente Deus os envia para o julgamento na Babilônia, e após 70 anos, a misericórdia começa a se aproximar deles. Ele não se divorciará da sua noiva da aliança, e ele os traz de volta, mas por quê?

Qual é o motivo enraizado no coração de Deus? Ouça a resposta de leaíae 48.9-11: “Por amor do meu nome, retardarei a minha ira e por causa da minha honra me conterei para contigo, para que te não venha a exterminar. Eis que te acrisolei, mas disso não resultou prata; provei-te na fornalha da aflição. Por amor de mim, por amor de mim, é que faço isto; porque como seria profanado o meu nome? A minha glória, não a dou a outrem”. Esse é um motivo teocêntrico para a misericórdia.

Jesus veio e morreu para a glória de Deus. Jesus veio ao mundo por qual razão? Ah, quantas vezes já citamos João 3.16, e isso é gloriosamente verdadeiro. Antes que esta mensagem termine, espero que você veja que tal ênfase (a glória de Deus) e a ênfase que você conhece há muito tempo (sua alegria) não estão em desacordo.

Mas por que Jesus veio? De acordo com Romanos 15.8-9, ele veio por esta razão: “Cristo foi constituído ministro da circuncisão, em prol da verdade de Deus, para confirmar as promessas feitas aos nossos pais; e para que os gentios glorifiquem a Deus por causa da sua misericórdia”. Jesus veio à terra, tornou se totalmente humano e morreu para que você desse glória ao seu Pai pela misericórdia. Ele veio por amor ao seu Pai. Essa é a razão principal de sua vinda: a glória do seu Pai, e sua glória alcança seu ápice no derramamento da misericórdia.

Ouça esta palavra de Romanos 3.25-26: Deus propôs a Cristo, no seu sangue, como propiciação para manifestar a justiça de Deus. Isso foi para provar, no tempo presente, que ele mesmo é justo. Foi por isso que ele morreu. Ele morreu para vindicar a justiça de Deus que havia deixado impunes pecados como os de Davi, o adultério e o assassinato.

Em algum momento você já se incomodou que Deus tenha deixado impune o adultério do Rei Davi, e Davi simplesmente continuou sendo rei? Bom, isso incomodou Paulo até às profundezas de seu ser, que Deus não seja justo e deixe pecados impunes. E não foi apenas Davi. Houve milhares de santos no Antigo Testamento (e hoje) cujos pecados Deus simplesmente esquece e ignora. E Paulo clamou: “Como tu podes ser Deus e fazer isso? Como tu podes ser justo e fazer isso? Como tu podes ser reto e fazer isso? Como tu podes ser digno de adoração e fazer isso? Se qualquer juiz aqui em Austin fizesse isso — se ele absolvesse um pedófilo, um estuprador ou um assas sino ele seria demovido imediatamente, e ainda assim Deus faz isso todos os dias. Então, podemos perguntar: “Que tipo de Deus é você?”.

A cruz é a solução para um mega problema teológico, a saber: Como Deus pode ser Deus e perdoar pecados? Jesus veio para vindicar a Deus pela salvação de pessoas como você e eu. A salvação é uma coisa grandemente e gloriosamente teocêntrica.

Jesus retornará para receber glória. Por que ele voltará? Jesus está voltando, e deixe-me te dizer por que ele está voltando e o que você pode fazer quando ele voltar, para que você esteja pronto e o faça. 2 Tessalonicenses 1.8-10: “Os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus (…) sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder, quando ele vier para ser glorificado nos seus santos e ser admirado em todos os que creram, naquele dia”. Você consegue ver essas duas coisas? Ele está vindo para ser glorificado (magnificado) em seus santos e para ser admirado. Se você não começar isso agora, você não será capaz de fazê-lo quando ele voltar.
Esta conferência existe para acender um fogo em seus ossos e para iniciar um incêndio em suas mentes e em seus corações, a fim de prepará-los para encontrar o Rei Jesus, de maneira que vocês continuem por toda a eternidade fazendo o que ele criou vocês para fazerem; a saber, admirá-lo e magnificá-lo.

