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30 de jan. de 2017

Livros para você ler no presente ano


Olá pessoal!

Janeiro acaba hoje, mas o ano de 2017 ainda tem mais onze meses. Então se você está chateado por não ter começado suas leituras, ainda dá tempo de ler um bocado. E visando ajudar as pessoas dando algumas indicações, nossa equipe se juntou novamente para recomendar livros que já leram e que consideram importantes. A lista está bem diversificada, com livretos, livros mais densos e até mesmo obra não teológica. 

Sem mais delongas, vamos as indicações!

Thomas Magnum recomenda Oração - Experimentando intimidade com Deus


Timothy Keller é um dos grandes escritores evangélicos do nosso tempo. Seu ministério em Manhattan na Redeemer Presbyterian Church, onde é pastor, tem gerado frutos pelo mundo todo. Seu trabalho como escritor reflete muito do seu trabalho como pastor. Esta obra que indico é um dos mais recentes lançamentos do autor em português da Editora Vida Nova. Um livro que com certeza vale a leitura pela sua característica devocional e teológica. O autor como é de costume em seus livros, inicia falando sobre a realidade e necessidade da oração no coração de todos os homens e empreende uma pesquisa sobre o fator oração com dados interessantes. Depois passa a desenvolver a temática com maestria. Keller trabalha os ensinos bíblicos sobre o assunto, citando  Agostinho, Lutero e Calvino também.

Luciana Barbosa recomenda Evangelização


O livro de J. Mack Stiles é parte integrante da série 9Marcas construindo igrejas saudáveis Seu subtítulo instigante é “como criar uma cultura contagiante de evangelismo na igreja local”. Um livreto de 136 páginas, no entanto gigantesco em conteúdo. Ele o motiva como igreja a anunciar as boas novas de salvação como de fato a Escritura nos ordena a fazer.

Morgana Mendonça recomenda São Basílio - Carta aos jovens sobre a utilidade da literatura pagã




Indico com grande entusiasmo o livro da editora Ecclesiae. Seguido de duas homilias sobre o desapego das coisas mundanas e sobre a humildade. Um livro pequeno, contudo é carregado por uma nobreza admirável. São Basílio foi um grande estudioso, tornou-se bispo de Cesaréia (370), mordomo de uma mente brilhante, seus escritos tem como propósito marcar nosso coração, consequentemente nossa vida. Sua pena desenvolve com maestria argumentos em favor da utilidade da leitura dos clássicos gregos que sofriam muitas críticas devido aos seus elementos contrários à doutrina cristã. Ele ensina como devemos tirar proveito, isto é, reter o que é bom e relevante para a doutrina bíblica. Conselhos virtuosos, princípios morais e grandiosos exemplos de virtudes, tudo isso é apontado por Basílio como sólido conhecimento para o jovem estudioso. Recomendo a leitura, inclusive analítica, desse livro.

Felipe Duarte recomenda Sola Scriptura e o Princípio Regulador de Culto


Brian M. Schwertley é Mestre em Divindade e disserta nesta obra sobre o padrão cúltico reformado à luz das Escrituras. Em outras palavras, segundo o pastor, o Princípio Regulador do Culto abrange não uma maneira entre tantas de cultuar o verdadeiro Deus, nem a melhor ou principal delas. Mas aponta para a única forma de cultuá-lo. Assim, “... os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores.” João 4.23

