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22 de jul. de 2015

O problema em "aceitar" Jesus

Por Luciana Barbosa

“Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, também chamou; aos que chamou, também justificou; aos que justificou, também glorificou.”

Romanos 8.29,30

Certa tarde escutando uma rádio evangélica, o locutor abriu oportunidade para seus ouvintes que estavam desviados voltarem pra Jesus. Uma mulher ligou pedindo oração, pois, já tinha “aceitado” Jesus três vezes e não conseguia se firmar. O locutor disse que era normal, pois, quando “aceitamos” Jesus o mundo se volta contra nós... Oi? O quê? Como assim? O que a Bíblia fala sobre a conversão? Será que da base para isso que o locutor disse?

16 de jun. de 2015

Vivificados Para a Morte

Por Thomas Magnum

“Assim, façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena de vocês: imoralidade sexual, impureza, paixão, desejos maus e a ganância, que é idolatria.”

Colossenses 3.5

“O que é central na mensagem cristã das boas-novas, o Evangelho para o mundo? Uma coisa somente, a morte redentora do Senhor Jesus Cristo”.

Francis Schaeffer

Ao lidarmos com a morte estamos tratando de algum tipo de separação, algum tipo de distanciamento necessário por algum motivo - seja ele evidente ou não. A morte física é a separação da nossa parte imaterial da nossa parte material; a morte espiritual é a separação de nosso ser interior, nossa alma, de Deus. Esse distanciamento de Deus nos destituiu da sua glória. Na sua glória existe vida e morte, a majestade e julgamento, o poder e a graça, santidade e luz. Mas as Escrituras não tratam apenas dos tipos de morte citadas acima, tratam também da morte do cristão, da mortificação de nossa natureza caída. E não é só isso, mas, como dizia Francis Schaeffer, trata da centralidade da morte.

19 de mai. de 2015

Fábio de Melo não é Lutero e nem saiu da Igreja Católica

Por Thiago Oliveira

O Pe. Fábio de Melo, bastante conhecido por ter uma boa aparência e seguir uma carreira de cantor, tanto que alguns o chamaram de “padre galã” assim que sua popularidade foi alavancada, vem sendo alvo de notícias mentirosas. Tudo começou devido a um sermão em que o padre supostamente teria atacado a veneração mariana (veja). Todos sabemos que a veneração à Maria é um dogma inegociável da Igreja Católica e foram os reformadores, no século XVI, através do tema Solus Christus (Somente Cristo) que aboliram a devoção à mãe de Jesus, pois, Cristo é o único objeto de adoração para o cristão, e esta adoração não precisa de nenhuma outra mediação, pois Jesus é o único mediador (1 Tm 2.5). 

30 de jan. de 2015

Rivais de Jesus

Por Francis Schaeffer

Tendo enfatizado que Jesus precisa ser o centro de nossa vida, quero mencionar quatro outras coisas que devemos cuidar de não pôr lá. A primeira é qualquer estado totalitário ou qualquer igreja totalitária. Se eu tenho a perspectiva que os discípulos foram instruídos a ter no Monte da Transfiguração – “este é meu filho amado...a ele ouvi” – então não há lugar nenhum para qualquer coisa totalitária! Nem uma igreja que se impõe entre o indivíduo e Deus, nem um estado que exige lealdade primária tem tal direito. Há um lugar legítimo tanto para o estado como para a igreja, mas não no centro. O centro precisa ser uma Pessoa.

Estados totalitários, autoritários, não estão longe de nós. Sentimos seu hálito em nossas nucas, a cada volta – não só em países comunistas, como também em elites modernas do mundo ocidental. O cristão sempre deve dizer: “Quero que o estado e a sociedade tenham o seu lugar apropriado. Mas se tentarem chegar ao centro da minha vida, sou contra, porque só Jesus deve estar lá”.

Esse perigo é mais sutil num cenário religioso, e especialmente em um cenário evangélico, quando manifestado na forma de uma liderança humana totalitária, autoritária. E porque isso também costuma fazer pressão sobre nós, devemos ter cuidado constantemente. Deve haver liderança humana na igreja, sob a liderança do Espírito Santo, mas é errado aos homens, mesmo os homens bons, assumirem para si o centro. A mentalidade de Paulo, como vimos, não era essa. Nem a de João Batista. Só o Deus triúno pode ser central. O perigo não precisa vir de um Hitler ou Stalin. Pode vir de um cristão que se empolga tanto com a mecânica da liderança que, inconscientemente ou não, põe-se no lugar onde só Deus deve estar.

Se vivêssemos num estado totalitário, estaríamos bem apercebidos disso. E mesmo numa igreja, uma liderança totalitária, autoritária, provavelmente nos faz sentir desconfortáveis, como um casaco muito apertado. Mais difícil de detectar, porém, é uma fase do trabalho cristão se tornar central em vez de Cristo e a Trindade serem centrais. Quando o trabalho cristão se torna o centro de integração, isso também é errado.

É curioso que nós podemos fazer coisas em nome de Cristo ao mesmo tempo que o empurramos para fora do palco. Consigo ver isso mais claramente quando uma igreja se empolga com um projeto de construção e move o céu e a terra para completá-lo. Uma cobertura sobre nossa cabeça é necessária, mas isso é só uma parte mínima do ministério da igreja. O edifício é apenas um instrumento.

Lutar pela evangelização e salvação de almas também não se deve tomar a importância primária; mas quantas vezes isso acontece! Outras pessoas, com razão, veem a igreja ameaçada por apostasia, mas também passaram a fazer a pureza da igreja visível o centro de sua vida. Em todos estes casos Jesus pode permanecer como tópico de conversa, mas sua centralidade verdadeira foi esquecida. Em nome de Cristo, Cristo é tirado do trono. Quando isso ocorre, mesmo o que é certo fica errado.

Mas sutil ainda é tornar certas doutrinas o ponto central. Por exemplo, podemos calcular: Eu sou presbiteriano, por isso vou dar ênfase acima de tudo à doutrina da predestinação. Sim, a soberania de Deus deve ser ensinada, mas alguns de meus amigos o enfatizaram tanto que a doutrina, e não Deus, tem se tornado o centro de seu ministério. Isso pode acontecer com outras doutrinas. Certamente você já conheceu pessoas que tanto enfatizaram o tipo de batismo que uma pessoa deve ter que isso se tornou o centro da conversação, o centro da batalha, realmente o centro da perspectiva. Logo que fazemos isso com qualquer doutrina, é como um pneu furado que faz o carro inteiro dar solavancos.

Na realidade só há um centro, não só como doutrina, mas na prática – Cristo e a Trindade. O que o Deus ´que está i tem a dizer sobre si próprio? logo que respondemos a essa pergunta e vivemos na base da resposta, tudo se encaixa no lugar, como um guarda-roupa belamente organizado ou uma linda seleção de música de Bach, em que cada voz tem seu lugar.
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Extraído do livro "Não há gente sem importância". p.159.