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25 de mai. de 2016

Mormonismo - uma seita norte-americana

Por Thiago Oliveira

O mormonismo é o nome popular de uma seita fundada por Joseph Smith Jr. em 1830 no estado de Nova Iorque. O nome oficial da igreja mórmon é “Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”. Smith, segundo a história oficial da igreja, teve uma revelação aos 14 anos de idade ao perguntar a Deus, em oração, qual seria a igreja verdadeira, já que haviam tantas denominações. A resposta que alega ter recebido é a de que Deus abominara todas as igrejas até então e o levantaria para ser o fundador da religião verdadeira. Não apenas isso, Smith também seria agraciado com a revelação de um livro sagrado que complementaria a Bíblia.

Joseph Smith e seus seguidores realizaram uma marcha para o oeste dos EUA, sendo desbravadores de áreas não habitadas e fundando cidades. Os mórmons se envolveram em muitas disputas e Smith, junto com um de seus irmãos, acabou assassinado dentro de uma prisão em Illinois, no ano de 1844. Seu sucessor foi Brighanm Young, líder responsável pelo crescimento dos mórmons ao estabelecer o estado de Utah como o reduto da nova igreja. Na versão oficial da igreja, ocorreu algo miraculoso como confirmação da sucessão:

Os membros dos Doze convocaram uma reunião dos santos em 8 de agosto de 1844, na qual falou Brigham Young, o Presidente do Quórum dos Doze. Ao fazê-lo, ocorreu um evento extraordinário que foi testemunhado por muitos santos. O Presidente Young assumiu milagrosamente a aparência e a voz de Joseph Smith. “Se Joseph tivesse ressuscitado dos mortos e falado novamente para ser ouvido”, relembrou George Q. Cannon, “o efeito não teria sido mais espantoso do que foi para muitos dos presentes naquela reunião. Era a voz do próprio Joseph, e não foi apenas a voz de Joseph que se ouviu; mas parecia, aos olhos do povo, como se o próprio Joseph, em pessoa, estivesse diante deles. Nunca se ouviu falar de um evento mais maravilhoso e milagroso do que o que aconteceu naquele dia na presença daquela congregação. O Senhor deu a Seu povo um testemunho que não deixou espaço para dúvidas sobre quem era o homem que Ele havia escolhido para liderá-los”. [1]

Mas parece que o “milagre” não convenceu o filho de Smith, que junto com cerca de 5% dos seguidores de seu pai fundou uma outra igreja - hoje é conhecida como Comunidade de Cristo e sediada em Missouri, lugar que os mórmons acreditam ser a Nova Jerusalém.

HIERARQUIA DA IGREJA

A presidência da igreja é legada ao profeta e seus dois conselheiros chamados apóstolos. O profeta é auxiliado pelo quórum dos doze apóstolos. Quando morre, o membro mais antigo do quórum assume em seu lugar. Thomas S. Monson é o atual presidente. Congregações locais são lideradas sob o modelo de bispado. É tradição o presidente dar um testemunho acerca do fundador da igreja. Vejamos o que alguns ex-presidentes já falaram sobre Joseph Smith:

Joseph Smith foi escolhido para colocar-se à cabeça da obra do Senhor nos últimos dias e sua obra lhe foi atribuída por meio da presciência de nosso Pai Eterno nas eternidades, antes que ele nascesse. Ele veio no espírito de Elias a fim de preparar o caminho para a vinda de nosso Senhor. Nenhum profeta, desde a época de Adão, exceto, evidentemente, o nosso Redentor, recebeu uma missão maior que a dele”.

Presidente Joseph Fielding Smith

Quem foi Joseph Smith? O Livro de Mórmon conta que ele era da semente de José que foi vendido no Egito e foi escolhido como Abraão para cumprir uma obra na Terra. Deus escolheu aquele rapaz. Ele não era instruído, em termos do mundo, mas era o homem mais profundamente instruído e inteligente que já conheci na vida, e já viajei centenas de milhares de quilômetros, tendo estado em vários continentes e convivido com todas as classes e credos de pessoas, mas nunca conheci um homem tão inteligente quanto ele. Mas onde ele conseguiu a sua inteligência? Não foi dos livros; não foi da lógica, ciência ou filosofia de sua época, mas ele a obteve por meio de revelações de Deus que lhe foram dadas a conhecer por intermédio do evangelho eterno”.