Hugo Wagner recomenda Igreja Intencional


É um livro fruto do ministério 9Marcas do qual Mark Dever é diretor Executivo. O mesmo reflete a atividade ministerial prática da igreja Batista de Capitol Hill, da qual o Mark pastoreia na cidade de Washington, D.C. O livro teve a sua primeira edição em português em 2008, com o titulo “Deliberadamente igreja”, sendo essa a tradução mais fiel ao titulo em Inglês, tendo uma nova edição no ano de 2015 com o titulo supracitado. Nós recomendamos esse livro a todos os lideres e pastores, principalmente aqueles que estão começando o ministério. Entendemos que o mesmo não é uma formula para o sucesso da igreja; mas um manual prático de como administrar a igreja local de forma saudável em todas as suas atividades diárias, tendo sempre e unicamente as Escrituras como fonte e alicerce de todo trabalho. O texto nos conduzirá a um aprofundamento de como devemos organizar e tratar a estrutura da igreja, o seu caráter, a sua forma, o seu conselho Eclesiástico, a sua membresia, a sua adoração e a sua missão proclamadora. Eu entendo que esse livro é um texto necessário para os que desejam uma igreja comprometida com o padrão bíblico, e que querem vivenciar de forma prática e saudável um verdadeiro crescimento.

Thiago Oliveira recomenda Invasão Vertical dos Bárbaros


O livro do filósofo Mário Ferreira dos santos é um manifesto, e denuncia o projeto que busca solapar a cultura através de uma invasão na própria cultura - onde o barbarismo se camufla de civilizado e propaga seus baixos ideais. Dentre o que se denuncia, o autor - que publicou a obra nos idos dos anos 60 - já alertava sobre a exploração da sensualidade, a valorização do corpo em detrimento da mente, a disseminação do mau gosto (como se a estética não tivesse relação com a ética), as acusações contra o cristianismo, as blasfêmias, a leniência com relação aos criminosos, o aumento da juventude transviada, a desvalorização da inteligência, a repetição e a desumanização do homem. Enfim, obra essencial que precisa ser lida e disseminada.

Samuel Alves recomenda A Bíblia e o Futuro


Indico esta obra do Anthony A. Hoekema, editado pela Cultura Cristã, por ser um livro que esclarece alguns temas escatológicos de acordo com a revelação bíblica. Como diz o pastor Jonas Madureira, este é um daqueles livros que você não pode passar dessa vida sem ler.

26 de dez. de 2016

A Maravilha do Natal

Por Hugo Wagner Silveira Melo

Essa é uma época do ano quando, querendo ou não, somos levados a pensar no nascimento de Cristo. Eu desejaria que houvesse outros dias mais de Natal ao ano. Pois seriamos mais vezes levados a refletir sobre o Cristo que nasceu na Manjedoura. Charles H. Spurgeon falando sobre Natal diz:

“Posto que é legitimo e digno de elogio meditar na encarnação do Senhor em qualquer dia do ano, não está no poder das superstições de outros homens converter tal meditação imprópria no dia de hoje (Natal). Então, sem importar a data, devemos dá graças a Deus pelo dom de Seu Filho amado”. [1]

“O dia de Natal é realmente uma benção para nós... No entanto, ainda que não sigamos os passos de outras pessoas, não vejo dano algum em pensarmos na encarnação e no nascimento do Senhor Jesus”[2]

O evento do qual Spurgeon esta falado é totalmente bíblico. Nós celebramos o Natal porque não podemos erradicar a partir de nossa consciência a nossa profunda consciência da diferença entre o sagrado e o profano.  Quando Deus apareceu a Moisés na sarça ardente, o fundamento de que era anteriormente comum de repente se tornou raro. Agora era terra santa - espaço sagrado. Aonde Deus toca, torna-se lugar santo. Nunca houve um lugar mais santo do que a cidade de Belém, onde nasceu o Redentor. Como relatar a profecia: “E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.” (Mq 5:2)

A palavra Belém quer dizer “casa de pão”; Efrata significa “Fecundidade” ou “abundância”. Ele teria que nascer em Belém Efrata, pois seria o alimento de seu povo, pois dali seria dado ao homem o pão da vida. Como também nos faria fecundos: Jesus é que nos faz fecundos. “Quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto” (João 15:5) Gloriosa Belém Efrata! Fértil casa de pão – a casa de abundante provisão para o povo de Deus! Nossos pobres corações infrutíferos e famintos, nunca produziram nenhum fruto, nenhuma flor e nem o pão que nos saciaria. É o seu nascimento que enriquece o solo de nossos corações, que alimenta a nossa alma faminta. Esse é o maravilhoso natal.

