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18 de dez. de 2015

A Onisciência de Deus

Por Gordon Clark

Não somente o livre arbítrio é incapaz de livrar Deus da culpabilidade, e a permissão é incapaz de coexistir com a onipotência, mas o posicionamento arminiano também não consegue firmar uma posição lógica para a onisciência. Uma ilustração romantista-arminiana é a do observador posicionado num penhasco. Na estrada abaixo, à esquerda do observador, um carro dirige-se para o oeste. À direita do observador, um carro vindo do sul. Ele pode ver e saber que haverá uma colisão no cruzamento logo abaixo dele, mas a sua presciência, segundo reza o argumento, não causa o acidente. Deus, semelhantemente supõe-se, tem conhecimento do futuro sem, entretanto, causá-lo.

13 de ago. de 2015

Providência e imanência: algo que todo missionário deve compreender


Por Morgana Mendonça dos Santos

A providência e a imanência não podem nenhum dia deixar de reger as nossas emoções. Sabemos que não há nada nesse universo que Deus não tenha criado e ordenado para a Sua glória. No entanto, a cada dia que passa somos afetados pela ansiedade e falta de contentamento. O título do texto específica "missionário", todavia deve ser compreendido por todo cristão. Perceba que ansiedade e falta de contentamento é quebra do primeiro mandamento. Para quem você tem direcionado sua confiança e animo? O primeiro mandamento diz claramente: "Não terás outros deuses diante de mim" Êxodo 20.3. E o que se exige desse mandamento? Segundo o Catecismo Maior de Westminster, pergunta 104:

2 de abr. de 2015

As heresias fatais do "Amor"


Por Richardson Gomes

Nesses últimos dias tenho ouvido alguns discursos de certos mestres da atualidade, frutos de uma teologia pós-modernista, que têm como base ideológica o que eles chamam de amor.  São doutrinas estranhas, porém muito conhecidas, que têm sido abraçadas e pregadas por pastores e líderes que são referências no cenário evangélico de hoje. Eloquentes, donos de excelentes oratórias, pastores como Ed René Kivitz, Caio Fábio, Ariovaldo(s), Ricardo Gondim, dentre outros, que afirmam heresias que acabam negando muitas verdades centrais de todo o cristianismo.

29 de dez. de 2014

Santidade e Justiça

Por Herman Bavinck

A santidade e a justiça de Deus caminham de mãos dadas com a Sua bondade e com a Sua Graça. Deus é chamado o Santo não apenas porque Ele é exaltado sobre todas as Suas criaturas, mas especialmente porque Ele é separado de tudo o que é pecaminoso e impuro no mundo. Portanto, Ele exige que Seu povo, que pela Sua livre Graça Ele escolheu para que fosse Seu, seja santo, e Ele se santifica a Si mesmo nesse povo através de Cristo (Ef 5.26,27),pois apesar de Cristo ter santificado a Si mesmo por Seu povo e em lugar dele, esse povo pode ser santificado na verdade (Jo 17.19). E a retidão e justiça de Deus estão intimamente relacionadas com a Sua santidade, pois, sendo o Santo, Ele não pode ser amigo do pecado. Ele abomina o pecado (SI 45.7; Jó 34.10), levanta-se contra ele (Rm 1.18), é zeloso de Sua honra (Ex 20.5) e, portanto, não pode inocentar o culpado (Ex 25.5,7). 

Sua natureza santa requer também que, fora de Si mesmo, no mundo de Suas criaturas, Ele mantenha a justiça e, de forma imparcial, retribua a cada um segundo as Suas obras (Rm 2.2-11; 2Co 5.10). Hoje em dia há aqueles que tentam fazer com que outras pessoas acreditem que Deus não se importa com os pensamentos e atos pecaminosos do homem. Mas o Deus vivo e verdadeiro que as Escrituras nos apresentam pensa muito diferente sobre isso. Sua ira contra o pecado é terrível, e Ele pune o pecador tanto temporal-mente quanto eternamente por meio de um justo julgamento (Dt 27.26; Gl 3.10).