Presidente John Taylor

A admiração à figura de Smith como o grande profeta é levada ao extremo, pois, há até mesmo hinos que são usados para louvar a sua pessoa. Caso do hino de número 14 que tem o seguinte título: “Hoje, ao Profeta Louvemos” (confira aqui).

LIVROS SAGRADOS

Além da Bíblia, os mórmons possuem outros livros que consideram sagrado. O mais importante deles seria O Livro de Mórmon – o outro testamento de Jesus Cristo. Segundo a história oficial da igreja, Joseph Smith recebeu os livros do filho de Mórmon, Moroni, um ser iluminado que indicou o local exato das placas de ouro com o conteúdo do livro. Smith, segundo seu próprio relato, foi agraciado com a capacidade de interpretar o conteúdo das placas. Vejamos o que diz na própria introdução do Livro de Mórmon:

O Livro de Mórmon é um volume de escrituras sagradas comparável à Bíblia. É um registro da comunicação de Deus com antigos habitantes das Américas e contém a plenitude do evangelho eterno. O livro foi escrito por muitos profetas antigos, pelo espírito de profecia e revelação. Suas palavras, escritas em placas de ouro, foram citadas e resumidas por um profeta-historiador chamado Mórmon. O registro contém um relato de duas grandes civilizações. Uma veio de Jerusalém no ano 600 a.C. e posteriormente se dividiu em duas nações, conhecidas como nefitas e lamanitas. A outra veio muito antes, quando o Senhor confundiu as línguas na Torre de Babel. Esse grupo é conhecido como jareditas. Milhares de anos depois, foram todos destruídos, exceto os lamanitas, que estão entre os antepassados dos índios americanos. O acontecimento de maior relevância registrado no Livro de Mórmon é o ministério pessoal do Senhor Jesus Cristo entre os nefitas, logo após a Sua ressurreição. O livro expõe as doutrinas do evangelho, delineia o plano de salvação e explica aos homens o que devem fazer para ganhar paz nesta vida e salvação eterna no mundo vindouro.”

Na mesma introdução há uma palavra de Joseph Smith na qual lemos:

Eu disse aos irmãos que o Livro de Mórmon era o mais correto de todos os livros da Terra e a pedra fundamental de nossa religião; e que seguindo seus preceitos o homem se aproximaria mais de Deus do que seguindo os de qualquer outro livro” (grifo nosso).

Podemos notar que a Bíblia fica em segundo plano, servindo apenas como um documento que faz uma ponte para os acontecimentos da escritura mórmon, e também lhe conferindo um status de autenticidade. Todavia, diferente dos fatos narrados na Bíblia, não existe nenhum achado arqueológico ou nenhum elemento de tradição oral que confirme alguma narrativa do Livro de Mórmon. Não há nenhum nome ou resquício cultural-religioso nos povos pré-colombianos que possam ser ligados ao conteúdo do citado livro.As placas de ouro também sumiram. 

Além do Livro de Mórmon, são tidos como livros de revelação e doutrinários A Pérola de Grande Valor, que tem por conteúdo os livros de Moisés, Abraão, ambos livros revelados e traduzidos por Smith, além de trechos por ele traduzidos de Mateus. Nele também encontramos a história condensada de Joseph Smith e as 13 regras de fé. Doutrinas e Convênios, composto por 138 seções que contém as doutrinas essenciais do mormonismo, todas elas frutos de revelação direta. Neste livro estão as polêmicas doutrinas mórmons e duas declarações oficiais da igreja sobre manchas na sua história. 

DOUTRINAS POLÊMICAS

Dentre muitas doutrinas problemáticas do mormonismo, podemos destacar as seguintes:

Lúcifer irmão de Jesus – Hoje a igreja não admite essa possibilidade, mas já foi uma doutrina ensinada abertamente.

Batismo pelos mortos – Ordenança realizada para que pessoas que já morreram possam obter a salvação, desde que alguém os represente realizando um batismo vicário.