14 de nov. de 2014

8 motivos bíblicos para dizer: “Racismo não!”

Por John Piper

No jornal de quarta-feira eu leio as seguintes palavras:

Há forte evidência de que salientar as diferenças pouco trabalha para melhorar as relações raciais, e pode ainda exacerbar as mesmas diferenças.

Por exemplo, os distritos escolares de Minneapolis e St. Paul fizeram da dispendiosa educação de diversidade uma prioridade por décadas. Apesar disso, o distrito de Minneapolis recentemente anunciou que “racismo embutido” continua a permear as suas escolas, enquanto que um estudo de 1994 da People para a American Way descobriu que as “relações raciais e a tolerância” nas escolas de ensino médio de St. Paul estão “desmoronando”. (Katherine Kersten, “‘Diversity Training’ Efforts Proceed from False Premise,” StarTribune, 10 de Janeiro de 1996, p. A13)

E a situação também não é boa nas igrejas. Eu já ouvi observações humilhantes e prejudiciais em nossa própria igreja sobre minorias étnicas. E um pastor negro me disse recentemente que um de seus membros negros se sentiu provocado com um novo frequentador branco e disse: “Eu tenho que me aborrecer com gente branca a semana inteira; eu não quero ter que fazer isso na igreja aos domingos”.

Então já é tempo de a igreja, colocar nova energia nessa questão e trabalhá-la. Para esse fim, eu quero estabelecer um fundamento bíblico na forma de oito teses.

1. Deus criou todos os grupos étnicos a partir de um ancestral humano.

Atos 17.26:

[Deus] de um só fez toda a raça humana [pan ethnos = todo grupo étnico] para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação.

Observe duas coisas nesse texto.

Primeiro, observe que Deus é o CRIADOR dos grupos étnicos. “Deus fez de um só toda a raça humana”. Grupos étnicos não simplesmente aconteceram a partir de mudanças genéticas aleatórias. Eles aconteceram pelo desígnio e propósito de Deus. O texto diz claramente: “DEUS criou cada ethnos”.

Segundo, observe que Deus criou todos os grupos étnicos a partir de um ancestral humano. Paulo diz: “Ele fez DE UM SÓ cada ethnos”. Isso tem um murro especial quando você pondera o porquê de ele escolher dizer especificamente isso a esses atenienses no aerópago. Os atenienses apreciavam se vangloriar de que eles eram os autochthones, que quer dizer que eles haviam nascido em seu próprio solo nativo e não eram imigrantes de algum outro lugar ou grupo étnico. (Veja Lenski e Bruce, ad. loc.) Paulo escolhe confrontar esse orgulho étnico logo de cara. Deus criou todos os grupos étnicos — atenienses e bárbaros — e ele os criou a partir de um ancestral comum. Então vocês, atenienses, são feitos do mesmo tecido que os desprezados bárbaros e citas.

2. Todo membro de todo grupo étnico é feito à imagem de Deus.

Gênesis 1.27:

Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.

Quando você coloca esse ensino de Gênesis 1 (que Deus criou o primeiro homem à sua imagem) junto com o ensino de Atos 17.26 (que Deus criou todos os grupos étnicos a partir desse primeiro ancestral), o que surge é que todos os membros de todos os grupos étnicos são criados à imagem de Deus.

Não importa qual a cor da pele, ou as feições do rosto, ou a textura do cabelo, ou outros traços genéticos; todo ser humano em todo grupo étnico possui uma alma imortal à imagem de Deus: uma mente com poderes de raciocínio singulares semelhantes aos de Deus, um coração com capacidade para julgamentos morais e afeições espirituais, e um potencial para relacionamento com Deus que separa completamente cada pessoa dos animais que Deus criou. Todo ser humano, seja qual for a cor, forma, idade, gênero, inteligência, saúde ou classe social, é criado à imagem de Deus.