Passo a listar três razões pelas quais considero maravilhoso o nascimento de Cristo:

Em Primeiro Lugar, porque Declara a Fidelidade De Deus

Toda a história da Bíblia constrói um clímax, pré-anuncia o nascimento do Messias naquele estábulo a mais de dois mil anos atrás, essa historia, nos mostra a progressão da revelação de Deus quanto ao seu ato redentivo. 

Adão e Eva mal tinha digerido o fruto proibido quando Deus pronunciou a promessa de uma descendência que feriria o calcanhar da serpente (Gn 3.15). Em seguida, Deus escolheu a família de Abraão, para servir como um canal de bênção para todas as nações através do seu descendente, Cristo (Gl 3.16). Em cerca de mil anos antes do nascimento de Cristo; Deus escolheu Davi para ser rei sobre Israel. Não só o Messias será um descendente de Abraão, mas também um descendente do rei Davi, ele seria conhecido como a raiz Davi, no qual reinaria no trono por toda eternidade.

 Os profetas anunciavam a vinda do Messias; Aquele que seria a semente da mulher; O Emanuel – Deus conosco; O cabeça do pacto; Aquele que existia desde os tempos eternos: O Leão da tribo de Judá, cujo o seu Rugido ecoa até hoje; a grande Luz para os que andavam nas trevas e o Maravilhoso Tudo isso preparando o terreno para a chegada do Messias e para o cumprimento da promessa. Como bem falou Martyn Lloyd-Jones:

“Aqui esta o Grande cumprimento. E por isso vocês podem dar-se conta de que todos os profetas e salmistas do Velho Testamento viram isto. Eles olhavam para o futuro; sabiam que este evento iria cumprir todas as promessas...”[3]

