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25 de abr. de 2016

A bênção de ter uma excelente esposa

Por Steven Lawson 

Poucas influências afetam o coração de um homem por Deus mais do que sua esposa, para melhor ou para pior. Ela incentivará sua devoção espiritual ao Senhor, ou ela vai impedi-la. Ela irá ampliar a sua paixão por Deus, ou ela irá jogar água fria sobre ela. Que tipo de mulher estimula o crescimento espiritual de seu marido? Provérbios 31: 10-31 fornece um perfil dessa mulher, que é digna de confiança do marido. Essa mulher é a personificação da verdadeira sabedoria de Deus, fazendo com que o marido possa confiar nela com plena confiança.

"Um excelente esposa quem pode encontrar? Ela é muito mais preciosa do que as joias "(v. 10). Como é difícil encontrar uma boa esposa. A palavra excelente (hayil) pode significar "força, capacidade, valor ou dignidade." Esta mulher exemplifica cada uma dessas qualidades, com grande competência, caráter nobre, e um forte compromisso para com Deus e sua família. Só o Senhor pode proporcionar uma tão excelente mulher: "Casa e riquezas são herdadas dos pais; mas a mulher prudente vem do Senhor" (Pv 19:14.). "Aquele que encontra uma esposa acha uma coisa boa e alcança o favor do Senhor" (18:22). Esta mulher virtuosa é um dom inestimável de Deus.

É de se admirar que "o coração do seu marido confia nela" (v. 11)? O marido tem confiança nela, porque "ela só lhe faz bem, e não mal, todos os dias da sua vida" (v. 12). Ela traz seus muitos pontos fortes para seu casamento, cada um especialmente adequado para complementar suas fragilidades. Seus presentes tornam-se imediatamente seus ganhos, e ela fornece tanto que leva o marido a confiar nela.

Seu Serviço

Em primeiro lugar, esta mulher extraordinária incansavelmente serve ao esposo. Não sentada de braços cruzados, ela ativamente "Busca lã e linho," em seguida, estende as "mãos dispostas" (v. 13) para girar fio e fazer o material. Ela é "como um navio mercante" (v. 14), procurando encontrar o melhor tecido, com o melhor preço, a fim de tomar as melhores roupas. Esta mulher altruísta "sobe enquanto ainda está escuro" (v. 15) para preparar a comida para sua família. Uma excelente gerente, ela supervisiona "suas criadas", como elas servem ao lado dela na casa.

Seu Sucesso

Em segundo lugar, esta mulher empreendedora exerce julgamento em suas muitas relações. Ela astuciosamente "considera um campo", então o compra. Lá, ela planta uma "vinha" (v. 16). Por sua (v. 17) “determinação "forte", ela ganha a renda disponível para sua família. Estes negócios são "rentáveis" (v. 18), fornecendo recursos adicionais para compartilhar com os outros. Ela trabalha bem de "noite" com a "roca" e o "fuso" (v. 19) para fazer roupas para sua família.

Seu Sacrifício

Em terceiro lugar, esta mulher diligente dá generosamente aos "pobres" e "necessitados" (v. 20). Conforme se aproxima o "inverno", ela também dá aos de sua família. Ela tem planejado com antecedência, fazer peças de vestuário "escarlate" (v. 21) para sua casa. Ela não poupa esforços ou custo em fornecer o melhor que pode. Depois de fornecer para outros, esta mulher trabalhadora faz "revestimentos de cama" e roupas "para si", com "linho fino e púrpura" (v. 22). Sua capacidade de dar roupas caras é uma clara evidência do favor de Deus sobre os seus trabalhos.

Sua Habilidade

Em quarto lugar, suas muitas virtudes reforçam a posição do marido nas "portas" (v. 23), onde os líderes da cidade se encontram. Com maior experiência e interesse, esta excelente esposa "faz", "vende" e "entrega" (v. 24) seus bens. Apesar de ser muito competente, ela não compete com a liderança de seu marido, mas a fortalece através de sua humilde submissão - e todos sabem disso.