3. Na determinação do significado de quem você é, ser uma pessoa à imagem de Deus se compara com as diferenças étnicas da mesma maneira que o sol do meio dia se compara com um castiçal.

Em outras palavras, encontrar a sua identidade principal em ser branco ou ser negro, ou em qualquer outro traço de cor étnico, é como se orgulhar de carregar uma luz de vela debaixo do céu sem nuvens ao meio dia. Velas têm seu lugar. Mas não para iluminar o dia. Então cor e etnia têm o seu lugar, mas não como a glória e maravilha principal da nossa identidade como seres humanos. A glória primária de quem nós somos é o que nos une em nossa humanidade semelhante a Deus, não o que nos diferencia em nossa própria afiliação étnica.

Essa é a mais fundamental razão pela qual programas de “treinamento de diversidade” normalmente dão um tiro no pé em sua tentativa de nutrir respeito mútuo entre grupos étnicos. Eles concentram maior atenção no que é comparativamente menor, e virtualmente nenhuma atenção no que é infinita e gloriosamente maior — nossa permanência singular sobre toda a criação como indivíduos criados à imagem de Deus.

Se os nossos filhos e filhas têm cem ovos, vamos ensiná-los a colocar noventa e nove ovos na cesta chamada “pessoa feita à imagem de Deus” e um ovo na cesta chamada “distinção étnica”.

4. A predição de uma maldição que Noé proclamou sobre alguns descendentes de Cam em Gênesis 9.25 é irrelevante na decisão de como a raça negra deve ser vista e tratada.

Ao longo dos séculos algumas pessoas tentaram provar que a raça negra está destinada a ser subserviente por causa das palavras de Noé sobre o seu filho Cam que foi o pai dos povos africanos. Observemos o próprio texto da Escritura, e então eu darei três razões de porque isso não determina como os povos da África devem ser vistos e tratados. Lembre-se que Noé tinha três filhos: Sem, Cam e Jafé.

Gênesis 9.21–25:

Bebendo do vinho, embriagou-se [Noé] e se pôs nu dentro de sua tenda. Cam, pai de Canaã, vendo a nudez do pai, fê-lo saber, fora, a seus dois irmãos. Então, Sem e Jafé tomaram uma capa, puseram-na sobre os próprios ombros de ambos e, andando de costas, rostos desviados, cobriram a nudez do pai, sem que a vissem. Despertando Noé do seu vinho, soube o que lhe fizera o filho mais moço. Então disse: “Maldito seja [ou “será”] Canaã; seja servo dos servos a seus irmãos”.

Agora observe três coisas:

A Maldição de Noé Cai sobre Canaã

Primeiro, Noé toma essa ocasião do pecado de seu filho Cam e a usa para fazer uma predição sobre a prosperidade do filho mais novo de Cam, Canaã. Basicamente a predição é que os cananitas eventualmente seriam subjugados pelos descendentes de Sem e Jafé.

Ora, há muitas perguntas a se fazer aqui. Mas eu só tenho tempo para apontar algumas poucas relevantes ao nosso ponto principal. Cam tinha quatro filhos de acordo com Gênesis 10.6. “Os filhos de [eram] Cam: Cuxe, Mizraim, Pute e Canaã”. Ora, em termos gerais, Cuxe é provavelmente o ancestral dos povos da Etiópia; Mizraim é o ancestral dos egípcios; e Pute é o ancestral dos povos do norte da África, os líbios. Mas Canaã é o único dos quatro filhos que não é ancestral de povos africanos. Gênesis 10.15–18 cita os descendentes de Canaã: “Canaã gerou a Sidom, seu primogênito, e a Hete, e aos jebuseus, aos amorreus, aos girgaseus, aos heveus, aos arqueus, aos sineus, aos arvadeus, aos zemareus e aos hamateus”. Todos esses povos eram habitantes de Canaã e proximidades, não da África. E a predição de Noé se tornou verdade quando as nações cananitas foram expulsas pelos israelitas por causa de sua perversidade (Deuteronômio 9.4–5). Então a maldição não recai sobre os povos africanos, mas sobre os cananitas.