O nascimento de Cristo nesse mundo é o cumprimento de todas as promessas de Deus. Quando Mateus abre seu Evangelho, ele apresenta Jesus como o filho de Abraão e filho de Davi, a organização da genealogia de Jesus estão em três séries de catorze gerações, cada uma desde Abraão até Davi, de Davi até o exílio, e desde o exílio até Jesus. Lucas, da mesma forma, mostra que, em Jesus, a uma infinidade de promessas feitas no passado que têm encontrado o seu cumprimento. João, finalmente, retrata Jesus como o verbo pré-existente de Deus que se fez carne e tabernaculou conosco.
Esta é a matriz messiânica tecida pelos escritores bíblicos sobre a história redentiva. Para aqueles que têm abraçado a mensagem do Natal - que Jesus é o restaurador e salvador do seu povo nascido de uma virgem por obra do Espirito Santo, essa é a história da redenção. Neste evento, vemos que Cristo cumpre o texto do antigo pacto. Ele cumpre as suas verdades e doutrinas.  Ele cumpre as suas cerimônias e rituais. Ele cumpre as suas promessas e profecias. Ele é o ponto central da história. E nesse sentido, vemos a fidelidade de Deus.
A Segunda razão pelo qual o nascimento de Cristo é maravilhoso: porque revela o Poder de Deus
Martyn Lloyd-Jones nos mostra que esse é o sentido do natal, é Deus revelar o seu poder:
“Deveria ser evidente por si mesmo que o que se anuncia é inteiramente de Deus. É o anuncio do que Deus fez, faz, e fará. Essa é a essência disso tudo... Deus fez. Deus manifestará o seu PODER. É disso que trata o natal”. [4]
O anjo declara a Maria: "O Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te encobrirá; portanto, a criança que vai nascer será chamado santo - o Filho de Deus "(Lc 1:35). Essa criança que nasceu normal, foi fruto da ação sobrenatural do Espirito em sua concepção, isso porque veio do seio do Pai. O nome do Altíssimo é o superlativo do termo grego para a altura. Em outras palavras, Deus é o mais alto: "Eis que o céu e o céu dos céus não te podem conter" (1 Rs 8:27.). Esta é a vinda do próprio Deus em forma humana. Esta é a chegada do unigênito do Pai, a humanização e a manifestação da onipotência Divina. 
Maria ficou perplexa por causa de tão grande revelação sobre aquele que haveria de nascer dela. Aquele filho que seria gerado em seu ventre é ao mesmo tempo filho do eterno de Deus. Essa criança que haveria de nascer de Maria tinha a procedência e todas as propriedades da natureza Divina, assim como haveria de ser um homem completo com todas as propriedades essenciais que um ser humano possui.
Sobre as duas naturezas de Cristo, Paulo nos ensina escrevendo aos Gálatas: “Mas vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gl 4.4). Em Cristo, temos o criador e criatura, a força e fraqueza, o eterno e o temporal, a imutabilidade e mutabilidade, independência e dependência, o infinito e o finito. Em Cristo a natureza humana e a natureza divina estão unidas, mantendo-se distinta. Sua natureza humana absorver Sua natureza divina e sua natureza divina absorver Sua natureza humana. Ele é totalmente Deus e totalmente homem em uma pessoa. Isso é maravilhoso demais! Talvez você pergunte, por quê? Eu responderia dizendo que essa é a nossa única esperança de salvação. Se não houvesse a união das duas naturezas numa só pessoa, a pessoa Divina do verbo não poderia ser representante de pecadores. Pois se o salvador tivesse somente a natureza Divina, ele não poderia sofrer as penalidades divinas no lugar do pecador; Mas também o redentor deveria ser homem em todas as coisas. É isso, que o escritor aos hebreus nos diz: “Por isso convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos”... (Hb 2.17). só assim, sendo homem, Cristo seria capaz de ser o nosso substituto. Como Deus, Cristo é capaz de suportar os nossos pecados sem ser corrompidos com eles. Se Ele tivesse sido um mero homem - embora um homem perfeito - Ele não podia ter assumido a imputação do nosso pecado sem ser corrompido por ele. Se Jesus fosse somente um homem, ele não poderia realizar ao nosso favor e nem em nosso lugar a obra para a qual veio. O redentor deveria ser verdadeiro Deus e verdadeiro homem para ser um poderoso salvador.
A Terceira e ultima razão por que o natal é maravilhoso: porque revela a Graça de Deus
Aqui Deus revela o proposito final do seu pacto da redenção e da graça; E o alvo final desse pacto é o Cristo. Natal é o anuncio da maravilhosa obra de Deus, é Deus descendo para salvar graciosamente o seu povo. O anjo declara a José: "Ela dará à luz um filho; e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados" (Mt.1:21). Note que, Cristo salva o seu povo dos seus pecados. Por quê? Porque os nossos pecados nos afastam de Deus. Os nossos pecados ofendem a Deus. Como resultado, estamos sob a condenação Divina. Cristo salva o seu povo  dos seus pecados. Como? "Ele levou os nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro..." (1 Ped. 2:24). Isso é substituição. Seu sangue satisfaz as santas exigências de Deus e por isso o natal é maravilhoso, porque é o derramar do perdão gracioso de Deus sobre pessoas indignas. É Deus nos dando aquilo que não merecemos. Isso é graça!
Vemos essa verdade na genealogia de Cristo. Abraão está listado nela; E o mesmo mentiu sobre a identidade da sua esposa, a fim de salvar sua própria pele. Jacó está listado; Ele foi um enganador, enganou seu próprio pai, enquanto ele estava deitado em seu leito de morte e também o seu próprio irmão. Davi está listado; Ele foi chamado o homem segundo Deus, o mesmo foi um adúltero e assassino. Ele tirou a vida de um homem, que teria de bom grado dado a sua. Rute está na lista; Ela é fruto de uma relação ilícita entre Ló e uma de suas filhas; Ela é uma moabita – de uma nação sob maldição! Quanta vergonha e desgraça! O que todas essas pessoas têm em comum conosco?  Uma natureza pecadora e totalmente necessitada da graça salvadora de Deus. Por isso Cristo veio, para salvar o seu povo dos seus pecados.
O nascimento de Jesus Cristo trouxe ao homem o evangelho da graça de Deus; É chamado de o “evangelho da graça” por que alcança o pecador num estado de miséria e de desmerecimento; por que anuncia a redenção sem que o pecador tenha que fazer coisa alguma, sendo uma obra exclusiva de Deus; E por isso Ele sendo Deus, tomou a forma de servo; Sendo o Criador, tornou-se uma criatura; Ele não tinha pecado, mas se fez pecado por nós; Ele era o prazer do Pai, mas Ele se tornou o objeto da ira Divina. Por que Ele fez isso? Ele fez tudo isso, a fim de salvar o seu povo dos seus pecados. Essa é a maravilha do Natal! 