Mas Ele não apenas pune os incrédulos de acordo com Sua justiça. É um ensino notável das Escrituras que de acordo com essa mesma justiça Ele conceda salvação aos santos. De fato, esses santos são pecadores também, e em nada são melhores do que os outros. Mas enquanto o incrédulo oculta os seus pecados ou os encobre, os santos os reconhecem e confessam. Essa é a distinção entre eles. Apesar de serem pessoalmente culpados e impuros, eles estão do lado de Deus e contra o mundo. Eles podem, portanto, apelar à promessa do pacto da Graça, à verdade da Palavra de Deus, à justiça que Deus realizou em Cristo.

Em termos dessa justiça nós podemos dizer, corajosa e reverentemente, que Deus é obrigado a perdoar os pecados de Seu povo e dar-lhe vida eterna. E se Deus deixa que Seu povo espere por Ele e prova sua fé por um longo tempo, segue-se que em sua perfeita redenção a integridade e a fideli­dade de Deus são demonstradas mais gloriosamente.
O Senhor aperfeiçoará aque­les que pertencem a Seu povo, pois Sua misericórdia dura para sempre (SI 138.8). O Senhor é mi­sericordioso e gracioso, longânimo e abundante em bondade e verdade.
Uns confiam em carros, ou­tros, em cavalos; nós, porém, nos gloriaremos em o nome do Se­nhor, nosso Deus. Esse Deus é o nosso Deus para todo o sempre; Ele será o nosso guia até à morte(SI 48.14). Ele é um Deus abençoador glorioso (ITm 6.15; Ef1.17). E feliz é o povo cujo Deus é o Senhor (SI 33.12).
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Fonte: O Calvinismo

27 de dez. de 2014

Thalles: A Personificação da Heresia

Por Thiago Oliveira

O cantor (e dito pastor) Thalles Roberto deu uma entrevista ao programa The Noite, apresentado por Danilo Gentili (veja aqui), no dia de Natal. Antes de qualquer coisa, gostaria de dizer que não tenho nada contra a sua pessoa, e desejo o seu sucesso. Porém, acima disto tenho apreço a Palavra de Deus e é por este apreço que eu escrevo tais palavras.  Até gostaria de falar algo que achei bacana na entrevista: No final, o Thalles disse que está revertendo o dinheiro do seu álbum para resgatar meninas que são vendidas – no Nepal – para que homens tenham relações sexuais com elas. Isto (se realmente acontece) é louvável, mas não apaga uma série de coisas negativas realizadas pelo mesmo. O Chico Xavier, por exemplo, nunca ficou com um centavo de suas obras, todo o dinheiro arrecadado era para a caridade. Só que tal ato não faz dele alguém ortodoxo.

EXPLICANDO O TÍTULO

O título deste texto faz uma alusão ao significado de heresia. Numa descrição bem direta, heresia é um ensino contrário ao que determinado sistema religioso ensina. Ao ensinamento correto, chamamos de ortodoxo. Para os católicos, tudo o que a Igreja estabelece como correto deve ser acatado como certo. Quando aconteceu a Reforma Protestante no século XVI, os reformados enfatizaram como lema a frase que dizia: “Somente a Escritura”. Essa mudança de pensamento fez da Bíblia a palavra final em matéria de credo. Para os católicos, a Bíblia também é uma autoridade, mas a tradição da Igreja está em pé de igualdade com o Texto Sagrado.