Sua Força

Em quinto lugar, essa esposa estimada olha para o futuro com "força" interior e "dignidade" (v. 25). Embora ela anteveja muitos desafios, ela, no entanto, "sorri" (v. 25), com confiança positiva no cuidado providencial do Senhor. Ela está esperançosa de que a oferta do céu irá satisfazer sua família em necessidade. Como as pessoas procuram seu conselho, ela fala palavras de "sabedoria" e "bondade" (v. 26) a eles. Embora ocupada fora de casa, ela não de deixar de "sua casa" (v. 27).

Seu Domínio

Em sexto lugar, ela é uma mãe tão boa que seus filhos observam sua excelência, eles "a chamam bem-aventurada" (v. 28). O marido vê seus traços de caráter na criação dos filhos e "a elogia." Ele se gaba de que entre as mulheres, "[sua esposa] ultrapassa todas elas" (v. 29). A seus olhos, não há quem possa legitimamente reivindicar ser igual a ela.

Sua Espiritualidade

Em sétimo lugar, a verdadeira grandeza desta mulher está em sua devoção espiritual. Ela "teme o Senhor" (v. 30). "Charme" e "beleza" por si só são "enganosos" e "vãos". Sua verdadeira atração para ele é a sua reverência a Deus. Mesmo os líderes da cidade "elogiam-na" nas "portas" (v. 31), reconhecendo a integridade de sua vida. O marido dela a recompensa por sua fidelidade e diligencia. Ele é o mais abençoado dos homens.

É de se admirar que o marido confie nela? A realidade de Deus em sua vida torna-a digna de toda sua confiança. Por todas as estimativas, ela é "a coroa do seu marido" (12: 4). Só Deus pode proporcionar uma excelente companheira tal.

O Senhor deu-lhe uma excelente esposa? Você enxerga como ela é especificamente adequada para você? Você reconhece como ela aumentou a sua eficácia para o Senhor? Em seguida, dê graças a Deus por uma mulher em quem o seu coração confia.

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Fonte: Ligonier

Tradução: Pedro Paulo 

19 de dez. de 2014

Lutero e o estudo profundo da Bíblia

Por Steven Lawson

Lutero achava essencial que o preparo de sermões incluísse a leitura diligente da Bíblia. Entendia ele que se quisesse pregar bem, teria de conhecer profundamente as Escrituras. Cada uma de suas exposições bíblicas refletia horas concentradas de leitura cuidadosa da Palavra. Thomas Harwood Pattison observa que: “O seu amor pela Escritura fez de Lutero um grande pregador bíblico. O próprio Lutero tinha fome de conhecer mais as Escrituras, como alguém a quem por muito tempo tivesse sido negado o alimento necessário”.[1] E o historiador Jaroslav Pelikan, diz: “Ele estava de tal maneira saturado pela linguagem e pelo pensamento da Bíblia que muitas vezes a citava sem estar consciente disso”.[2] Em palavras simples, Lutero devorava o texto bíblico com voraz apetite.

Continuamente, Lutero lutava com as palavras dos escritores bíblicos. Refletindo sobre suas muitas horas gastas examinando as Escrituras, ele disse:

Quando jovem, eu me familiarizei com a Bíblia. Ao lê-la vez após vez, passei a conhecer o caminho em meio a ela. Só depois disso é que consultei escritores [de livros a respeito da Bíblia]. Mas finalmente, tive de tirá-los todos de minha vista e lutar com a própria Bíblia. É melhor ver com os próprios olhos do que com olhos de outros.[3]

Em outro lugar ele escreveu: “Já há alguns anos, eu tenho lido a Bíblia inteira duas vezes no ano. Se você imagina a Bíblia como uma poderosa árvore, e cada palavrinha um pequeno galho, eu sacudi cada um desses galhos porque queria saber o que era e o que significava”.[4] Essa leitura implacável da Bíblia foi uma das principais ocupações de sua vida.

Lutero sabia que os pregadores seriam tentados a evitar a Escritura procurando os comentários, mas asseverou que a Escritura tem de ser a leitura principal. Acautelou: “A Bíblia estará enterrada sob uma massa de literatura a respeito da Bíblia, negligenciando o próprio texto”.[5] Lutero consultava muitos comentários, mas jamais negligenciou a leitura diligente da Escritura.