BIBLIOGRAFIA

[1] Charles Haddon SPURGEON, “A Alegria Nascida em Belém” Ed. Projeto Spurgeon – Edição 24 de Dezembro de 1871, Newington, Londres. p.4

[2] Charles Haddon SPURGEON, “A Encarnação e o sofrimento de Cristo” Ed. Projeto Spurgeon – Edição 23 de Dezembro de 1855, Em New Park Street Chapel, Southark – Londres.. p.1

[3] Martyn Lloyd-Jones, “Sermões Natalinos” Exposição do Magnificat, Ed. PES - Bryntirion Press, 1ª Edição em Português 2009, p.67


[4] Martyn Lloyd-Jones, “Sermões Natalinos” Exposição do Magnificat, Ed. PES - Bryntirion Press, 1ª Edição em Português 2009, p.33

29 de abr. de 2016

Indicação de Livros para Pastores



Alguns de nossos articulistas exercem o pastorado e tem contribuído para preservar e propagar a sã doutrina no âmbito da igreja local. Como muitos pastores e também candidatos ao pastorado leem o nosso blog, decidimos fazer uma pequena lista de indicações especialmente para aqueles que têm a honrosa e diligente vocação para cuidar do rebanho do SENHOR. Cada articulista indicou uma obra apenas, dando um total de cinco livros que como diz um outro pastor – Jonas Madureira – você não pode passar dessa vida para outra sem lê-los. Em cada endosso há o link para que você possa obter informações e também adquirir as obras. 

Vamos as indicações!



Paul Tripp é escritor profícuo, palestrante e principalmente pastor, e isso, o respalda para falar do assunto. Esse livro me surpreendeu! De forma prática e clara o autor trata de temas relevantes e reais da vida do pastor. Ele nos leva a fazer um autoexame constantemente de acordo com a progressão da leitura. O livro nos ajuda a olharmos pra nós mesmos, para o nosso coração a partir das Escrituras e identificarmos os nossos pecados. O mesmo nos confronta a todo instante, nos deixando desconfortáveis diante da exposição das nossas falhas e limitações. São momentos de autorreflexão que nos incentivam humildemente à mudanças. O mesmo trabalha temas diversos sobre a vida e ministério pastoral, sempre de forma expositiva; Ele Trata das nossas guerras, dos nossos medos e temores, de mentes brilhantes quanto à teologia, mas corações doentes, de uma identidade que precisa ser achada e tratada pelo espelho da Palavra, da Gloria própria que precisa ser eliminada, da pregação centrada em nós mesmo e de perigos diversos quê assolam o ministério pastoral. Esse livro me fez ver, a necessidade que temos de sermos pastoreados, como diz o autor: “que possamos desativar o nosso advogado interior, o eu, abrindo o coração para ser tratado”.



Gostaria de indicar este livro do John Sittema. Uma obra que aponta para os desafios que surgem no seio da igreja e como um presbítero deve agir. Esta valiosa literatura nos mostra a responsabilidade pastoral do presbítero e nos leva refletir sobre o resgate de uma liderança bíblica em nossas igrejas locais. 