Casamento Eterno (Selamento) – Outra ordenança realizada nos templos para que casais continuem casados após a morte, no céu.

Os 3 céus – Segundo a doutrina mórmon, o céu é estratificado, possuindo três divisões.

Pré-existência – A crença de que já existíamos antes de nascermos.

Maldição dos negros – Os negros seriam descendentes de Lamã, amaldiçoado, de acordo com O Livro de Mórmon, com o escurecimento de sua pele. Há uma declaração oficial da igreja, hoje, que afirma a igualdade racial.

Poligamia – Segundo declaração oficial, os mórmons acreditam que a monogamia é o padrão de Deus, mas que isso pode ser alterado por revelação em determinado período. Joseph Smith possuiu mais de uma mulher. [2]

TEMPLOS

Os mórmons tem 150 templos espalhados pelo mundo. São tidos como os lugares mais sagrados da terra. Realiza-se a investidura, o selamento e as ordenanças pelos mortos. Diferem das capelas, que são os locais de reunião.

CONCLUSÃO

De acordo com este relato resumido do mormonismo, percebemos que se trata de uma seita herética, que desvaloriza a Escritura e acrescenta revelações que tem o mesmo peso do cânon. Como Paulo bem disse em Gálatas 1.8, devemos considerar maldita toda e qualquer revelação que pregue um evangelho diferente daquele que está resumido na doutrina apostólica. Na melhor das hipóteses, o que podemos dizer é que Joseph Smith tinha problemas neurológicos. Se não for esse o cado, o que resta é má intenção.  E uma religião baseada nas experiências fantasiosas (ou no charlatanismo) de um homem, possui uma base extremamente fraca. A ortodoxia cristã precisa estar alicerçada no princípio do sola scriptura.


[1] Todas as informações e citações diretas das fontes oficiais estão em http://www.lds.org.br/

[2] Leia as declarações oficiais sobre a questão racial e da poligamia disponíveis em https://www.lds.org/scriptures/dc-testament/od?lang=por

4 de dez. de 2014

O Obscuro Ensino Adventista

Por Thiago Oliveira

Devemos tomar cuidado com doutrinas elaboradas com base em experiências (1 Tm 4.1,2) ou em revelações superiores (Gl 1.8; Cl 2.18,19). Acima de tudo, a Escritura nos orienta quanto a sua eficiência (2Tm 3.16-17; Jo 5.39,47; Mt 22.29; Jr 14.14; 23.16,31,32; 29.26). Quando certos homens ou mulheres alegam terem recebido uma visão ou profecia, devemos testar o caráter e a palavra do “profeta” com a Bíblia. Qualquer predição deve ter 100% de acerto, se isso não acontece então podemos concluir que o profeta é falso.

Pois bem, A Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD), está totalmente fundamentada em “revelações” contraditórias e antibíblicas; ainda na primeira metade do século XIX. Podemos dizer que Guilherme Miller é o fundador do adventismo, ou melhor, sua pregação lança as bases para o movimento que tem na Sr.ª Ellen White, o seu principal expoente. Toda a família de Ellen White abraçou as doutrinas do Sr. Miller e as acatou como verdade, saindo todos da Igreja Metodista para seguir o homem que calculou o retorno de Cristo para a data do dia 22 de outubro de 1844. Ele fez isso apesar de Jesus ter alertado que só Deus Pai conhece a data do final dos tempos (Mt 24: 36). Obviamente, não aconteceu. Muitas pessoas ficaram congregadas esperando o advento e...nada! Esse episódio é conhecido como o grande desapontamento. *

Não contentes em ter dado uma baita de uma bola fora, os mileristas consolaram o povo com uma visão de Hiram Edson que disse ter a resposta sobre o que realmente acontecera. Em um vislumbre, viu a Cristo entrando no lugar santíssimo do Santuário Celestial e não retornando a Terra. Ellen White disse que também recebeu uma visão confirmando a experiência de Edson sobre a entrada de Jesus no lugar Santíssimo do Santuário Celestial no dia 22 de outubro de 1844.