Lutero temia que até mesmo a leitura dos pais da igreja pudesse substituir a verdadeira leitura da Bíblia. “A leitura dos santos pais deverá ser só por curto tempo, para que por meio deles sejamos conduzidos às Sagradas Escrituras”.[6] O perigo, dizia ele, é que um homem gaste tanto tempo lendo os pais que “nunca chegue a ler as Escrituras”.[7] Lutero ainda afirmava: “Somos como homens que sempre estudam os sinaleiros e nunca viajam pela estrada. Os queridos pais desejavam que, por seus escritos, fôssemos conduzidos às Escrituras, mas nós os empregamos para nos afastar das Escrituras”.[8] Para Lutero, tinha de haver um influxo total das Escrituras antes que pudesse haver um transbordar da verdade bíblica na pregação.

Ele testemunhou a negligência da leitura bíblica pessoal da parte de muitos no ministério, e Lutero lamentou: “Alguns pastores e pregadores são preguiçosos e não servem para nada. Dependem de… livros para conseguir produzir um sermão. Não oram, não estudam, não leem, não examinam as Escrituras. Não são nada senão papagaios e gralhas que aprenderam a repetir sem entendimento”.[9] Desprezar a leitura pessoal do texto bíblico, Lutero cria, era ser subdesenvolvido no púlpito.

Considerava sua obrigação labutar diariamente na Bíblia. Quanto a isso Lutero declarou: “Somente a Escritura é nossa vinha em que todos devemos lutar e laborar”.[10] Os pregadores não devem nunca se desviar para outros campo, porém, manter-se imersos na Escritura. Ele disse: “O chamado é vigiar, estudar, estar atento para a leitura”.[11] Isso, ele sentia, era o primeiro dever do pregador.

Lutero via o poder da pregação como ligado diretamente ao compromisso do pregador com a Palavra de Deus: “O melhor pregador é aquele que melhor conhece a Bíblia; que a guarda não só na memória como também na mente; que entende seu verdadeiro significado, e o trata com efetividade”.[12] Noutras palavras, um conhecimento profundo do texto prepara o homem para se tornar grande força no púlpito, Disse ele: “Aquele que conhece bem o texto da Escritura é teólogo distinto”.[13] Essa saturação bíblica era característica de Lutero, e impactou profundamente os seus sermões.
___________

Notas:

[1] T. Harwood Pattison, The History of Christian Preaching (Philadelphia: American Baptist Publication Society, 1903), 135.

[2] Jaroslav Pelikan, Luther’s Works, Companion Volume: Luther the Expositor (St. Louis: Concordia, 1959), 49.

[3] Lutero, Luther’s Works, Vol 54, 361

[4] Ibid., 165.

[5]Ibid., 361

[6] Martinho Lutero, Works of Martin Luther: With Introductions and Notes, Vol 2 (Philadelphia: A. J. Holman Co., 1915), 151.

[7] Lutero, Luther’s Works, Vol 44, 205.

[8] Ibid.

[9] Martinho Lutero, D Martin Luthers Werke, Vol 53 (Weimar: Hermann Bohlaaus Nachfolger, 1883), 218, conforme citado em What Luther Says, 1110.


[10] Lutero, Luther’s Works, Vol 44, 205.

[11] LUTERO, D Martin Luthers Werke, Vol 53, as cited in Meuser, Luther the Preacher, 40–41.

[12] KERR, John, Lectures on the History of Preaching (New York: A.C. Armstrong & Son, 1889), 154–155.


[13] Martinho Lutero, D Martin Luthers Werke, Tischreden IV, 4567 (Weimar: H. Böhlau, 1912–1921), conforme citado em What Luther Says, 1355.