A Maldição de Noé Não Trata de Indivíduos

Segundo, a nação predita de Noé não dita como o povo de Deus deve tratar cananitas individuais. Por exemplo, cinco capítulos depois, em Gênesis 14.18, Abraão, descendente de Sete, encontra um cananita nativo chamado Melquisedeque, que era homem justo e “sacerdote do Deus Altíssimo”, e que abençoou Abraão. Abraão deu a ele o dízimo dos seus espólios. Então nem mesmo o fato de que Deus ordena julgamento sobre nações perversas dita a nós como devemos tratar indivíduos nas mesmas nações.

Deus Planeja Redenção para Todas as Nações

Terceiro, em Gênesis 12, Deus coloca em ação um grande plano de rendenção para todas as nações, para resgatá-las dessa e de qualquer outra maldição de pecado e julgamento. Ele chama a Abrão para todas as nações e faz uma aliança com ele e promete: Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra”. “Todas as famílias da terra” inclui as famílias cananitas.

Então o que vemos é que, com Abraão, Deus está colocando em ação um plano de redenção que derruba cada maldição sobre qualquer pessoa que recebe a bênção de Abraão, a saber, o perdão e a aceitação de Deus que vem através de Jesus Cristo, a semente de Abraão (Gálatas 3.13–14). O que nos leva para a quinta tese:

5. É propósito e ordem de Deus que façamos discípulos para Jesus Cristo de cada grupo étnico do mundo, sem distinção.

Mateus 28.18–20:

Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.

Fazei discípulos de “todas as nações” — isto é, de todo grupo étnico. É a mesma expressão de Atos 17.26, onde diz que Deus de um só criou “toda a raça humana” — todo grupo étnico. Assim como todos os grupos étnicos são criados à imagem de Deus, o objetivo de Deus é redimir pessoas de todo grupo étnico. O fato de sermos feitos à imagem de Deus não significa que somos salvos. Todos somos distorcidos pelo pecado. As singulares maneiras em que fomos criados para refletir a glória e o valor de Deus foram amplamente arruinadas. Então Deus enviou o seu Filho, Jesus, ao mundo para morrer por nós para que possamos crer nele e ser perdoados, limpos e restaurados, para que nos tornássemos troféus da sua graça.

6. Todos os crentes em Jesus Cristo, de todo grupo étnico, são unidos uns aos outros não apenas em uma simples humanidade à imagem de Deus, mas ainda mais, como irmãos e irmãs em Cristo e membros do mesmo corpo.

Romanos 12.4–5:

Assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função, assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros.

O corpo de Cristo tem uma mão negra, um pulso branco, um braço amarelo e um ombro vermelho. E o pulso branco não pode dizer para a mão negra: “Não preciso de você” (1 Coríntios 12.21). E o braço amarelo não pode dizer ao ombro vermelho: “Por eu não ser um ombro, não sou parte do corpo” (1 Coríntios 12.15).

Outra figura, além de um corpo, é uma família.

1 João 3.1:

Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus.

Em outras palavras, se a nossa identidade como indivíduos humanos criados à imagem de Deus é maior do que todas as diferenças étnicas (visto no ponto no. 3), então a nossa identidade como filhos de Deus renascidos é ainda maior do que todas as diferenças étnicas. Eu diria da seguinte maneira: A glória da nossa semelhança familiar em Cristo é muito maior do que as nossas diferenças étnicas, tanto quanto o oceano é maior do que um dedal.

Antes vimos uma grande verdade — de que somos mais unidos pela nossa humanidade do que separados pela nossa afiliação étnica. Mas essa é uma verdade ainda maior, que em Cristo temos unidade sobre unidade. No topo de uma comum pessoalidade humana à imagem de Deus, temos uma comum pessoalidade redimida à imagem de Cristo. E quão menos devemos ser divididos pelas nossas diferenças étnicas! “[Não há] grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo em todos” (Colossenses 3.11).