Pois bem, sabemos que o movimento evangelical é oriundo da Reforma, e por isso, os evangélicos devem manter o mesmo lema dos reformadores “Somente a Escritura”. Na prática, isto deveria funcionar da seguinte maneira: Se algo dito por determinado pastor ou outro irmão qualquer não estiver de acordo com a Bíblia, deve-se repudiar e fazer com que o determinado irmão entenda que o que ele diz é prejudicial, por se tratar de um desvio da Sã Doutrina. Só que no segmento evangélico, há espaço para muitas outras revelações questionáveis. Enquanto a Bíblia é infalível e isenta de erros, pessoas que se dizem profetas e tem as mais variadas visões e sonhos, devem ser questionadas à luz da Escritura. Algo que não ocorre muito. Geralmente, mesmo se uma profecia diz o oposto da Bíblia, o status quo do profeta faz com que as pessoas desconsiderem o texto bíblico e abracem uma profecia, ainda que herética.

Paulo, aos Gálatas disse: “Mas ainda que nós ou um anjo do céu pregue um evangelho diferente daquele que lhes pregamos, que seja amaldiçoado!” (Gl 1.8). Este é um versículo que nos alerta sobre determinadas “inovações” doutrinárias que surgem aos montes. Mas, saibam que as heresias são velhas, só fazem trocar de roupa. A heresia, tida por coisa nova, na verdade é uma repetição de algo que já foi dito – e combatido pelos ortodoxos – anteriormente. Mas afinal, você pergunta, porque que o Thalles personifica a heresia?

A resposta é simples: O termo latino que deu origem a palavra heresia, significa “escolha”. Escolher trilhar um caminho autônomo é algo muito tentador. Para quê seguir normas? Do que servem estes padrões pré-estabelecidos? Estes são os questionamentos de boa parte dos que chutam o pau da barraca e mandam a ortodoxia para as cucuias. Por isso que a heresia parece ser algo bom. Pois, ela lhe dá a sensação de inovação, de liberdade. Faz você pensar que criou algo, que é revolucionário, que é singular. Assim sendo, os hereges sempre se apresentam como pessoas atraentes, bacanas, descoladas... Os hereges são populares, inspiradores, admiráveis. Tal como o Thalles constrói a sua imagem, a heresia ganhou terreno na cristandade utilizando-se da mesma metodologia.

Ao chegar no talk show, trajando uma roupa com os dizeres Ide 3 (que é o nome do seu álbum), o Thalles diz que foi uma estratégia que ele teve para falar sobre Deus. Logo no começo da entrevista ele fala o seguinte: “Eu acho que religião faz mal sempre, de verdade. A minha autenticidade de falar de Deus, vem do coração que não tá misturado com pessoas, não tá misturado com seguir ninguém. Eu sigo Deus cara”.  Daí o que se segue é o relato de sua conversão. Segundo o cantor, ele comprou uma Bíblia e sozinho, desvinculado de Igreja, a partir de suas experiências foi construindo as suas convicções sobre a Divindade.

Parece que foi essa falta de alguém para lhe discipular que fez com que o Thalles não só fosse apenas uma personificação da heresia, mas também um herege que ensina uma concepção errônea e confusa sobre Deus. Eis o preço que muitos pagam por querer a “autenticidade” ao invés da infalível revelação escriturística.

COMO ASSIM, SOU DOS TRÊS?

A controvérsia sobre a Trindade é algo combatido ao longo dos séculos em toda a Cristandade. Thalles, sem criar ou inovar coisa alguma, afirma pertencer aos 3 (Pai, Filho e Espírito Santo). O problema é que embora existam 3 pessoas distintas, Deus é um só. Quando falamos por aí que somos dos 3, isso redunda em uma confissão politeísta. Devemos refutar este conceito, pois Deus é um. Vejamos o que dizem dois credos, um do século IV e um do século V:

Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso, Criador do céu e da terra, de todas as coisas, visíveis e invisíveis”.  (Credo Niceno)

Ora, a verdadeira fé cristã é esta: que honremos um só Deus na Trindade e a Trindade na unidade. (...) Sem confundir as Pessoas ou dividir a substância. (...)Contudo não são três eternos, mas um só Eterno. (...) Contudo não são três todo-poderosos, mas um só Todo-poderoso. (...) Pois, assim como pela verdade cristã somos obrigados a confessar cada pessoa em particular como sendo Deus e Senhor, assim somos proibidos pela fé cristã de falar de três Deuses ou Senhores”. (Credo Atanasiano)