Aqui já vemos uma tremenda heresia. Cristo havia entrado no Santíssimo no momento de sua morte expiatória. Ele foi um sacrifício de propiciação, se não tivesse entrado no Santo dos Santos, então a redenção não estaria completa. Isso é blasfêmia. O autor aos Hebreus diz:

Quando Cristo veio como sumo sacerdote dos benefícios agora presentes, ele adentrou o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito pelo homem, isto é, não pertencente a esta criação. Não por meio de sangue de bodes e novilhos, mas pelo seu próprio sangue, ele entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, e obteve eterna redenção. ” Hebreus 9:11-12

Você consegue compreender o tamanho do engodo? O texto bíblico não diz que Jesus iria entrar, diz que ele já havia adentrado. Não é um texto profético, mas sim, um texto doutrinário. É um ensinamento apostólico que os adventistas destorcem ao afirmar que Cristo adentrou o Santíssimo 18 séculos após a sua crucificação. As visões não parariam. Posteriormente organizados institucionalmente, a IASD dependia das “revelações” de sua profetisa pra quase tudo. Foram as visões da Sr.ª White que determinaram, por exemplo, as publicações de suas obras e de outros autores adventistas, a fundação de escolas e posteriormente uma instituição de ensino para formar médicos, sendo que esta deveria ser reconhecida legalmente pelo Governo.

Um de seus ensinos mais difundidos, também recebido por meio de um vislumbre, em 1848, foi a restrição a certos tipos de alimento, tais como chá e café, que deveriam ter o consumo eliminado pelos membros da IASD. Sobre isto, se formos ler 1Timóteo 4:1-3, vamos ver Paulo falando sobre os apóstatas que surgirão nos últimos tempos, pregando coisas que são provenientes de espíritos enganadores, e dentre elas está a proibição de certos gêneros alimentícios (v.3).

Talvez, dentre várias, a grande blasfêmia seja a que está registrada no livro “O Grande Conflito” página 421, escrito pela venerada profetiza adventista. Eis a monstruosidade:

Verificou-se também que, ao passo que a oferta pelo pecado apontava para Cristo como um sacrifício, e o sumo sacerdote representava a Cristo como mediador, o bode emissário tipificava Satanás, autor do pecado, sobre quem os pecados dos verdadeiros penitentes serão finalmente colocados. Quando o sumo sacerdote, por virtude do sangue da oferta pela transgressão, removia do santuário os pecados, colocava-os sobre o bode emissário. Quando Cristo, pelo mérito de seu próprio sangue, remover do santuário celestial os pecados de seu povo, ao encerrar-se o seu ministério, Ele os colocará sobre Satanás, que, na execução do juízo, deverá arrostar a pena final. O bode emissário era enviado para uma terra não habitada, para nunca mais voltar à congregação de Israel. Assim será Satanás para sempre banido da presença de Deus e de seu povo, e eliminado da existência na destruição final do pecado e dos pecadores. ” 

Temos aqui duas heresias: a primeira, é que Satanás terá de levar sobre si os pecados dos remidos e expiá-los, tornando-o, assim, co-redentor; e a segunda, que o próprio Satanás terá de ser um dia aniquilado para que os pecados dos crentes sejam também cancelados. A Escritura é clara quando afirma que Satanás será castigado pelos seus pecados. Não encontramos em toda a Bíblia nenhuma palavra que respalde o fato de que nossos pecados serão colocados sobre ele. Nossos pecados foram colocados sobre Jesus (Jo 1.29; 1 Pe 2.24). E mais uma vez o escritor aos Hebreus mostra que a redenção/expiação já foi consumada:

Assim também Cristo foi oferecido em sacrifício uma única vez, para tirar os pecados de muitos; e aparecerá segunda vez, não para tirar o pecado, mas para trazer salvação aos que o aguardam.” Hebreus 9:28

Só mais uma ressalva. Como dito, não podemos atribuir a expiação a Satanás, pois esta é uma obra de Cristo. É do conhecimento de todos que Cristo é divino, é um componente da Trindade. Sendo assim, atribuir a Satanás uma obra que é da Trindade é cometer aquilo que está classificado como Pecado Imperdoável. Se observarmos o contexto de “Blasfemar contra o Espírito Santo”, notaremos que ele se deu no seguinte contexto, presente em Marcos 3:22-29: Os fariseus estavam atribuindo os exorcismos realizados por Jesus a Belzebu (Príncipe dos Demônios). Isto é muito grave meus irmãos!