7. A Bíblia proíbe casamento entre um crente e um incrédulo, mas não entre membros de diferentes grupos étnicos.

1 Coríntios 7.39:

A mulher está ligada enquanto vive o marido; contudo, se falecer o marido, fica livre para casar com quem quiser, mas somente no Senhor.

“Somente no Senhor”. A Bíblia nos direciona claramente a não casar com incrédulos. Se já estamos casados com um incrédulo, devemos permanecer casados (1 Coríntios 7.12–13; 1 Pedro 3.1–6). Mas se estamos livres para casar, devemos casar apenas com aquele que compartilha da nossa lealdade a Jesus.

Esse era o ponto principal das advertências do Antigo quanto a casar com aqueles que pertenciam a nações pagãs. Por exemplo, Deuteronômio 7.3–4:

Nem contrairás matrimônio com os filhos dessas nações; não darás tuas filhas a seus filhos, nem tomarás suas filhas para teus filhos; pois elas fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do SENHOR se acenderia contra vós outros.

A questão não é mistura de cores, ou mistura de costumes, ou identidade do clã. A questão é: haverá uma lealdade comum ao Deus verdadeiro nesse casamento, ou haverá afeições divididas? A proibição na Palavra de Deus não é contra casamento inter-racial, mas contra casamento entre crente e incrédulo. Isso é exatamente o que esperaríamos se a grande base da nossa identidade não são as nossas diferenças étnicas, mas a nossa comum humanidade à imagem de Deus e a nossa nova humanidade à imagem de Cristo.

8. Portanto, contra o crescente espírito de indiferença, alienação e hostilidade no nosso país, nós abraçaremos a supremacia do amor de Deus para dar novos passos pessoal e coletivamente em direção à reconciliação racial, expressada visivelmente em nossa comunidade e em nossa igreja.

Que venhamos a banir cada pensamento de depreciação e falta de amor das nossas mentes.

Expulsemos de nossas bocas cada palavra ou tom de escárnio ou desdém.

Saiamos do nosso conforto para mostrar unidade pessoal e afetuosa com cristãos de todos os contextos étnicos.

Sejamos o sal e a luz da nossa hostil e assustadora sociedade com atos corajosos de bondade e respeito inter-raciais.

Resumindo, olhemos para Cristo e sejamos perdoados, limpos, curados e capacitados ao amor.
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6 de nov. de 2014

O Que Significa Buscar ao Senhor?

Por John Piper

Buscando o Senhor significa buscar sua presença. "Presença" é uma tradução comum da palavra hebraica "face". Literalmente, nós devemos buscar sua "face". Mas esta é a maneira hebraica de se ter acesso a Deus. Para estar diante de sua face é estar na sua presença.

Mas não estão seus filhos sempre na sua presença? Sim e não. Sim, em dois sentidos: Primeiro, no sentido de que Deus é onipresente e, portanto, sempre perto de tudo e de todos. Ele mantém tudo que existe. Seu poder está sempre presente em sustentar e governar todas as coisas.

E, segundo, sim, ele está sempre presente com seus filhos no sentido da sua promessa da aliança a sempre estar do nosso lado e trabalhar por nós e transformar tudo para o nosso bem. "Eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos" (Mateus 28:20).

Mas há um sentido em que a presença de Deus não está conosco sempre. Por esta razão, a Bíblia repetidamente nos convoca a "buscar o Senhor ... buscai a sua presença continuamente". A manifestação de Deus, consciente, presença confiável não é a nossa experiência constante. Há épocas em que nos tornamos negligentes ao Senhor e nem sequer pensamos nele e não colocamos a confiança nele e nós o encontramos "imanifestado", isto é, despercebido como grande e belo e valioso pelos olhos dos nossos corações.