23 de out. de 2014

Dez Marcas Distintivas da Pregação de Calvino

Por Steven Lawson
1. A pregação de Calvino era bíblica em seu conteúdo.
“O reformador se manteve firme no principal fundamento da Reforma — sola Scriptura (somente a Escritura)… Calvino acreditava que o pregador não tinha nada a dizer além das Escrituras.” (pp. 96-97)
2. A pregação de Calvino seguia um padrão sequencial.
“Durante o ministério de Calvino, o seu procedimento era pregar sistematicamente sobre livros inteiros da Bíblia… Na manhã dos domingos, Calvino pregava o Novo Testamento; à tarde, o Novo Testamento e os Salmos; e, em semanas alternadas, pregava o Antigo Testamento todas as manhãs da semana. Servindo-se desse método consecutivo, Calvino pregou quase todos os livros da Bíblia.” (pp. 97-98)
3. A pregação de Calvino era direta em sua mensagem.
“Quando expunha as Escrituras, Calvino era notoriamente direto e centrado no ensino principal. Ele não iniciava sua mensagem com uma história cativante, uma citação estimulante ou uma anedota pessoal. Em vez disso, Calvino introduzia de imediato os seus ouvintes no texto bíblico. O foco da mensagem era sempre as Escrituras, e Calvino falava o que precisava ser dito com economia de palavras. Não havia frases desperdiçadas.” (p. 98)
4. A pregação de Calvino era extemporânea em sua apresentação.
“Quando subia ao púlpito, ele não levava consigo um rascunho escrito ou esboço do sermão. O reformador fez uma escolha consciente de pregar extempore, ou seja, espontaneamente. Ele queria que seus sermões tivessem uma desenvoltura natural e cheia de paixão, enérgica e envolvente; acreditava que a pregação espontânea era mais conveniente para cumprir esses objetivos.” (p. 99)
5. A pregação de Calvino era exegética em sua abordagem.
“Calvino insistia que as palavras da Escritura têm de ser interpretadas conforme o ambiente histórico específico, as línguas originais, as estruturas gramaticais e o contexto bíblico… Calvino insistiu no sensus literalis, o sentido literal do texto bíblico.” (p. 100)
6. A pregação de Calvino era acessível em sua simplicidade.
“Como pregador, o principal objetivo de Calvino não era comunicar-se com outros teólogos, e sim alcançar as pessoas comuns, assentadas no banco… Ocasionalmente, Calvino explicaria mais cuidadosamente o significado de uma palavra, sem citar o grego ou o hebraico original. Todavia, Calvino não hesitava em usar a linguagem da Bíblia.” (p. 101-102)
7. A pregação de Calvino possuía um tom pastoral.
“O reformador de Genebra nunca perdia de vista o fato de que ele era um pastor. Assim, ele aplicava calorosamente as Escrituras, com exortação amável a fim de pastorear o seu rebanho. Ele pregava com a intenção de estimular e encorajar suas ovelhas a seguirem a Palavra.” (p. 102)
8. A pregação de Calvino era polêmica em sua defesa da verdade.
“Para Calvino, a pregação necessitava de uma defesa apologética da verdade. Ele acreditava que os pregadores tinham de resguardar a verdade; por isso, a exposição sistemática exigia a confrontação das mentiras do Diabo em todas as suas formas enganosas.” (p. 103)
9. A pregação de Calvino era cheia de paixão em seu alcance.
“Em nossos dias, há uma noção errônea de que, por acreditar na predestinação, Calvino não era evangelístico. O mito persistente é que ele não tinha paixão por alcançar almas perdidas para trazê-las a Cristo. Nada pode estar mais distante da verdade. Calvino possuía uma grande paixão por alcançar as almas perdidas. Por essa razão, ele pregava o evangelho com uma persuasão que afetava o coração e com amor, apelava aos pecadores desgarrados a se renderem à misericórdia de Deus.” (p. 104)
10. A pregação de Calvino era doxológica em sua conclusão.
“Todos os sermões de Calvino eram completamente teocêntricos, mas seus apelos conclusivos eram sinceros e amorosos. Ele não podia descer do púlpito sem exaltar o Senhor e instar seus ouvintes a se rederem à absolutamente supremacia dEle. Os ouvintes tinham de se humilhar sob a poderosa mão de Deus. Quando concluía, Calvino exortava regularmente sua congregação: ‘Prostremo-nos todos ante a majestade do nosso grande Deus’. Não importando o texto bíblico sobre o qual ele pregava, essas palavras demandavam uma submissão incondicional de seus ouvintes.” (p. 105)
Fonte: Monergismo