A obra de Cristo é perfeita e completa (Jo 1.29; Cl 2.14-17; Hb 10.19,20; 1 Pe 2.24). O bode emissário não poderia ter defeitos, como é que ele tipifica Satanás? O único sem defeito algum é Jesus. A expiação é obra Dele. O bode emissário também é arquétipo do Cristo, como todo o ritual e utensílio do tabernáculo também são. Vejamos o texto da Lei:

Quando Arão terminar de fazer propiciação pelo Lugar Santíssimo, pela Tenda do Encontro e pelo altar, trará para a frente o bode vivo. Então colocará as duas mãos sobre a cabeça do bode vivo e confessará todas as iniqüidades e rebeliões dos israelitas, todos os seus pecados, e os porá sobre a cabeça do bode. Em seguida enviará o bode para o deserto aos cuidados de um homem designado para isso. O bode levará consigo todas as iniqüidades deles para um lugar solitário. E o homem soltará o bode no deserto.” Levítico 16:20-22

Esta foi a instrução para o sacrifício propiciatório, aquele que apontava para o Redentor Jesus Cristo e que hoje não se faz mais necessário, uma vez que, na cruz isto foi cumprido de uma vez por todas. Fiquemos atentos ao texto que diz que sobre a cabeça do bode, Arão, o Sumo Sacerdote, colocaria todas as iniquidades dos israelitas. Agora vejamos o que diz o profeta Isaias sobre o Messias:

Contudo foi da vontade do Senhor esmagá-lo e fazê-lo sofrer, e, embora o Senhor faça da vida dele uma oferta pela culpa, ele verá sua prole e prolongará seus dias, e a vontade do Senhor prosperará em sua mão. Depois do sofrimento de sua alma, ele verá a luz e ficará satisfeito; pelo seu conhecimento meu servo justo justificará a muitos, e levará a iniquidade deles.” Isaías 53:10-11

Isso é o que nos diz a Verdadeira Profecia. Pois, a Palavra do Senhor é totalmente inspirada pelo Espírito Santo, e este não se contradiz. Jamais o Espírito dirá aquilo que vai de encontro ao que foi registrado no Cânon. Toda a Sua atuação está em pleno acordo com aquilo que Ele deixou por escrito a Sua Igreja. Além de ser o autor da Palavra de Deus, o Espírito Santo também é o professor dela. Devemos ficar atentos com as seitas, inclusive com a IASD, pois elas são muito astutas e sutis na propagação do ensino herético. Existem neles, muito mais coisas além do sabastismo. Há muito obscurantismo em sua doutrina. Que a gente possa manter viva a máxima dos reformadores: “Sola Spriptura” e atentar para o seguinte versículo:

Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.” Gálatas 1:8
________________________
* Não apenas este parágrafo, mas toda parte histórica do texto, foi embasada em informações oficiais da IASD disponíveis em seu site:

http://www.adventistas.org/pt/institucional/os-adventistas/historia-da-igreja-adventista/os-adventistashistoria-da-igreja-adventistahistoria-no-mundo/