Um livro importante que levanta uma reflexão e uma discussão salutar e profunda sobre o pastorado como um exercício de teologia pública não apenas numa visão reducionista do termo como restringindo-o a uma teologia cultural, mas, um exercício teológico de atuação pública na pregação, visitação, aconselhamento pastoral e demais atividades relacionadas ao ministério da Palavra; como atuante na esfera pública não num âmbito rasteiro, mas, amplo, largo, profundo e denso. O livro é uma leitura importante para pastores e seminaristas que desejam frutificar em seu serviço a Deus com uma teologia sólida e pastoral.


Fui presenteado com esse livro. Foi o primeiro que li após assumir o pastorado de uma igreja local. Partindo das orações de um ministro puritano (George Swinnock), o autor expõe os deveres e anseios pastorais para que redundem em maior glória a Deus. O livro ainda contém um sermão de Swinnock quando este se despediu de sua congregação. Em tempos de confusão sobre o que venha a ser um pastor fiel, este livro tenta resgatar as bases do pastorado, que são a fidelidade à Palavra e humildade. Como o velho puritano diz: “...o ministério pastoral não é uma escolha de carreira profissional. Ele é um chamado elevado e santo”.



Publicado pela Moody Publishers. Sabe-se que a Cultura Cristã publicará este livro ainda neste ano. Ele aborda questões já conhecidas como o chamado para o ministério e as diversas funções constituintes do múnus pastoral. Os capítulos de que mais gosto são: o de nº 6, em que os autores abordam a necessidade de o pastor continuar estudando; o de nº 10, sobre a responsabilidade pastoral na condução do culto solene; e o de nº 14, onde eles abordam, dentre outras coisas, o desencorajamento e as críticas enfrentados pelos ministros do evangelho. Certamente, quando for publicada em português, esta obra será de grande auxílio. Se você lê inglês, então leia-o.

5 de fev. de 2016

Nove Livros Que Você Precisa Ler em 2016



2016 ainda está no seu início. E aqui no país muitos dizem que as coisas só começam para valer depois do carnaval. Mas nós não nos encaixamos nisso, ok. Então: Você já começou ou já concluiu alguma leitura este ano? Não? Por que? Não tem ideia de qual livro começar? Bem, nós facilitamos um pouco para você com 9 indicações de livros que você não pode deixar de ler neste ano.

Confira a lista e boa leitura!


Samuel Alves indica O Espírito Santo


Uma compilação extraordinária do "Príncipe dos Puritanos" John Owen. Um livro que merece ser lido em caráter de urgência. Um clássico que o Owen escreveu para dar uma resposta ao racionalismo dos socinianos, ao misticismo dos quakers e ao fanatismo dos entusiastas que alegavam ter revelações diretas de Deus, heresias que existem em nosso tempo e precisam ser combatidas. Super indico este livro!

Morgana Mendonça indica A Doutrina do Arrependimento


Um livro da editora PES, de um grande orientador espiritual do século XVII, pastor e mestre puritano: Thomas Watson. Esse livro me impressionou e me impressiona todas as vezes que volto os meus olhos à sua leitura. Acredito no sentido de urgência da leitura desse texto, que tanto traz conhecimento como fala ao coração. Arrependimento não é algo muito ensinado nos nossos dias, a leitura afeta o leitor sobremaneira com palavras simples e uma honestidade intelectual vibrante. Uma afetada, como eu, só pode recomendar que seja uma leitura anual e programada.

Hugo Wagner indica Grandes Temas da Tradição Reformada


O livro que gostaria de indicar pra vocês é fruto de uma leitura direcionada, feita nas férias para compor o conteúdo da cadeira sobre teologia dos reformadores que irei aplicar nesse semestre no seminário. Organizado e editado por Donald K. McKim, que é um teólogo reformado, presbiteriano, americano e editor. Esse livro da Editora Pendão Real é um ensaio que nos fará entender os principais temas teológicos da tradição reformada. São textos de diversos autores reformados, que seguem duas categorias: A primeira é de uma investigação e desenvolvimento histórico dos principais temas da reforma. A segunda trata de tópicos teológicos na visão dos reformadores (João Calvino, Martinho Lutero, Ulrico Zuíngliu e outros). O enfoque do livro é teológico com uma orientação histórica da reforma. O autor nos coloca diante de diversos debates ocorridos na historia da tradição reformada dos mais diversos temas.     

