A
teologia triunfalista[1]
ensina que o homem é bom, que sempre vai vencer e conquistar, que nosso planeta é o melhor lugar do mundo, este é o lema! A teologia bíblica nos convida a
participarmos dos sofrimentos de Cristo, a sermos testemunhas, a vivermos como
estrangeiros em terra estranha, a colocarmos nossa esperança em Deus e não em
nós mesmos ou nos outros, vivermos uma vida não pelo que vemos, mas, pelo que
cremos. Esta filosofia de vida aos olhos dos ímpios parece loucura, “confiar em
um Deus invisível”. Devemos lembrar que fomos salvos pela loucura da pregação,
e estamos firmados em uma rocha, a pedra angular! Quando penso na doutrina da
providência me vejo frágil, debilitado e
limitado. Mas vejo nas páginas das Escrituras um Deus criador e sustentador de
sua criação. O nosso Deus não é o deus relojoeiro que deu corda no mundo e foi
embora, nosso Deus reina soberanamente sobre sua criação. Berkhof[2] em
sua teologia sistemática traz a seguinte definição sobre a doutrina da
providência:
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22 de jun. de 2015
29 de set. de 2014
A doce Providência
Por Samuel Alves
Alguém já falou que as doutrinas não devem ser apenas ensinadas, mas vividas. A doce providência divina nos ensina como conciliar os decretos de Deus e a nossa responsabilidade humana. A providência trata da questão da sobrevivência do mundo e revela um Deus soberano que o governa na palma de suas mãos, como Jesus disse: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (João 5:17). O mundo não está nas mãos do deus do deísmo “o deus relojoeiro” que deu corda no mundo e foi embora. Deus continua trabalhando no mundo. A isto chamamos de Providência. Uma boa definição de Providência pode ser: “O permanente exercício da energia divina, pelo qual o Criador preserva todas as Suas criaturas, opera em tudo que se passa no mundo e dirige todas as coisas para o seu determinado fim”.
A palavra “providência” era denominada pelos gregos pronoia, porque proteron noei (como diz Favorinus, Dicitiarium Varini Phavorini [1538], pp. 1569-70) abarca especialmente três coisas: prognõsin, prothesin e dioikêsin o conhecimento da mente, o decreto da vontade e a administração eficaz das coisas decretadas; conhecimento que dirige, vontade que ordena e poder que cumpre, como o expressa Hugo de São Vitor. A primeira prevê, a segunda provê e a terceira executa ou realiza. Daí a providência pode ser vista no decreto antecedente ou na execução subseqüente. Aquele é a eterna destinação de todas as coisas a seus fins; este é o governo temporal de todas as coisas consoante aquele decreto. Aquele é um ato imanente em Deus; esta é uma ação transitiva fora de Deus.
É uma pena que muitos cristãos vivem como se fossem seres autônomos, onde planejam e fazem seus planos vaidosos. Numa leitura apurada das Escrituras Sagradas, veremos que o homem pode fazer seus planos, mas, o Senhor tem a palavra final. Outros acusam a doutrina da providencia de determinismo, muitos homens com o coração ensoberbado pelo humanismo acham que são o centro do universo e que tudo gira ao redor de si, acham que podem mudar os decretos eternos de Deus. Precisamos entender: há uma providência no mundo, Deus controla todas as coisas pelo poder de sua Palavra, Ele é o Deus todo poderoso e soberano. Como já disse o Salmista “os céus Declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra de suas mãos”. Salmos 19:1, mostra o controle absoluto de Deus sobre a natureza que Ele mesmo criou, também podemos ver a providência divina revelada em outras partes das Escrituras que descrevem Deus, não apenas como criador, mas, mantenedor de sua obra, através do Plano da Salvação (Criação, queda e redenção).
Vemos a total e divina providência constantemente. Deus nutre e sustenta sua criação, podemos consultar Jó 12, 38, 39, 40, 41; Salmos 19, 91, 103, 107, 136; Provérbios 16, 20; Jeremias 10; Mateus 6, 10; Atos 14,17. Cristo o expressa assim: “Meu Pai trabalha até agora” (Jo 5.17), não como se estivesse a criar novas coisas, mas conservando e governando aquelas já criadas. Assim “nem sequer um pardal pode voar sem a vontade de nosso Pai celestial, e os próprios cabelos de nossa cabeça estão todos contados” (Lc 12.6, 7). E Paulo diz: “Deus não se deixou ficar sem testemunho de si mesmo, fazendo o bem, dando-vos do céu chuva e estações frutíferas, enchendo vosso coração de fartura e de alegria” (At 14.17). Através da Revelação Especial (Bíblia) podemos ver que Deus nos dá a vida, respiração e tudo mais, pois, nele vivemos, nos movemos e existimos, como alguns de vossos poetas têm dito:
Porque dele também somos geração” (At 17.25, 28).
E em outra parte ele ensina que Deus “faz todas as cousas conforme o conselho da sua vontade” (E f 1.11); “o Filho sustenta todas as coisas pela palavra de seu poder” (Hb 1.3); e “por ele todas as coisas subsistem” (Cl 1.17) e assim em inúmeras passagens. De Genesis a Apocalipse podemos contemplar o Senhor criando e sustentando todas as coisas, a luz das Escrituras Deus se revela aos homens e mostra sua soberania a sustentar o mundo e tudo que nele existe. Negar a doutrina da providência é um ato de um coração rebelde e obstinado, como homens temos responsabilidade de viver em humildade e responsabilidade. Portanto embora Deus seja criador e sustentador, somos responsáveis pelas decisões de nossa livre agência.
Soli Deo Glória.
Postado por
Thiago Oliveira
às
19:30

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