Seu rosto — o brilho de seu caráter pessoal está escondido atrás da cortina de nossos desejos carnais. Esta condição está sempre pronta para nos alcançar. É por isso que nos é dito para "buscar a sua presença continuamente." Deus chama-nos a desfrutar da consciência continua de sua suprema grandiosidade e beleza e valor.

Isto acontece através da "busca". Busca contínua. Mas o que isso significa na prática? Tanto o Antigo e Novo Testamentos dizem que é um "ajuste da mente e do coração" em Deus. É a fixação consciente ou foco de atenção da nossa mente e a afeição do nosso coração em Deus.

"Disponde, pois, agora o vosso coração e vossa almapara buscardes ao Senhor vosso Deus." (1 Cronicas 22:19)

"Portanto, se já, ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que que são da terra. "(Colossenses 3:1-2)

Este ajuste da mente é o oposto do acostamento mental. É uma escolha consciente para dirigir o coração para Deus. Isto é o que Paulo ora pela igreja: 

"Ora, o Senhor encaminhe os vossos corações na caridade de Deus e na paciência de Cristo" (2 Tessalonicenses 3:5). É um esforço consciente de nossa parte. Mas aquele esforço para buscar a Deus é um dom de Deus.

Nós não fazemos esse esforço mental e emocional para buscar a Deus porque ele está perdido. Isso faríamos para procurar uma moeda ou uma ovelha. Mas Deus não está perdido. No entanto, há sempre algo através do qual ou em torno do qual devemos ir para encontrá-lo conscientemente. Este atravessando ou passando ao redor é o que busca significa. Ele frequentemente está escondido. Velado. Precisamos ir através de mediadores e obstáculos.

Os céus proclamam a glória de Deus. Assim, podemos procurá-lo através disso. Ele se revela em sua palavra. Assim, podemos procurá-lo através disso. Ele mostra-se a nós nas evidências da graça em outras pessoas. Assim, podemos procurá-lo através disso. A busca é o esforço consciente para obter através de um meio natural ao próprio Deus—para constantemente ajustar as nossas mentes a Deus em todas as nossas experiências, para dirigir nossas mentes e corações em direção a ele através dos meios de sua revelação. Isto é o que significa buscar a Deus.

E há obstáculos intermináveis que temos que contornar a fim de vê-lo claramente, para que possamos estar na luz de sua presença. Devemos fugir toda atividade espiritualmente torpe. Devemos fugir dela e contorna-la. Está bloqueando nosso caminho.

Nós sabemos o que nos torna vitalmente sensível as aparições de Deus no mundo e na palavra. E nós sabemos o que nos entorpece e nos cega e nos faz nem mesmo se quer procurá-lo. Devemos nos afastar dessas coisas e contorná-las se quisermos ver a Deus. Isso é o que buscar a Deus envolve.

E enquanto nós direcionamos nossas mentes e corações direcionados à Deus em todas as nossas experiências, clamamos a ele. Isso também é o que buscar a ele significa.

"Buscai ao Senhor enquanto se pode achar; invocai-o enquanto está perto" (Isaías 55:6)

"Se buscares a Deus eimplorares ao Todo-Poderoso misericórdia..." (Jó 8:5)

Buscar envolve chamado e súplica. Ó Senhor, abre os meus olhos. Ó Senhor, abre a cortina da minha própria cegueira. Senhor, tem piedade e revele-se a si mesmo. Desejo muito ver a sua face.

O grande obstáculo em buscar ao Senhor é o orgulho. "No orgulho do seu rosto o ímpio não o busca (Salmos 10:4). Portanto, a humildade é essencial para buscar o Senhor.

A grande promessa para aqueles que buscam o Senhor é que ele será encontrado. "Se o buscares, ele será achado de ti." (1 Crônicas 28:9). E quando ele for encontrado, há grande recompensa. "Aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos o que o buscam" (Hebreus 11:6). O próprio Deus é a nossa maior recompensa. E quando o temos, temos tudo. Portanto, "Buscai ao Senhor e a sua força; buscai a sua presença continuamente!"

Buscando com você,

Pastor John
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Fonte: Desiring God