27 de nov. de 2014

As Técnicas de Mercado do Neopentecostalismo

Por Thomas Magnum

O objetivo de desenvolver pesquisa e denuncia do movimento neopentecostal, não é de invalidar a sinceridade de pessoas que religiosamente procuram respostas para seus problemas existenciais. Buscam tais respostas muitas vezes nas igrejas, o objetivo é de alertar aos males espirituais, sociais e familiares que tal pensamento religioso produz. É válido dizer também que sinceridade não é critério de veracidade, uma pessoa pode ser sincera, mas, estar no erro. Já fizemos uma análise do Sincretismo Neopentecostal, agora iremos pensar sobre seu interesse econômico e comercial. O mercado da fé tem sido sem sombra de dúvida um dos campos mais rentáveis no comércio moderno, movimentando milhões, tanto na frequência dos fiéis as suas igrejas ou na indústria cultural evangélica. Por isso iremos fazer uma análise comparativa com o mercantilismo e o atual pensamento comercial no campo do marketing. Então veremos que a mensagem e abordagem do neopentacostalismo são baseadas em técnicas e conceitos a muito utilizados no campo comercial e publicitário.
O mercantilismo ocorreu basicamente do século XVII até o século XVIII, estava ligado ao processo de monarquias nacionais do capitalismo comercial a serviço do estado moderno. O desenvolvimento de uma política econômica no mercantilismo tornou-se indispensável para a formação de uma monarquia absolutista. Esse avançar do mercantilismo se deu através das navegações dos povos europeus. A grande busca por metais era desenfreada e portadora de poder para negociações. Os espanhóis foram muito importantes nesse período, também pelo fato dos países ibéricos deterem grande parte dos metais da época. A balança comercial foi estabelecida pelos europeus para padronizar e dar um eixo ao negócio. Claro que os reis eram os maiores beneficiados com isso, visto sua preocupação em preservação e aumento da riqueza do reino.
A Negociata da Fé
Ao darmos um passo atrás na história no século XVI, veremos a insatisfação de muitos religiosos com o aparato mercadológico da igreja papal, sobe a égide de Leão X. O monge agostiniano Martinho Lutero discordou e veementemente denunciou a salvação por obras e as heresias e manipulações econômicas e comerciais da igreja. Na dieta de Worms lemos:
Concordas com o conteúdo ali escrito ou quer se retratar. Lutero, ressabido, pediu um tempo para responder. Foi-lhe concedido prazo de 24 horas. No outro dia, Lutero respondeu: “A menos que possa ser refutado e convencido pelo testemunho da Escritura e por claros argumentos (visto que não creio no papa, nem nos concílios; é evidente que todos eles frequentemente erram e se contradizem); estou conquistado pela Santa Escritura citada por mim, minha consciência está cativa à Palavra de Deus: não posso e não me retratarei, pois é inseguro e perigoso fazer algo contra a consciência. Esta é a minha posição. Não posso agir de outra maneira. Que Deus me ajude. Amém!”.
Será que vivemos dias diferentes hoje? As descabidas conquistas mercantilistas continuam por aí atrás do ouro. Muitos já esqueceram como o Bispo Macedo comprou a Record? Muitos não querem ver a barganha em nome de Deus, da mesma forma que era feito no século XVI. Porque será que o culto a personalidade não tem sido refutado? O comércio da fé justificado por líderes que se dizem cristãos. Cantores publicanos, nicolaítas, adeptos de Balaão. Talvez você esteja dizendo, mas essa palavra é muito ofensiva, faço minhas as palavras de John MacArthur: Nunca suavize o evangelho. Se a verdade ofende, então deixe que ofenda. As pessoas passam toda a sua vida ofendendo a Deus; deixe que se ofendam por um momento. Deus não divide sua glória, “a minha glória não a darei a outrem”. Isaías 48.11.
"Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o SENHOR". Jeremias 23.1.
Filho do homem profetiza contra os pastores de Israel; profetiza, e dize aos pastores: Assim diz o Senhor DEUS: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não devem os pastores apascentar as ovelhas? Ezequiel 34.2.
A contínua sede de poder por parte de pastores que negociam a fé, que manipulam as ovelhas, que abusam espiritualmente delas e em alguns casos até fisicamente. Esse mercantilismo que guerreia através de técnicas de marketing, não para o crescimento do reino, mas para a construção de um império particular. Os escândalos continuam a aparecer, pastores milionários, lavagem de dinheiro, investimentos com o dinheiro da igreja, paraísos fiscais e por aí vai. Ao elaborar uma campanha de marketing temos alguns pontos que quero considerar.