Alan Rennê indica A Fábrica de Sonhos da Pixar


Escrito por um pastor protestante, este livro nos ajuda a percebermos as visões de mundo e os valores transmitidos por várias das animações do famoso studio Pixar. Filmes como Os Incríveis, Carros, Vida de Inseto, Up - Altas Aventuras etc. são examinados quanto a assuntos como: coragem, amor, ambição, amizade, família, justiça e muitos outros. Em dias de interação paroxísmica como produções culturais é imprescindível estar por dentro dos valores e filosofias transmitidos via cultura popular.

Luciana Barbosa indica Deus é Soberano


Um livro do grande teólogo A.W.Pink. Com certeza a soberania divina é uma das mais belas doutrinas, mas é também tão mal interpretada e ensinada nas igrejas, Pink traz este ensinamento de maneira fácil e compreensível. Tenho certeza que a leitura correta irá esclarecer e desmistificar o mau ensino da mesma.

Thiago Oliveira indica O Cristão e a Cultura


Esta foi a minha última leitura de 2015 e digo: foi a melhor do ano. O livro aborda a questão da arte, da vocação, do secular e do sagrado, das relações em família, tudo isso e mais um pouco de uma forma coerente e bíblica. O autor, Michael Horton, segue a linha reformada. Quem nunca leu que trate de ler e adquirirá uma excelente cosmovisão para viver no mundo, sem ser do mundo. Recomendaria mil vezes se necessário.

Felipe Duarte indica Introdução à Teologia Sistemática


Muito embora Cheung seja um teólogo pouco apreciado em alguns círculos reformados, seus argumentos nesta obra contém a mesma solidez, elucidativa e peculiar do autor, que vemos presente nos seus artigos. Como o Pb. Solano bem prefaciou: “só nos resta dar boas vindas a este livro”.

Thomas Magnum indica Heresia - Uma história em defesa da verdade


O livro é do conhecido escritor Alister Mcgrath que dispensa apresentações. O estrito trata de forma pontual do desenvolvimento da heresia na história do cristianismo desde os primórdios. O problema das controvérsias cristológicas e trinitárias e os documentos conciliares da cristandade. Um livro importante para quem gosta de áreas como teologia sistemática, heresiologia, história da Igreja, história do pensamento cristão e teologia contemporânea. Um diferencial no escrito de Mcgrath é uma aplicação dos efeitos e causas da heresia não apenas nos contextos teológico e eclesiástico, mas, sua extensão a priori e a posteriori na filosofia, sociedade e política.

Thiago Azevedo indica À Procura de Deus


Um livro do A.W Tozer que aponta as nuances e as entrelinhas da busca do homem moderno por Deus, mas que em meio a esta atividade acaba que criando novos deuses e ocupando o lugar que deveria ser único e exclusivo de Deus. Neste livro o autor permite o leitor sentir de perto a espiritualidade que provém de suas palavras como um verdadeiro desague.

19 de dez. de 2015

O Imensurável Amor de Deus

Por Hugo Wagner

As Escrituras frequentemente testemunham a respeito do amor de Deus. Elas falam dele como o Deus de amor (2 Co 13.11) e declaram que Ele é amor (1 Jo 4.8,16). João descreve Deus como sendo amor. Amor é a essência de Deus. Como podemos definir esse amor de Deus? Por que ele é tido como imensurável?

Segundo Berkhof o amor de Deus pode ser definido como a perfeição de Deus pela qual Ele é movido eternamente à sua própria comunicação. De forma mais detalhada, Paulo Anglada, em seu Livro, Soli Deo Gloria define: “O amor trata-se de um atributo essencial do seu caráter como ser moral, que caracteriza as suas relações internas e externas." Interna para consigo mesmo; e externamente para com as suas criaturas, que ele se manifesta por meio da sua bondade, longanimidade, misericórdia e graça".