Se parássemos nestes dois estaria ótimo. Mas após a Reforma, outras confissões de fé foram elaboradas, e todas elas fazem coro com estes dois antigos credos. A Confissão Belga (1561) relata que Deus é um ser único, mas que contém 3 pessoas na sua essência una. Embora:

“Esta distinção não significa que Deus está dividido em três. Pois a Sagrada Escritura nos ensina que cada um destes três, o Pai e o Filho e o Espírito Santo, tem sua própria existência, distinta por seus atributos, de tal maneira, porém, que estas três pessoas são um só Deus”.

A Confissão Helvética (1566), também é trinitariana, e diz crer e ensinar sobre Deus imenso, uno e indiviso. A crença no Deus único é clara. E mesmo esse Deus distinto em pessoas “(...) não há três deuses, mas três pessoas, consubstanciais, co-eternas e co-iguais, distintas quanto às hipóstases e quanto à ordem, tendo uma precedência sobre a outra, mas sem qualquer desigualdade. Segundo a natureza ou essência, acham-se tão unidas que são um Deus, e a essência divina é comum ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo”.

Para encerrar, utilizemos a Confissão de Fé de Westminster (1643). No primeiro artigo da segunda seção é dito que “Há um só Deus vivo e verdadeiro, o qual é infinito em seu ser e perfeições”. E o terceiro artigo diz mais: “Na unidade da Divindade há três pessoas de uma mesma substância, poder e eternidade”.

Portanto, na história da Cristandade, o conceito da Trindade está bem definido há séculos, embora seja atacado por diversos grupos heréticos que vez ou outra se levantam, acusando a doutrina trinitariana de ferir a lógica. A grande questão é que pela lógica não conseguiremos nunca compreender a Trindade. Pois, segundo nosso raciocínio lógico, 1 + 1 + 1 = 3. Já quando estamos falando sobre o ser de Deus, a conta é muito diferente: 1 + 1 + 1 = 1. Este mistério só é compreendido por fé, através da revelação vinda do próprio Deus. Trindade é unidade e a unidade de Deus é trina.

Thalles está errado em enumerar as pessoas da Trindade desta forma, pois elas não se somam entre si. Embora haja Pai, Filho e Espírito Santo, a essência não é compartilhada. Como vimos nos credos e confissões. A essência de Deus é una e não pode se dividir. Nenhuma das Confissões acima utiliza-se do plural em referência a Deidade. Todas estão de acordo em manifestar a unidade de Deus. Todas confessam e adoram a um Deus único e verdadeiro. Referir-se a Deus no plural é ferir um de seus atributos, que é a Sua indivisibilidade, e assim cometer blasfêmia.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Torno a dizer que não tenho absolutamente nada contra a pessoa do Thalles e não gostaria de prejudicá-lo. Como sempre digo: quando se trata de Ortodoxia, não estamos falando sobre mim ou você, falamos sobre Deus e sobre a maneira que Ele se revelou na Palavra. Para mim seria ótimo que o Thalles tivesse acesso a este texto e parasse de utilizar o bordão “Sou dos 3”. Compreendo que isso lhe traria certo prejuízo financeiro, pois uma série de produtos com essa marca deixariam de ser vendidos. Mas, se ele é um servo autêntico de Deus, não se preocupará com esse prejuízo, se preocupará em fazer o que é certo.

Já para aqueles que sentiram falta das referências bíblicas que respaldem a doutrina da Trindade, nem se preocupem. Deixei elas para o final deste texto. Que Deus abençoe a todos. A Ele a glória!

Mt. 3:16-17; 28-19; João 1:14, 18 e 15:26; Gl. 4:6 I Jo. 5:7.