O Marketing
Façamos algumas elucidações sobre estratégias de venda.
Geomarketing – É o composto do marketing, a forma que o mercado se organiza num espaço físico, analisando as variáveis.
Marketing direto – É uma forma de personalização de atendimento e produto.
Marketing concentrado – Busca obter resultados em determinado mercado. A empresa visa dominar o mercado.
Marketing cultural – Visa agregar valor para a imagem da empresa.
Marketing de massa – Tem o objetivo e atingir todos os consumidores de maneira única.
Poderíamos aumentar a lista, mas, é suficiente. Temos agora essa visão mapeada de algumas estratégias de marketing, podemos com isso compreender como o neopentecostalismo utiliza-se dessas ferramentas. Por isso, os veículos de comunicação de massa têm sido tão explorados por grupos neopentecostais.
Vemos que a antiga sede mercantilista ainda transparece no mercado comercial hoje, essa contemporaneidade é vital para a sustentação do comércio. Essa negociação está presente desavergonhadamente nas igrejas neopentecostais, que em seu sincretismo e paganismo tem prestado seu culto não ao verdadeiro Deus, mas, a Mamom. Desavergonhadamente manipulam e alimentam suas contas bancárias com a renda dos fiéis. Em uma reunião de uma igreja dessas, temos o momento de que parece um leilão. Quem pode dar R$ 1.000,00? Quem pode dar 500? 250? 100? Se você só tem a passagem do ônibus dê ao Senhor, ele te restituirá. Parece brincadeira, mas é verdade. Outro caso muito conhecido são as campanhas, quem já viu uma campanha dessas sem contribuição financeira? E se coloca sobre o fiel o fardo da maldição se não for dizimista fiel, se não participar das campanhas, se não for associado, não será abençoado, R.R Soares geralmente diz em seus programas, “Se Deus não tocou em seu coração não seja associado”, perceba a manipulação psicológica. O que lemos nas Escrituras sobre dízimo e ofertas é baseado na disposição voluntária do crente, não por uma imposição legalista e charlatã. Em quantas igrejas neopentecostais se tem registro do rol de membros? Nenhuma, porque o público é volátil, em quantas tem seções administrativas ou assembleia de membros para dar aos membros transparência das receitas e despesas do mês? Nenhuma.
Como vemos o negócio da fé é muito bom par atais lobos. Aproveitando-se da fachada de instituição religiosa, ganham seus montantes em nome da fé. O nome que damos para isso é simonia. O termo vem do episódio em Atos 8.18 que Simão o mago ofereceu dinheiro aos Apóstolos par comprar o poder de Deus, ninguém pode manipular Deus, nem comprar com obras ou somas de dinheiro, ofertas, campanhas ou dízimos o seu agir.
Mas disse-lhe Pedro: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro. Tu não tens parte nem sorte nesta palavra, porque o teu coração não é reto diante de Deus.Arrepende-te, pois, dessa tua iniquidade, e ora a Deus, para que porventura te seja perdoado o pensamento do teu coração;Pois vejo que estás em fel de amargura, e em laço de iniquidade. Atos 8.20-23.
O Fator Econômico
Qualquer estudo introdutório de economia levará o leitor ao estudo de oferta e demanda. Podemos identificar isso facilmente nos arraiais neopentecostais. Os pregadores da fé tem o produto (discurso motivacional ou dualista), e a busca por isso na religiosidade sincrética brasileira desenvolve a demanda nesse contexto de fé mística e cega. Ao usar aqui o termo fé empregamos como crença e não como a fé bíblica que é um dom de Deus. O querer que o fiel prospere é devido aos interesses mercadológicos da empresa, quanto mais o adepto ganha, mais ele contribui e participa de outras campanhas, ou seja, a filosofia é puramente pragmática. Se funcionar então está certo.
O maior problema do engano de muitos crentes seduzidos pela astúcia de Satanás no movimento da fé é a falta de exame da Palavra de Deus, os fiéis não leem a Bíblia (Isaias 34.16). Não meditam nela (Salmos 1.2), não examinam (João 5.39). A questão não é Sola Scriptura, mas também Tota Scriptura. Porque o movimento neopentecostal usa a Bíblia, indevidamente, mas usa. A questão é Somente a Bíblia e Totalmente a Bíblia.
Pois o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram a si mesmas com muitos sofrimentos. I Timóteo 6.10.
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Fonte da imagem aqui